Botão voltar Discurso de Lula no Museu da Amazônia
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Querida, eu espero que no dia dois de outubro eu tenha dois votos, o seu e o Nenê que vai dar certo. Eu espero que já nasça votando. Bem companheiros e companheiras, primeiro uma alegria de rever

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Todos vocês e alguns companheiros que fazia tempo que eu não vivia. Eu depois de ler talvez o imperador de Acre eu conheci o Márcio Souza.

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Eu tive o prazer de ficar assustado quando eu encontrei o Ênio depois de ser uma figura tão importante no sul do país na ciência brasileira, dirigente da SPC, eu fui a Coari logo que nós inauguramos a faculdade.

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E lá encontramos o Hélio que tinha dado uma palestra e me falou que tava gostando muito da Amazônia. Eu tenho viajado o Brasil e tenho encontrado gente do centro sul do país, do Rio, de São Paulo, do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Minas Gerais

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Morando em cidades longínquas do Nordeste brasileiro, porque como nós tivemos muitas universidades estendemos cento e setenta e oito canto de cidades do interior.

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As pessoas vão soltar o viajante do Brasil como tão gostando de morar em cidades menores do que ter menos violência, porque é melhor criar um filho e o salário é o mesmo. Isso que é muito importante. A nossa querida Marilena eu fiquei emocionado quando eu encontrei com ela.

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porque essa menina aqui foi candidata a prefeita, acho que em oitenta e cinco e oitenta e cinco quando se reestabeleceu a eleição da capital, ela foi nossa candidata aqui em Manaus, não ganhamos mas fez uma campanha emocional. Eu sempre digo Marilene, que uma campanha política

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Muitas vezes a gente pode até não ganhar, mas a campanha ela pode ser histórica e transformar a mente das pessoas, como foi a nossa campanha de oitenta e nove pra presidente. A gente não ganhou, mas dificilmente a gente repetirá uma campanha daquela porque foi a primeira.

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Eu fui o primeiro voto meu, foi em mim mesmo. O segundo foi em mim mesmo, o terceiro foi eu só deixei de votar em mim só pra votar na Dilma e depois votar no Haddad em dois mil e dezoito. E agora quis o destino

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Que eu vou, se eu votar em mim outra vez. Mas olha, qualé o motivo da alegria de estar aqui? Eu queria dizer pra vocês que ah eu não precisaria a uns setenta e seis anos de idade.

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Depois de ter colhido de vocês o sucesso que eu colhi na Presidência da República e eu devo às generosidade do povo brasileiro. O sucesso do nosso governo

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Eu deveria viver com flores, a glória de ter sido considerado o melhor presidente da história do Brasil e não tá metido nessa briga agora. Entretanto, o Brasil piorou.

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Muitos. Os humanos estão ficando mais desumanos. Verdade. A fraternidade tem desaparecido do coração de muita gente. A solidariedade tem desaparecido de muitos humanos. E muitas vezes o ódio

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Está substituindo o amor, a fraternidade e a compaixão que nós aprendemos a ter um dos outros. Então eu tomei a decisão junto com dezenas de partidos políticos junto com dezenas de filia do partido.

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De que eu iria concorrer as eleições para Presidente da República. E eu quero dizer pra vocês que tem uma razão básica para eu tá fazendo isso. É porque eu acredito que seja possível a gente recuperar esse país.

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De que é possível a gente fazer o nosso povo voltar a andar de cabeça erguida, de que é possível a gente continuar, continuar demarcando as terras indígenas e cuidando para que as terras demarcadas não seja invadida nem pulgarem pêlo, nem por madeireiro.

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Cuidando da nossas fronteiras pra evitar tanto tráfico de drogas quanto contra bando de drogas ou de armas. Cuidar do nosso povo para que ele possa viver com muita dignidade e com muito respeito.

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Vocês se lembram que no nosso tempo de governo esse país chegou a ser a sexta economia do mundo. Hoje esse país voltou a ser a décima terceira economia do mundo ou até sua segunda. Ou seja, o país empobreceu. A massa salarial caiu.

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O emprego formal com carteira profissional assinada com direito a férias, com direito a décimo terceiro, com direito a descanso semanal remunerado, com direito a seguridade social, foi substituído pelo trabalho informal.

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Trabalhei com a Mal que muitas vezes no meu tempo de criança era chamado de bico ou era chamado de piscate que era o que a gente aprendia quando a gente não tinha emprego formal e hoje eles dão a esse tipo de emprego informal o nome de empreendedor

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E na verdade as pessoas que trabalham com motocicleta, com motocicleta, entregando comida, entregando qualquer coisa, sentindo o cheiro da comida, sem ter dinheiro pra comer o que eles tão entregando, não pode ser considerado empreendedor.

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Dá mais pra ser considerado quase que um trabalho escravo do que um trabalho típico que o ser humano precisa. E é por isso que nós precisamos regular o pequeno e médio empreendedorismo do país. Nós queremos que as pessoas que sejam empreendedoras tenham respeito, que eles tenham direito.

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Que eles tem o direito de sobreviver, que eles tem o direito de descansar o final de semana, que eles tem o direito de ter férias, que eles tem o direito de ter seguridade social. Porque senão ele num será um pequeno empreendedor. Nós queremos que se o ser humano quiser trabalhar por conta própria, é um direito dele.

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Eu quando tinha dezoito anos, pesado em trabalhar por conta própria. Naquele tempo a gente não conhecia, não se falava em empreendedorismo. Naquele tempo o nosso sonho sabe o que era Luiz do Mercadão? Era ter um bar. Ou comprar um táxi? Era o que a gente fazia.

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E e eu sonhava, eu não queria ser empregado pra ter um chefe ou não de mim. Mas hoje eu descobri depois da destruição das conquistas da classe trabalhadora e que é muito importante que a gente tenha emprego formal.

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Que a gente tenha Carteira Profissional assinada e que a gente tem a garantia

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Que na velhice se aposentar e viver com dignidade e com respeito e não viver dormindo na sargento na rua. Como nós vemos hoje nas grandes cidades brasileiras muita gente. Verdade. Nós não podemos admitir que um país que é o terceiro produtor de alimento do mundo.

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O primeiro produtor de proteína animal do planeta Terra tem a gente passando fome trinta e três milhões de pessoas passando fome e cento e cinco bilhões com algum problema de segurança alimentar.

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Nós não podemos aceitar a ideia de que uma mulher ou de que um homem possa ir no açougue pra comprar carcaça de frango ou pegar osso, porque não tem dinheiro pra comprar carne num país que é o primeiro produtor de proteína animal do planeta Terra

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Então o país virou um pouco de ponta cabeça aérea, as nossas universidades foram sucateadas, os nossos centro de pesquisas foram sucateados, os investimento em incenso e tecnologia e eu lembro que no meu último ano de mandato

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A gente cumpriu um pacto de frente e tecnologia de quarenta e um bilhões de reais e todo o dinheiro foi executado porque nós criamos um comitê de cientista para controlar e executar esse dinheiro.

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O Aluísio foi ministro da ciência e tecnologia, foi ministro da educação, o Aluísio foi senador da república, foi deputado federal, foi Ministro Chefe da Casa Civil da Dilma, ele viveu tudo isso e ele sabe que nós precisamos reconstruir esse país. E eu quero dizer pra vocês

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Que eu volte com mais sabedoria. Eu volto com mais responsabilidade porque é importante vocês compreenderem que eu não posso voltar pra fazer menos ou fazer igual eu já fiz. Se for pra isso é melhor não votar.

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Só tem cinquenta eu votar se for pra fazer mais do que nós daí porque as mulheres tem que ficar tranquila que não vai ter mais uma secretaria da mulher, vai ter o Ministério da Mulher.

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Que é o maior segmento. O povo negro tem que ter consciência de maneirar uma secretaria, haverá um ministério para cuidar, sabe? Dos problemas que envolvem toda a população negra desse país.

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Aê. E eu tenho dito de que os nossos indígenas e os nossos coceiros, os nossos pescadores, os nossos pobres, nós vamos criar o ministério do povo originário e eu espero que seja um

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Como uma indígena ministra para que a gente possa pisar com mais respeito. Eu sonho Luciana que a FUNAI não precisa mais ser dirigida por um banco, ela pode ser dirigida por.

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A saúde indígena pode ser cuidada por médicos indígenas porque nós vamos trabalhar pra formar muita gente na área da saúde. Da mesma forma que eu acho que nós temos que cuidar da questão do clima. Vanessa não é mais.

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Discurso, não é mais um sonho, é uma realidade. Ou a gente leva a sério essa questão da destruição do planeta Terra.

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Ou a gente lembra a sério a questão da importância da nossa da nossa floresta e não é só das florestas são de todos os biomas brasileiros, muitos dos pais já foram quase que totalmente destruídos, a mata atlântica é o mesmo, tem muita pouca coisa sobrevivendo nesse país, a troco do que?

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A troco de uns poucos ganhar muito dinheiro e o restante da população se vê em situações difícil como estamos vivendo agora. Então gente, nós vamos

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Reconsertar esse país, nós vamos reconsertar esse país.

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Nós vamos fazer com que esse país volte e quero que vocês saibam nós vamos voltar a investir em universidades, nós vamos voltar a investir em ciência e tecnologia, não adianta dizer que vai ter dívida do FIES.

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É melhor ter vida com gente estudando para garantir o futuro desse país do que ter dívida com gente rica, caloteira que pega dinheiro e que não paga. É possível que a gente deixe de falar na palavra carto, quando a gente vai investir pra cuidar do povo.

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Cuidar do povo significa investimento. Não tem nada mais orgulhoso pra uma mulher mãe e saber que seu filho tem um futuro garantido.

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Que teu filho vai ter três refeições por dia, se teu filho vai poder estudar numa escola decente, que o seu filho vai poder chegar a universidade e que ela dentro de casa vai cuidar da sua família às puta do seu próprio trabalho. Esse mundo que nós queremos construir e é pra isso que eu estou.

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Disposto nessa luta outra vez. Eu digo sempre, com setenta e seis anos de idade, energia de trinta, sabe? A minha motivação ele é o seguinte, não existe velhice se você tiver uma causa pra lutar.

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O que muitas vezes torna a pessoa cansada, torna a pessoa velha, é a pessoa não tem uma causa, é a pessoa levantada, ah não tenho nada pra fazer, ah eu tô aposentado, ah eu tô com tosse, ah eu tô cansado. Se a gente ficar pensando assim,

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Aí existe vez, mas a gente acordar todo dia sabendo que a gente tem uma causa pra lutar, que a gente tem um país pra gente reconstruir, que a gente tem um povo pra gente cuidar e que a gente acredita que o país poderá voltar outra vez

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a ser uma referência mundial porque o Brasil vai ter que voltar a ser protagonista internacional, nós queremos ser respeitados pelos Estados Unidos da mesma forma que nós queremos ser respeitados pela Bolívia, nós não queremos falar grosso cabo e falar fim do povo dos Estados Unidos, nós queremos falar manso com todo mundo

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Como faro uma pessoa que gosta de respeitar e de ser respeitada? Por isso é que você pode ter certeza de uma coisa, quero dizer isso, tem muita gente gravando aqui e disse, não haverá

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Mais garimpo em terra indígena. Hoje nós passamos a tarde, passou a tarde discutindo segurança pública.

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E dentro da segurança pública tá o cuidado que nós temos que ter com a nossa solteira. Não é possível mais um contrabando de armas ou contra bando de drogas, tráfico de drogas, ou seja, porque a gente não tem controle da sujeira.

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A gente não tem soldado suficiente, não tem equipamento suficiente e as vezes não tem responsabilidade suficiente. Nós precisamos construir um acordo de verdade com os países que faz fronteira com o Brasil e cês sabem que da América do Sul só dois não fazem fronteira com o Brasil.

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Ah, o Chile e o Educador. E nós precisamos discutir responsabilidade com todos esses governantes pra construir uma política conjunta de tomar conta da nossa fronteira. Nós não podemos aceitar o desmatamento como ele é discutido hoje.

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Para hoje você não sabe quem é o responsável pela queimada, tá tudo bem, mas você não sabe quem é o dono da terra, nunca apareceu na televisão o dono de uma serra que tá pegando fogo. Ou essa terra é do Estado ou essa terra tem torno?

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E é preciso que a gente dê nome aos bois e é preciso que a gente envolva os prefeitos Eduardo. Eduardo

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É o seguinte, o Prefeito sabe que é o dono de cada terra, é o Prefeito, ente federado mais próximo da que nada.

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Eu tenho que construir com os prefeitos parceria, temos que construir recursos para que ele possa montar a estrutura para evitar as queimadas, para evitar a derrubada pelos madeireiros, ou seja, nós temos que ter gente fiscalizando.

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Não é possível apenas andar na televisão no dia seguinte desaparece no noticiário e continua tudo como antes é preciso mudar esse país e vocês companheiros e companheiras indígenas vão ter um papel mais importante na história desse país.

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Vocês vão tomar conta do espaço que vocês moram com segurança e com respeito e com o cuidado da parte do governo. Por isso, quero agradecer a vocês, do fundo do coração todo esse material que nós recebemos aqui, uma parte dele vai pra Aloísio Mercadante.

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Que é o responsável pela construção do nosso programa de governo. Outra parte vai pra gente estudar e aprender quais são as preocupação de vocês. Afinal de contas não é todo dia que você pode ter a presidente nacional do PCdoB aqui no estado do Amazonas. Não é

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E você pode ter um companheiro da qualidade do nosso senador. O Jorge Vieira tava aí também mas acho que ele não veio até aqui, ele já foi. Então companheiros é o seguinte, eu vim aqui pra assumir compromisso com vocês.

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Compromisso olhando no olho de cada mulher, de cada homem. Nós vamos mudar esse país. Amém!

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A nossa floresta será cuidada, a nossa felicidade será estudada e pra isso precisa dinheiro, pra isso precisa parceria com outros pesquisadores do mundo inteiro, porque embora a Amazônia seja um território soberano do Brasil.

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A riqueza por ela produzida a microdiversidade tem que ser aproveitada por todos os habitantes do planeta Terra. Dá. Para que a gente receba inclusive recurso suficiente para fazer as pesquisas que nós muitas vezes não fazemos porque não tem dinheiro.

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O Hélio tá dizendo que os nossos estudantes aqui podem ir pra Amazônia, da América Latina para que a gente dá o melhor da América do Sul para que a gente possa discutir e construir parcerias.

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É possível Maria Helena o IPA não pode ficar sem dinheiro. É preciso saber ou a gente pesquisa ou a gente pede você sabe que isso é que nem o amor. Viu Jorge? Cadê?

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Felicidade ou a gente reparte ou a gente perde, porque não é difícil ser não é possível ser feliz sozinho. A floresta ou a gente explora ela adequadamente, pesquisa adequadamente.

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com aquilo que ela produz se perderá, porque não valerá muita coisa, fazer todo o conhecimento da riqueza que nós temos para gerar oportunidade de emprego, para gerar oportunidade de ganho.

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Sabe das pessoas que moram na floresta, porque é muita coisa pode ser feita hora que a gente tiver cuidando de todo o ecossistema, explorando a adversidade, pesquisando e dela produzindo aquilo que pode ser feito pra alimentar e pra gerar emprego pra milhões de pessoas.

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Eu volto com essa disposição, um outro Brasil é possível. Uma outra sociedade é possível, um outro respeito pela sociedade é possível e esse país não pode continuar.

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Sendo governado por alguém que não gosta de índio, que não gosta de negro, que não gosta de mulher, que não gosta de sindicalista, que não gosta da Amazônia, que não gosta do cerrado, que não gosta da caatinga, que não gosta da floresta amazônica e que não gosta do povo. Aê.

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quero com esse compromisso que eu junto com vocês estou nessa disputa. Portanto um beijo no coração de cada mulher, de cada homem, de cada criança e até a noite.

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Que hora até a noite? A partir das dezoito horas. Lá na frente aí. Lá? Não. Nosso comício, nosso encontro a partir das dezoito horas lá. Viador. No Via. No vivo. Via Torres. Viador.

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Ó, no Via dois, eu vou olhar na cara de vocês porque eu vou ver quem é que vai tá lá. Eu vou ficar olhando quem é que vai tá lá. Então, eu espero todos vocês lá pra gente continuar essa nossa praça. Um abraço, gente.

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Gente, muito

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Pela participação de todo mundo.

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