Botão voltar Entrevista de Lula em evento Brasil do Futuro
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Estou à inteira disposição para responder as perguntas. Aquelas que eu não sou mais responder nós pedimos ajuda aos universitários. Tá parecendo um programa, né? Isso aí

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Gente, olha, presidente, a primeira pergunta é da Bárbara Pinto, que é administradora e que está grávida de nove meses, Bárbara, pode falar. noite presidente, tô aqui eh minha pergunta é relacionada a questão do salário mínimo, a gente tá vendo aí o preço da os preços do

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Das coisas superalta, né? Tô gestante, então o leite tá lá em cima, a gente vê aí que não tem nem como comprar, qual que é o seu a proposta de de governo ao salário mínimo.

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Olha só pra dar a resposta pra você eu vou começar dizendo o que que já foi feito, o que que pode ser feito. quando Roy chegamos na presidência da república em dois mil e três a gente sempre soube que o salário mínimo nem sempre era reajustado

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Acima da inflação. Muitas vezes os governos costumava dar apenas a inflação e durante vários anos os trabalhadores foram perdendo o poder aquisitivo. Nós então instituímos a partir de dois mil e quatro que a gente iria dar

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A reposição inflacionária e a gente iria dar o aumento do PIB dos últimos dois anos para que o salário mínimo crescesse o seu poder aquisitivo. No nosso período de governo nós conseguimos aumentar o salário mínimo em setenta e quatro por cento.

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Que é um jeito de você distribuir a riqueza no Brasil. O que que é o crescimento do PIB? É o crescimento de toda riqueza produzida no país. se toda riqueza produzida no país você não distribuir

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Significa que alguns poucos apenas vão ficar rico e os outros vão continuar pobre. E o salário mínimo é uma das melhores formas de você fazer essa distribuição porque você tem quase sessenta milhões de pessoas no Brasil que ganham um salário mínimo.

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Além do que são mais de vinte e dois milhões de aposentados, tem pensionista, tem o BPC que atende muitas as pessoas acima de sessenta e cinco ano, pessoas com deficiência física, ganhar um salário mínimo. Além do que na constituição de oitenta e oito a gente colocou pra dentro todos os trabalhadores rurais que não pagavam

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A previdência e hoje são praticamente doze milhões de trabalhadores rurais que recebe aposentadoria rural que é um salário mínimo também.

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Então a nossa proposta agora é que todo ano a gente garanta uma a gente garanta um aumento real para o salário mínimo.

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Ou seja, além da inflação, você estabelece um índice que pode ser o índice do crescimento do PIB, o PIB agora não tá crescendo nada, tá crescendo um por cento nesse Governo, mas no nosso governo cresceu em média quatro e meio por cento no último ano cresceu sete e meio por cento.

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E aí você imagina se você der uma inflação e você der o crescimento do PIB de oito por cento já você vai dando um reajuste extraordinário pro salário mínimo. É isso que a gente quer fazer, a gente quer que o salário mínimo tenha aumento real todo ano para que a gente possa recuperar

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O padrão de consumo que o salário mínimo dava quando ele foi criado em mil novecentos e quarenta e três. Exatamente, falar de salário mínimo é muito importante e nós temos pessoas aqui que tão de fato preocupadas com o dia a dia do brasileiro e uma dessas pessoas aqui

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É o Ramá Lúcio que é bombeiro e também tem uma pergunta pro senhor presidente. Cadê o nosso bombeiro? Boa noite presidente. eu gostaria de perguntar sobre o auxílio Brasil se vai continuar ou se vai voltar com o Bolsa Família e qual a melhoria o senhor tinha nessa proposta?

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Olha, eu eu penso que do jeito que foi feito auxílio Brasil, ele termina dia trinta e um de dezembro. depois que nós dissemos que ele ia continuar o Bolsonaro disse que ele ia continuar, que pra ele continuar

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ele deveria ter colocado na LDO que chama-se lei de diretriz orçamentaria que é a proposta de orçamento que ele manda para o Congresso Nacional este ano o orçamento que vai ser o gasto o ano que vem e ele não mandou ele não mandou

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a continuidade do do auxílio Brasil. Portanto eu acho que é mais uma mentira de um cidadão que costuma mentir oito vezes por dia. Tá? O que que nós assumimos de compromisso? ganhando as eleições a gente vai restabelecer sabe? O Bolsa Família garantindo seiscentos reais pra cada pessoa

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Mais cento e cinquenta reais por cada filho com menos de até seis anos de idade. por que que a gente faz isso? Porque o Bolsa Família não tem condicionante.

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Num é um dinheiro dado aleatoriamente, ou seja, quando você dá o Bolsa Família pra uma mulher, você exige, primeiro que as crianças sejam mantida na escola.

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E a a escola tem que comunicar que as crianças estão frequentando a escola, depois as crianças têm que tomar todas as vacinas que a medicina manda tomar. E depois se a mulher tiver gestante, ela tem que fazer todos os exames que a medicina manda fazer.

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Com tudo isso a pessoa recebe e você além de dar o dinheiro você vai cuidando da educação, você vai cuidando da vacinação e você vai cuidando da saúde para que o parto seja sabe o melhor possível e que a criança nasça mais forte possível.

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Isso que é uma coisa importante, que não é um apenas uma doação de dinheiro, é uma política pública que tem como objetivo não só melhorar a vida da pessoa, mas também cuidar da saúde, cuidar da educação.

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por isso é que a gente tem um compromisso, já mandamos um projeto de lei, acho que um ano e meio atrás e a gente vai adotar isso assim que a gente, sabe? Toma posse, se a gente ganhar as eleições que eu espero que a gente ganhe. É isso gente, a Priscila Inácio é mãe e educadora e também tem uma pergunta, presidente.

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Senhor presidente A minha pergunta é referente a violência contra a mulher. o índice que mostra que essa violência quem sofre mais é a mulher preta e periférica.

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Eu queria saber como seu plano, como que a gente vai acabar com esse feminicídio contra nós. Olha, eu tenho o prazer de ter sido o presidente que sancionou a lei Maria da Penha. de sancionar a lei, eu conheço pessoalmente a Maria da Penha

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Que é uma companheira do Ceará que sofreu duas tentativas de morte pelo marido dela e ela quando denunciou o marido levou quatorze anos para que o marido fosse punido, quatorze anos. Olha, é um absurdo a violência contra a mulher e não é por falta de lei.

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Ah eu lembro que no governo da Dilma foi criada a casa da mulher, ou seja, uma casa para que você pudesse saber levar a mulher pra ela ficar protegida, sabe? Do da da violência do marido. O que eu acho que cê tem que fazer? Cê tem que criar mais casa da mulher, tem que criar mais delegacia e é preciso educar mais os homens.

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Ou seja, a a maioria da violência ela acontece dentro de casa e muitas vezes a mulher ela não tem coragem de denunciar porque ou ela tem medo ou ela tem vergonha que os parente saiba, não quer que a mãe saiba, não quer que o pai saiba e essas coisas tem que denunciar.

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Porque o cidadão que mata uma mulher uma vez, ela não reclamar, ele vai ficar viciado em bater na mulher. Ele acha que é normal. E esse cidadão tem que ser preso, ele tem que ser afastado. Por isso nós vamos querer que a lei seja mais dura e que tenha mais proteção pra mulher.

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Mais mais lugar para que a gente possa levar a mulher e cuidar da mulher, porque também você terá ela de casa, você tem que tirar e dar o mínimo de condições dela viver e criar os seus filhos. Nós nós vamos se vocês sabia

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A gente costumava fazer conferência nacional pra discutir todos os assuntos e nós vamos votar a convocar conferências pra definir todas as políticas públicas que a gente vai colocar em prática no Brasil.

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E eu sei que o feminicídio aumentou, eu sei que a violência da mulher aumentou e eu sofri isso na pele, porque em mil novecentos e cinquenta e seis o meu pai tentou bater em mim e no meu irmão e

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bateu muito no meu irmão quando ele foi bater em mim, minha mãe entrou na frente, ele deu uma mangueirada nela, minha mãe tinha oito filho pequeno, simplesmente ela saiu de casa e nunca mais voltou, ela saiu com oito filho, nós fomos morar num barraco, mas ela disse que mulher que tem vergonha não apanha de marido, vai embora.

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E muitas vezes a companheira necessita, sabe? Da comida possível, ela não trabalha, não tem independência financeira e muitas vezes ela se sujeita a um sofrimento desnecessário por conta da condição financeira.

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Por isso é que eu defendo muito que a mulher também estude muito, que a mulher tenha uma profissão, porque mulher nenhuma deve ficar dependente do marido. Acho que as mulher tem que ter uma profissão andar de cabeça erguida dentro de casa.

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Porque a mulher precisa ver viver com homem porque gosta dele porque ama ele, porque ele trata ela bem e nunca por necessidade financeira. Mas eu eu concordo com você que nós precisamos ser mais duro, muito mais duro contra a violência

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contra a mulher e não é só mulher da periferia não, na classe média acontece muita violência contra a mulher e muitas vezes na classe média as pessoas tem vergonha de contar. As pessoas não gostam de contar que tem violência, que apanha, que sofreu, sabe? Isso é uma coisa que é uma uma coisa também cultural

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Se a gente não começar a discutir esses assunto na infância, dentro do ensino fundamental não vai formar um novo homem ou uma nova mulher. É preciso que todos os problemas que a gente vive a gente precisa começar a discutir dentro da sala de aula para que as crianças comecem a educar os pais

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Uma criança aprendendo e ela vai chegar em casa e vai ensinar o pai, isso vale pra violência, isso vale pra questão ambiental, isso vale pra questão da economia. A gente precisa melhorar o currículo escolar para que as pessoas possam aprender a ser mais cidadã e mais cidadãos.

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É isso Presidente, agora a gente tem uma pergunta também de uma outra mulher que é a Eva Cristina que é coordenadora pedagógica e tem uma pergunta pro senhor. Então percebendo que tem mais mulher aqui do que homem. proporção do IBGE talvez.

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Isso aqui foi estatisticamente escolhido pela lógica do IBGE Boa noite Presidente, tô aqui. Quem? Quem? Quem? Eu. aqui.

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Boa noite, eh Presidente, em dois mil e quatro no seu governo foi criado o PROUNI e meu esposo ele foi um dos beneficiados por esse programa. ele trabalha até numa das maiores instituições financeiras do país.

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Outra questão é sobre as cotas, elas estão sendo muito atacadas, né? Hoje em dia. E até projetos e propostas pra acabar com elas. Então, eu queria saber do senhor, quais são suas seus projetos pro ensino superior?

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Olha, primeiro vai votar o PROUNI com muito mais força com muito mais força, o FIES vai vim com muito mais força e vai ter muito mais universidade federal nesse país.

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Só pra vocês saberem, foi no nosso governo de dois mil e três a dois mil e dez que nós construímos a maior quantidade da Universidade Federais do Brasil.

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foram dezenove cento e setenta e oito pelo Brasil afora, nós tínhamos cento e quarenta escola técnica, nós curtimos quatrocentos e quarenta e duas escolas técnicas, nós aumentamos o índice de índice fundamental de oito pra nove anos

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Por uma razão muito simples, o Brasil nunca será um país competitivo se a gente não investir na educação. Investir na educação significa garantir que todas as pessoas tenham oportunidade independente do peso do berço que a pessoa nasceu.

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porque lamentavelmente como o Brasil tem trezentos e cinquenta anos de história de escravidão, nesse país não se pensava que as pessoas pobres, trabalhadoras pudessem entrar numa universidade, nunca, nunca se pensou. Ah ah você entrava numa universidade, a universidade era branca

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Num tinha outra cor na universidade e hoje, graças a Deus, a gente tem cinquenta e um por cento dos estudantes universitário negros ou pardos. Uma demonstração de que nós tivemos uma evolução, mas ainda muito aquém.

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Se você comparar proporcionalmente as pessoas de dezenove ano a trinta ano na universidade com Chile ou com Argentina ainda ainda temos proporcionalmente muito menos porque eu não sei se vocês sabem o Brasil foi um dos últimos país do mundo a fazer uma universidade.

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Eu digo sempre, o Peru teve a sua primeira universidade em mil quinhentos e cinquenta e quatro, mil quinhentos e cinquenta e quatro. O Brasil só fazia a sua primeira universidade em mil novecentos e vinte. e vinte anos depois da descoberta. Por quê?

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Por que os senhores sabe dos escravos, dos dono dos engenho, mandava seus filhos estudar na França, na Inglaterra, nos Estados Unidos e os pobres tinha que cortar a cana e trabalhar. como a gente chamou hoje. Então, o que que nós fizemos? Nós

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Eu proibi no meu governo a gente discutir educação como se fosse uma coisa, sabe? Que eles falam gasto que a gente tinha que tratar educação como investimento e a gente não tem que ter dúvida de fazer, sabe? Investimentos em educação

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Quanto mais jovem a gente formar, quanto mais engenheiro, quanto mais médico, quanto mais você olha, quanto mais advogado, melhor pro país. Sobretudo agora, nesse mundo digital, na engenharia de comunicação, nós precisamos formar muita gente para que o Brasil possa ser competitivo. Então, cê pode ficar tranquila.

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Que se tem uma coisa que é um compromisso de honra, um compromisso de fé é a gente continuar investindo muito na educação e também nas cotas. Eu sei que que que foi difícil.

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foi difícil porque muita gente não queria que as pessoas mais humildes entrassem na universidade, que as pessoas mais negras sabem tratar-se na universidade. As cotas foram feita na Universidade Federal do Rio de Janeiro em primeiro lugar. E a reitora da universidade era companheira do que foi minha primeira ministra das mulheres

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E ela sofreu muito, sofreu muito quando ela adotou as contas na universidade e ainda hoje tem gente que não quer que a gente tenha as cota e nós vamos ter, nós vamos fazer mais PROUNI, mais FIES, o FIES era uma coisa engraçada porque o FIES existia.

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Mas ele era pago, ele era, o dinheiro era emprestado pela Caixa Econômica. Acontece que pra você pegar dinheiro na Caixa Econômica, precisava fiador. que quer ser fiador de um estudante?

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O cara não trabalha nem o pai quer ser fiador, o cara fala, pô vou ser fiador e ninguém conseguia pegar dinheiro. que que nós fizemos? Nós assumimos a responsabilidade do governo seu fiador, ou seja, o governo vai ser o fiador e a gente vai colocar muita gente.

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E nós colocamos só pra vocês saberem, nós tínhamos três milhões e meio de jovens estudantes da universidade.

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quando nós deixamos o governo, nós estávamos com oito milhões de jovens estudando na universidade, cinco milhões a mais e nós precisamos colocar muitas vezes mais cinco milhões pra gente pagar dívida que o Brasil tem com a sua juventude, com o seu povo, com o seu povo na área da educação. Então, cê pode dormir tranquila

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Que não faltará investimento na educação, na melhoria do ensino fundamental, inclusive com escola em tempo integral, sabe? Que é uma coisa que nós vamos adotar.

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Com muita força porque a a escola em tempo integral ela vai ajudar muito, que as crianças não fiquem na rua e vai ajudar muito que o pessoal de ensino médio possa não só aprender o ensino médio, mas aprender uma profissão também e isso foi colocado no nosso programa.

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Importantíssimo falar sobre educação, é algo que preocupa muitos brasileiros e brasileiras como a gente viu aqui, mas a gente tem mais gente que quer fazer pergunta e aqui o Everson Lucas, que é ajudante de pedreiro, vai fazer uma pergunta pro senhor aqui.

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Boa noite, senhor presidente. Boa noite, querido. A minha pergunta é sobre a educação também, sobre Nossa gente Tudo bem, sem problema. ensino integral, seu presidente

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Porque só tá entrando e num tá tendo atividade nas escolas. O que que o senhor vai fazer pra melhorar isso sobre a a o ensino integral nas escola pública do Brasil? Primeiro deixa eu dizer uma coisa pra você, uma das coisas que eu acho mais extraordinária.

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É quando um ajudante de pedreiro ou um pedreiro vira engenheiro tem muita gente, você não tem noção um dia desse um coveiro cemitério do Araçá, ele me dizia, presidente, meu filho virou diplomata, meu filho fez a Rio Branco.

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Significa que a gente pode tudo quando a gente quer. Agora, quando você estabelece escola de ensino integral, cê tem que ter atividade pras crianças, cê tem que combinar a atividade educacional com atividade esportiva, com atividade cultural, se você criar

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vários, inclusive nós vamos ter muito trabalho porque eu não sei se você percebeu que as escolas de hoje quase todas são um caixote, sabe? É um quadradão em que tem uma quadrinha pra jogar futebol de salão, pra jogar basquete, mas não tem nem a rede, não tem nada, ou seja, então é preciso que a gente comece também a mudar

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o jeito de fazer escola, que tenha mais espaço para que a criança possa aprender, sabe? As suas matérias durante um período e no outro período essa criança vai aprender arte, vai aprender cultura, vai aprender música, vai aprender nadar, vai aprender jogar futebol, vai aprender fazer ginástica, vai se preparar pra ganhar uma medalha de ouro nas Olimpíadas

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sabe? Tem que ter multifuncionalidade na escola que a família fique tranquila, para que as crianças não fique se expondo na rua, porque quem mora num bairro periférico não tem o que brincar, não tem lazer, mora num barraco de trinta metro quadrado, sabe? Essa pessoa não quer ficar dentro de casa, essa pessoa quer ir pra rua

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e se vai pra rua está a mercê de muitas outras coisas que ele não está preparado pra enfrentar. Por isso é que o ensino integral é importante, não apenas pra melhorar o nível educacional, mas também pra dar tranquilidade à família e dar tranquilidade sobre tudo a criança e o adolescente. Porque tem muita gente ruim

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passando em volta das escolas, inclusive alguns facilitando o acesso de droga para as crianças da escola. Então, mas tem que ter atividade, porque essa criança ficar ociosa na escola, essa atividade também ela não vai gostar. E o que precisa ser feito é que a escola tem que ser uma coisa prazerosa.

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Sabe aquela criança que levanta de manhã? Eu quero ir pra escola vai porque lá ele vai aprender, lá ele vai brincar, lá ele vai jogar, ele vai, sabe? Fazer um monte de coisa.

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Quando a gente fizer isso não é uma coisa fácil, mas a gente tem que começar, já tem experiência bem sucedida no Brasil inteiro e a gente vai fazer muita coisa.

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por isso é que eu acho que nós vamos ter que uma briga séria porque nós vamos precisar de mais dinheiro, vamos ter que pactuar com os governadores, vamos ter que pactuar com os prefeitos, porque sobretudo no ensino fundamental é de prefeitos e muitas vezes dos governadores e nós precisamos pactuar com eles pras coisas acontecerem bem

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Meu ajudante de pedreiro que eu quero que você vire engenheiro. filha. é bonito tá sentado aqui, a gente como povo brasileiro ouvindo

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E recebendo respostas muito diretas, ou seja, você que tá nos assistindo agora ou que vai assistir depois, compartilha essas perguntas e essas respostas, porque elas esclarecem a muitas pessoas o que é o plano de governo e o que a gente deseja pro Brasil do futuro.

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Nós estamos aqui com a Patrícia Marino, que é advogada e também tem uma pergunta pro senhor Presidente. Pois não doutora, me permitam que eu leia porque eu realmente tô nervosa. como cidadão brasileiro que respeita as instituições

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O senhor se submeteu a um mandato de prisão mesmo se sentindo injustiçado, honrando assim o estado de direito e enaltecendo a nossa democracia. Contudo nos últimos dias

00:25:08

Temos presenciado uma série de ataques à Polícia Federal e ao Supremo Tribunal Federal como jamais vistos neste país. Os agentes desses ataques fazem parte do atual governo ou o apoiam.

00:25:22

É o caso do ex-deputado federal Roberto Jefferson que resistiu violentamente a prisão ameaçando a vida de policiais neste final de semana desafiando o estado de direito e a democracia.

00:25:36

Horas de negociação provaram o sistema seletivo e discriminatório. Em face a tudo isso, caso eleito, caso

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Qual será o foco da sua política de segurança pública? E mais especificamente como o senhor pretende restaurar a independência da Polícia Federal e valorizar os agentes de segurança pública.

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Muito bom. Olha, o que aconteceu no Brasil, o que tá acontecendo, não é uma questão de segurança pública não. é uma questão de falta de respeito às instituições Eu tenho setenta e seis anos de idade, eu faço política há cinquenta anos

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Eu fiz todas as greves que alguém possa fazer no mundo eu fiz como presidente do sindicato e eu nunca fui de ofender as pessoas. é ver o que o não é não é o Roberto Jefferson é o que o Bolsonaro fala todo dia das instituições

00:26:36

O que ele fala, sabe? De ofensa pessoal a ministros, a ministras, ao Tribunal de Justiça, ao Superior Tribunal Federal ao Congresso Nacional tem por hábito ofender com palavras sabe que eu não não gosto nem de de de falar

00:26:55

As instituições e o Roberto Jeff disse algumas bobagens sobre a ministra sabe? Do do Supremo Tribunal Federal eu jamais ousaria dizer, sabe? Um por cento das palavras que ele disse, ele ofendeu.

00:27:11

A Milita Cármen Lúcia xingou de tudo quanto é nome e hoje voltou a xingar no depoimento dele. ou seja, a falta de respeito total. Eu já fiquei muito ofendido, eu não tinha isso, nunca vi isso na minha vida.

00:27:26

Quando teve a Copa do Mundo que começou a Copa do Mundo, que começaram mandar a Dilma e tomar não sei aonde. fiquei em casa horrorizado com a falta de respeito com uma mulher e com a falta de respeito com a mulher que era uma instituição. A Presidência da República é uma instituição.

00:27:44

Cê pode não gostar, mas cê tem que respeitar a instituição. Então, o que tá acontecendo no Brasil é uma anomalia.

00:27:50

por isso é que eu tenho dito pras pessoas, nessa eleição não é uma eleição entre um candidato e outro candidato, entra um partido e outro partido político. Essa eleição que tá em jogo, essa gente quer restabelecer a civilidade nesse país ou a gente quer continuar com essa barbárie. O que tá em jogo é isso

00:28:10

o que tem jogo é se você quer ver um menino na televisão lendo um livro ou se você quer ver qual a metralhadora na mão. isso que tá em jogo nesse país. E as pessoas precisam aprender, porque no frigir dos ovos seremos nós os responsáveis pelo que vai acontecer nesse país.

00:28:30

Então o que aconteceu com o seu Roberto Gerses na verdade ele deveria ter sido preso. A Polícia Federal inclusive na minha opinião não agiu corretamente. Ela foi condescendente com ele e ainda quando ele saiu o policial foi oferecer. Não o senhor pode pedir que o senhor quiser a gente vai atender.

00:28:48

um cidadão que fazia questão de posar armado com rifle, com revolver, com pistola apologia arma, não leva ninguém a lugar nenhum. A arma não educa, a arma mata. E é isso que a gente tá vendo na televisão, essa grosseria

00:29:07

Nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública nós vamos tirar e vamos ter que levar em conta que a gente não pode ultrapassar os limites do Estado que é quem cuida da segurança pública estadual, que é quem manda na Polícia Militar. Mas a gente vai criar um ministério pra gente.

00:29:24

sabe? Trabalhar junto com os governos do estado pra gente cuidar da nossa fronteira, pra gente combater o clima organizado nas fronteiras, combater o narcotráfico, sabe? A importação de arma, agora não precisa mais importar arma, porque o seu Bolsonaro com os decreto que ele tá fazendo, liberando arma, os

00:29:44

Os os os criminosos que antigamente tinha que arsenal da Marinha, arsenal do exército, a final da da da força era pra roubar arma, agora não precisa mais assaltar compra no mercado.

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Compra rifle, compra dois mil cartucho, compra seis ou sete pistola, compra metralhadora a senhora que é doutora sabe que nenhum país a gente tá vendo nos Estados Unidos a quantidade de gente que é morta na na escola, criança, o cara entra e mata e atira, sabe?

00:30:16

Olha, uma coisa é o cidadão que mora no meio do mato, tem uma arma, sabe? Pra se proteger. Outra coisa é você ficar vendendo arma pra todo mundo. A senhora viu na televisão o arsenal que o senhor Roberto Jefferson tinha.

00:30:32

A senhora viu que no condomínio que mora o Presidente, um vizinho dele que era miliciano tinha cem metralhadora? Ou seja, onde é que nós vamos parar? Então, deixa eu lhe falar uma coisa, se eu ganhar as eleições e tomar posse

00:30:49

eu vou fazer um decreto, vai acabar essa facilidade de comprar arma, alguém pra comprar arma tem que passar, sabe? Pelas forças armadas que também abriu mão de controlar e a pessoa tem que saber pra que que essa arma, cê tem que saber porque que o cara comprou a arma, ninguém comprou uma arma pra brincar, ninguém compra uma arma pra estudar

00:31:08

sabe? E muitas vezes quem é vítima é uma criança, que acha uma arma na uma arma na gaveta e mata um amiguinho ou mesmo não se mata. então o que tá acontecendo no Brasil é a barbárie, eu só quero que o povo brasileiro entenda, não é uma eleição simples da que vai ter no dia trinta de outubro

00:31:27

As pessoas ou voltam pra gente restabelecer a democracia ou as pessoas vão permanecer vendo a barbárie que está acontecendo.

00:31:38

Sabe, cortar dinheiro da educação, cortar dinheiro da universidade, cortar dinheiro, a gente fala que o salário mínimo não aumenta, sabe o que que não aumenta há quatro anos? A merenda escolar. Sabe qualé a contribuição do governo na merenda escolar? Zero trinta e seis centavos. Zero trinta e seis centavos.

00:31:56

Teria importante que o Presidente da República pegasse a filhinha dele que ele adora e fosse comer a comida que ele acha que é boa na escola. trinta e seis centavos não dá pra nada Depois do restante é o Prefeito que dá, mas se a gente não colocar dinheiro, o Prefeito também não tem condições sozinho de dar.

00:32:14

Então eu acho que a questão da segurança pública é uma questão séria e nós vamos tentar interferir para que a gente possa sonhar em construir um país menos nervoso, menos violento porque eu eu acho doutor aqui também a questão da segurança pública não é a questão da polícia

00:32:33

A polícia mata, a polícia invada a periferia. O problema é que falta a presença do Estado nas comunidades.

00:32:41

o Estado não está presente com a educação, o Estado não está presente com saúde, o Estado não está presente com cultura, o Estado não tá presente com lazer, o Estado não tá presente entrar, recolher esgoto, tratar esgoto, colocar água potável, ou seja, então as pessoas vivem abandonada, quando tem uma notícia qualquer a polícia vai pra quê?

00:33:00

A polícia já vai com medo e já vai pra atirar. Quando na verdade não é esse o objetivo. E aí eh eh eh sinceramente a ausência de políticas públicas. Sabe? Se o Estado tivesse das pessoas

00:33:19

Eu eu já morei em barraco, em Vicente de Carvalho, em Santos. Eu sei como é que a gente vive. Eu quando casei, eu morava com mulher de cinco filho numa casa de trinta e três metro quadrado. Hoje tem gente que mora na periferia que mora num cômodo de nove metro quadrado

00:33:38

Ali a pessoa coma, ali a pessoa faz as suas necessidades, ali a pessoa, sabe? Namora com a sua mulher, quer dizer, não é possível que as pessoas não sejam humanas e não percebe que não pode continuar assim. Acabaram com o Minha Casa Minha Vida pra fazer o que? A casa verde e amarela. Cadê a casa verde e amarela?

00:33:57

Então, eu tô rezando doutora o povo pense bem e que a gente começa a mudar esse país Bom, como eu disse, a conversa que é direto e reto e as respostas são no calor do momento.

00:34:14

Muito interessante isso, muito importante, até agora no nosso país durante toda essa corrida eleitoral, quem é que se sentou pra conversar com a população e trazer respostas diretas frente a frente? Olha, eu tô aqui com a Lilian que é empreendedora e tem uma pergunta pro senhor também. Lilian, é com você.

00:34:32

Sou eu. Boa noite. com cara de prendedora mesmo. Bom, eu trouxe uma colinha Em outras eleições eh e já foram várias até onde eu me lembro, sempre houve a declaração de apoio das pessoas aos seus candidatos, principalmente nos carros.

00:34:51

Por que agora não mais? Será que as pessoas estão com medo ou não acreditam mais na política? Como o senhor pretende unificar o país, engajar as pessoas em um debate político e vencer o discurso do ódio? Olha, o Brasil foi levado a uma situação de de anormalidade é muito ruim

00:35:10

Quando as pessoas não acreditam na política Porque fora da política não tem saída. a gente começa a fazer política quando a gente nasce, que toma o primeiro tapa no bumbum pra chupar respirar começa a fazer a política da sobrevivência.

00:35:29

Aí depois você chora pra mamar, cê tá fazendo política, você chora pra comer, cê tá fazendo política. Então veja, dizer pro povo que política não presta, pode não prestar uma pessoa, duas, dez, vinte mil.

00:35:41

mas sempre tem gente boa. O que eu tenho, o que que eu tenho dito pra juventude? Quando você não acreditar mais em ninguém, entre você na política, porque quem sabe o cidadão perfeito, político decente que você quer, tá dentro de você, num tá dentro de mim. Mas eu eu queria dizer uma coisa da política

00:36:01

Que eu acho que ela já foi mais tranquila, ela já foi melhor, ela já foi menos raivosa. A gente não tinha o hábito dessa raiva. Eu disputei com o Fernando Henrique Cardoso duas vezes.

00:36:13

Você a vez tava fazendo um comício numa vila, ele tava fazendo nota, terminava o comício, você se encontrava, você se cumprimentava, tomava até uma cerveja junto. Você era adversário, você não era inimigo. Agora não. Agora é inimigo. você tiver com a roupa vermelha, você é inimiga.

00:36:32

Se você num falar, sabe? O nome do cidadão, você vira inimigo. Eles tão invadindo igreja, tão invadindo, batendo em padre. Outro dia tinha um padre falando, sabe? Da Marielle, um cidadão levantou, saiu pra cima dele.

00:36:47

Ou seja, só os milicianos que foram criados a partir de dois mil e dezoito é assim que cê faz política política boa é aquela que eu divijo de você, inveja de mim, mas nós não somos inimigo, nós temos ponto de vista diferente.

00:37:05

você é palmeirense ou sou corintiano, eu sou corintiano ou você é palmeirense e daí? A gente ia po campo junto, hoje não pode, é uma torcida só, cansei de ir prum campo com muita gente são paulino, corintiano, palmeirense, santista, a gente vibrava, tirava um sarro do outro sabe? E tudo bem, agora não pode mais.

00:37:24

E a política piorou. Então, o que que eu acho? Você que é uma pequena empreendedora, deixa eu lhe falar uma coisa, Questão do empreendedorismo é uma coisa que vai ajudar a salvar esse país Não sei se você sabe, foi no meu governo que a gente aprovou a lei geral da micro e média empresa.

00:37:43

foi no meu governo que a gente fez o simples. Agora nós vamos criar uma política de financiamento para ver a possibilidade de financiar pequenos e médios empreendedores. São pessoas que quiser fazer o empreendimento, nós temos que ter uma linha de financiamento pra essa pessoa pegar esse dinheiro emprestado

00:38:03

E vamos ter que criar um fundo garantidor se essa pessoa não puder pagar pra gente não quebrar os outros a gente vai ter que criar um jeito de pagar e resolver a vida dessa pessoa.

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Eu acho que o o empreendedorismo, sabe? Se tiver no BNDES uma linha de financiamento, a gente pode criar emprego pra muita gente, porque tá cheio de gente que não quer trabalhar com o patrão, tá cheio de gente que nunca é chefe mandador nele, tá cheio de gente que não quer chefe dando ordem, sabe? Nele, quer trabalhar por conta própria

00:38:33

Então a gente vai tentar facilitar isso, a gente vai tentar facilitar as cooperativas, várias cooperativas, cooperativa de catadores de matriz, material reciclável, cooperativa sabe? De consertador de geladeira, cooperativa de um de um monte de coisa, de costureira, cooperativa de bordadeira.

00:38:51

Cooperativa de gente que faz tênis, que faz sapato, ou seja, nós precisamos ter linha de crédito para que a gente incentive o povo na sua criatividade viver economicamente. Este é o papel dos bancos públicos e é isso que a gente vai fazer.

00:39:08

Pode ficar certo que o Brasil vai dar uma guinada muito grande porque quem quiser fazer alguma coisa a gente vai ter crédito pra essa pessoa fazer.

00:39:17

Eu lembro que quando a gente instituiu o Bolsa Família, há muita gente no no bairro e na cidade pequena, sabe? Abrir uma pequena lojinha pra vender qualquer coisa, mudava o Instituto de Beleza, sabe? As pessoas querem trabalhar por conta própria e nós temos que incentivar.

00:39:33

Nós temos que fazer com que as pessoas se sintam bem e as pessoas possam cuidar da sua família trabalhando por conta própria. Não é todo mundo que quer trabalhar com carteira profissional registrada. O que nós precisamos é garantir a todas as pessoas que tem que ter um sistema de seguridade.

00:39:50

Porque eu por exemplo esses menino que trabalha com moto, que trabalha com bicicleta entregando comida, eles não são pequenos empreendedores, eles são empregado de um patrão que ele não conhece.

00:40:01

Ele não tem descanso semanal remunerado, ele não tem férias, ele não tem nada. O que que nós queremos? Nós não queremos que ele deixe de ser entregador, se ele gosta de ser entregador o que nós precisamos é criar pra ele um sistema que quando a moto dele quebrar ele não fique desamparado.

00:40:18

Quando a mulher dele estiver grávida que fodeu nenê ela tenha uma assistência médica. Quando ele se machucar ele deu assistência médica, ele não pode ficar abandonado como hoje.

00:40:28

e é isso que nós queremos discutir, nós queremos sentar os empresários, queremos sentar o Governo, queremos sentar aos trabalhadores, queremos sentar a universidade pra gente discutir essa chamada economia criativa, no que que a gente pode despertar dentro do ser humano pra ele fazer alguma coisa

00:40:48

Porque todo mundo sabe fazer alguma coisa, todo mundo pode fazer alguma coisa e às vezes as pessoas não tem incentivo. criar essa política pra ver se a gente melhora esse país definitivamente. Eu quero que o Brasil no século vinte e um seja um país muito melhor do que ele foi no século vinte.

00:41:06

E sobre tudo a gente melhorar a política, a política, porque se a política for feita com ódio, a gente vai terminar, sabe? Vocês viram lá outro dia um cara em em Foz do Iguaçu, houve um cara entrar no outro que tava comemorando aniversário e matou

00:41:24

Porque um cara pertenceu a um partido e o outro era de outro partido político. Comé que a gente vai viver assim? Então nós temos que melhorar e o Brasil tem que ser civilizado A gente precisa pregar, pregar

00:41:38

A solidariedade, pregar a fraternidade, pregar o amor ao invés do ódio, um companheirismo, sabe? É muito bom. E eu acho que esse país a gente pode construir e a gente vai ter ele mais sólido da gente apostar nas nossas crianças. E educá-las corretamente.

00:41:57

É isso que eu penso, é isso que nós temos que fazer e é isso que vocês vão ter que fazer um dia. tá? Maravilha. Presidente, Mércia Ribeiro também tem uma pergunta, ela tá bem ali do lado pra fazer a pergunta ali ó. Presidente Boa noite presidente Lula.

00:42:15

Sou cristã e a minha pergunta se é verdade que o senhor vai fechar as igrejas. Olha, eu sou, eu sou católico, batizado Sou crismado, fui até coroinha da igreja da Vila Carioca

00:42:35

Sabe, quem não sabe onde é a Vila Carioca, é quase divisa com São Caetano. veja, é muito engraçado porque em dois mil e três a lei de liberdade religiosa fui eu

00:42:50

Quem criou o dia da marcha com Jesus fui eu. ou seja, alguém dizer que eu vou fechar a igreja é de uma cretinice é de uma maldade é de uma ignorância de tal magnitude que as vezes a gente não acredita

00:43:10

mas tem gente que fala tem gente que fala tanta barbaridade e pior, é que determinada barbaridade a gente pensa, ah isso é tão barbaridade que nem acredita, mas acredita. Veja, eu jamais fecharei uma igreja porque eu acho que se tem uma coisa boa que as pessoas fazem na vida eh

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Ser religiosa ir numa missa e fazer sua oração, sabe? Fortalecer a sua fé e cuidar da sua espiritualidade. acho isso extraordinário sabe? E eu acho que todo mundo sabe que vai orar, que vai da igreja

00:43:46

Na verdade essa pessoa tende a ser melhor do que as pessoas que não acredita em nada. Ser melhor do ponto de vista de ser humanista, de ser solidária, de ser uma pessoa fraterna.

00:43:58

sabe? Porque a gente tem que aprender a ser fraterno, a gente tem que aprender a ser solidário, a gente tem que aprender a estender a mão pra aquelas pessoas que precisam mais do que a gente. Então, jamais, eu sei que tão dizendo por aí que eu sou contra igreja, tão dizendo que eu vou fechar a igreja justamente o cara

00:44:17

Que criou a lei para ter liberdade religiosa e acredita é dito que ele não quer religião, eu quero religião. E tem coisa que eu não acredito, Tem coisa que eu não acredito. tempo desse eu fui críticas a determinados pastores

00:44:36

Porque eu acho que eles estão estão utilizando a igreja sabe? Fazendo da igreja um partido político. o cidadão ou a cidadã quando sai de casa a família pra ir numa igreja ela não vai na igreja pra discutir política, ela vai na igreja pra discutir sua fé.

00:44:53

ela vai pra orar, ela vai pra conversar com Deus, ela não vai lá pra discutir se fulano é boa, se fulano é ruim e tem pastor que ameaça pessoas inclusive que não querem seguir a sua linha, isso é que tá errado no Brasil. mas eu tenho certeza que um dia o povo concerta e a gente vai

00:45:13

Sabe sobreviver sem tantas mentiras, sem tanta que eu te disse? Eu a vida inteira eu vivo me explicando da coisa, agora a pouco quando a advogada falou, ela falou, eu quando quando o Moro decretou a minha prisão

00:45:28

Tinha muita gente que queria que eu fosse pro exterior, eu poderia ter ido pro exterior, eu poderia ter pós-baixada, não, mas como eu queria provar que quem estava me denunciando era um bando de canalha, eu falei, eu vou lá pra Curitiba, vou lá.

00:45:44

Quando eu estava lá dentro me ofereceram a oportunidade de sair pra fazer um acordo. Ah o Lula sai e você vai pra casa com tornozeleira. Eu falei eu não sou pombo correio.

00:45:53

Por que que eu vou colocar? Eu quero provar a minha inocência, eu não troco a minha dignidade pela minha liberdade, me colocaram aqui dentro, agora eu tô incomodado porque tem aquela vigília extraordinária que foi feita na porta da Polícia Federal, ouve gente do mundo inteiro pra cá, aí ficaram incomodado, comé que a gente tira o Lula? Vamos

00:46:13

um acordo, não tem acordo, o acordo é minha inocência. Por isso, eu venci vinte e seis processos na Justiça Federal, eu venci dois processos na ONU, foi a primeira vez que alguém entrou na ONU, eu venci os dois e venci na Suprema Corte. Portanto, graças a Deus, eu conquistei o direito de andar de cabeça erguida nesse país.

00:46:33

Maravilha. Às vezes quando fala sobre questões religiosas, a gente pode até falar de pessoas que nem tem religião, mas quando o Presidente fala, ele fala, as pessoas que não acreditam no amor, na caridade, naquelas pessoas que não acreditam e na solidariedade

00:46:53

uma do lado das outras e é nisso que eu acredito também presidente, o senhor me representa muito, viu? Agora a gente vai ouvir a pergunta artista Malone Brasil. Boa noite presidente. Boa tarde. Boa noite. Seguinte presidente, eu tô aqui representando uma classe artística

00:47:12

que tá passando de necessidade artística que foi esquecido, esse atual governo nos últimos quatro anos acabou com a nossa cultura, acabou com os exercícios, aliás o incentivo sempre foram muito poucos eh ah comé que fala

00:47:32

A nossa a o o do governo que a gente que a gente tinha que quem incentiva ao Batista a Lei Rouanet, a Lei Rouanet pra chegar a um artista pequeno porque eu sou um artista

00:47:48

praticamente de rua, se toca na rua, toca em barzinho, toca a noite toda. Então, a gente representa essa classe. é que o governo eleito vai fazer pra pra pra nos socorrer, dar uma vida como sofreu ainda a pouco eh inclusive na na Europa o o artista

00:48:08

Né não é artista famoso não, é artista de rua, vive com seu próprio trabalho e a gente aqui trabalha no emprego formal ou canta ou faz uma coisa ou outra, senão morre de fome. Nesse caso quer que o Lula, presidente, fazer

00:48:25

pela nossa classe. Olha, várias coisas tem que fazer, primeiro nós temos que recuperar o Ministério da Cultura, ele vai ser recuperado. Segundo, eu vou criar um comitê cultural em cada capital desse país pra gente aproveitar e conhecer melhor a diversidade cultural que a gente tem no país

00:48:44

E terceiro, nós vamos votar a ter política de incentivo da atividade cultural nesse país. e nós temos que colocar dinheiro sim para que as pessoas que vivem de artesanato o Brasil tem artistas excepcionais.

00:49:00

que se morasse no exterior tavam ganhando muito dinheiro, aqui são desprezado porque você tem um Governo que não gosta de cultura, cê tem um Governo ignorante, cê tem um Governo que só pensa em arma, só pensa em atirar, só pensa em xingar os outro,

00:49:15

Possibilidade de você ter um país democrático sem investimento em educação e sem investimento em cultura.

00:49:21

Não há possibilidade. A a Lei Rouanet já não era tão fácil, porque o que que era a Lei Rouanet? Você fazia um projeto, levava no Ministério da Cultura e ele reconhecia, aprovava aquele projeto. Só que você pegava aquele projeto, você tinha que ir nas empresas buscar dinheiro.

00:49:39

Aí a empresa te dava o dinheiro, ela podia descontar na declaração de imposto de renda. que quando o companheiro era negro ou negra, era difícil o empresário dar dinheiro.

00:49:55

A vez do companheiro ficava um ano andando com um projeto e nem empresário nem queria recebê-lo. Tem vários companheiros que tiveram o projeto tá aprovado no meu tempo de governo e que não conseguiram financiamento.

00:50:09

Então o Governo ele tem que ter uma linha porque nós temos que entender que a cultura muito emprego, gente.

00:50:16

gera muito emprego, uma peça de teatro não é só os artistas que tão lá não, a quantidade de gente que tem por trás, é o cara que fecha a cortina, é o cara que abre a cortina, ela acaba sendo, acende a luz, o cara que apaga a luz, o cara que vai limpar o banheiro, o cara que vai limpar o camarim, sabe? Você vê um cara tocando violão, você pensa que é só ele não ali, tem um cara

00:50:36

catimba ali, tem um cara que afinou viola ali, tem um cara atrás, são milhares e milhares de emprego que você cria na atividade cultural Só nesse país que a ignorância acha que não, que você tá gastando dinheiro você tá investindo pobre do país que não tem cultura

00:50:56

Pobre do país que não tem cultura. Então, cê pode ficar certo. Cê pode ficar certo, eu eu quando ganhei as eleições de dois mil e três, que eu fui convidar o Gilberto Gil pra ser ministro, eu pensei que ele num ia aceitar, porque ele num era do PT, ele era do PV.

00:51:14

Mas o Gil é uma figura leve, simpática e ele topou eu sonhava três coisas, eu queria, sabe aquela, aquele gramadão que tem, sabe? Da rodoviária até o a Câmara do Deputado, aquele negoção grande, eu imaginava ali a gente fazer

00:51:32

Sabe todo ano festival de teatro fazer fazer festival municipal, depois o município fazer o estadual e depois você fazer o festival nacional.

00:51:43

Sabe? De todas as cidades porque tem gente maravilhosa, tem cidades pequenas que tem artistas extraordinários, sabe? Que não tem nenhuma oportunidade, não tem nenhuma chance. Às vezes só tem chance no salão da igreja. sabe? Quem é que vai dar chance?

00:51:59

Quem é que vai dar chance? Quando o cara fica famoso todo mundo dá chance, mas até ficar famoso. vez não tem um tênis pra correr. Quem é que vai dar o primeiro tênis? Por isso é que nós criamos o bolsa-atleta. Pra você dar um tema a ver do cara queria correr descalço. Aí depois que o cara ganhou medalha de ouro está cheio de patrocinador.

00:52:18

Mas eu quero saber quem vai ajudar antes sabe? Então aí eu acho que a cultura é isso, cê pode ficar certo, cabeça eu sou um cara quase que analfabeto. Eu tenho um curso de toureiro mecânico e tenho um diploma primário, mas

00:52:36

Eu tenho conhecimento pela lição de vida que eu tive e sem cultura nenhum país não vai pra frente. Um país que não tem cultura o povo não é povo. O povo é um rebanho. e esse ignorante que tá aí é contra a cultura.

00:52:51

Ah, tem peça de teatro, homem beijando homem, então é tudo não presta, tendo filho, tudo não presta, tudo não presta. Sabe, na verdade é um purismo. canalha tenta mostrar na televisão, ah eu sou puro, puro.

00:53:07

O cara que vai no encontro com as menina de quatorze anos de idade e despintou um clima, esse cara é puro, esse cara é um pedófilo. Sabe? Então essas coisas gente não pode continuar. Então pode ficar certo.

00:53:22

Que a gente vai fazer da cultura

00:53:24

Uma indústria poderosa nesse país, porque nós temos gente extraordinária, nós temos artista de teatro, artista de cinema, nós temos o artesanato, o nosso artesanato é riquíssimo, cê vai pra Minas Gerais no Vale do Jequitinhonha, um é no Vale do Mucuri, você tem uma riqueza, uma diversidade

00:53:42

Essa gente tem que ter chance, ter lugar pra fazer exposição, sabe? O mundo inteiro quer comprar a gente vai pro exterior você encontra feira de coisinha tão mixuruca aqui no Brasil os artistas fazem tanta coisa extraordinária e não tem valor.

00:54:00

Então isso vai mudar Ah pode ficar quieto, vai voltar ao Ministério da Cultura, Comitê de Cultura e a gente, olha, eu era presidente, quando chegava uma delegação estrangeira, eu queria dar um artesanato.

00:54:14

Eu queria comprar um artesanato, sabe? Do Tocantins, o artesanato de Goiás, um artesanato de Minas Gerais. A gente não podia comprar porque tem que fazer licitação. Mas o artista ele só produzia um tipo de peça. Não tem como fazer licitação.

00:54:31

Cê num vai ter licitação de um, cê queria dar tiro pro cara, não podia comprar, comé que eu fazia? Ou eu pedia pro Governador dar de presente pra mim poder dar de presente pra visita ou eu pedia pro SEBRAE comprar e me dar. Era até uma coisa vergonhosa.

00:54:49

Eu tinha uma vontade maluca de quando viesse um chinês, um japonês, sabe? De levar, sabe? A dança brasileira, o carimbó, levar o frevo que ninguém conhece, levar o maracatu, levar coisas que a gente não vê aqui em São Paulo, porque a televisão só mostra a dança dos famosos.

00:55:07

tem tanta coisa rica nesse país que a gente precisaria conhecer, a gente não conhece. porque a rede de televisão que retransmite, ou seja, só tem liberdade meia hora de manhã, meia hora no almoço e meia hora de noite por causa do jornal, mas não tem atividade profissional, não tem programa local, então não tem artista local

00:55:27

Então é preciso fazer uma revolução. Olha, fique certo, fique certo que as coisas vão mudar e vão mudar muito porque cultura é vida e a gente vai fazer incentivo a cultura desse país. Maravilha.

00:55:45

A gente falou de cultura, pública, falou sobre empreendedorismo, a gente tá falando sobre uma gama de assuntos aqui. Você que tá nos assistindo, pode também contar um pouquinho.

00:55:59

que cê está assistindo aí nas suas redes sociais e espalhar essa pra outras pessoas, pra que outras pessoas também possam ter oportunidade de ouvir o que a gente tá ouvindo aqui, se convencendo aqui de fato, sobre os pontos que são importantíssimos prum Brasil do futuro, um Brasil melhor, um Brasil em que

00:56:19

Várias vozes serão ouvidas e muitas delas farão parte desse Brasil. A chama Brasil do Futuro. E é isso mesmo, a gente tá conversando sobre o futuro que a gente tanto quer. E pra falar sobre isso agora, nós temos mais uma pergunta, a gente tá quase acabando, tá, presidente? Mas calma, tá? O senhor tá gostando?

00:56:37

Tá tá tudo. Gostando. Tá tudo certo. Tô gostando. Eu tô demorando demais a resposta. Não, tá tudo ótimo. Acho que eu tô. Não, tá tudo perfeito. Eu acho que o chato de galocha aqui sou eu. Imagina, imagina. Imagina. Tá aqui a foto do senhor. Bom,

00:56:52

Agora o Mateus Henrique tem uma pergunta pro senhor, manda ver Mateus. Olá presidente Cabelo rosa. Então, no Brasil a gente fala muito de juventude, só que infelizmente a gente tem falado de juventude na perspectiva de desigualdades.

00:57:08

Né? Pensando que a gente tem uma taxa de desemprego muito alta no entre os jovens, pensando que o índice de evasão escolar, né? E de atraso escolar também aumentou por conta da pandemia também. Eh eu gostaria de saber a proposta do senhor pra juventude do país.

00:57:25

e pensando também na juventude do nordeste, na juventude indígena, na juventude preta e periférica que sofre muito com a violência, né? E que sofre muito também com o racismo estrutural e vários tipos de de questões que que atrasam bastante o nosso desenvolvimento perto do desenvolvimento de

00:57:45

pessoas que tem privilégios nesse país não não não passam. Eu gostaria de saber, como que o, qual é a sua proposta pra juventude, qual qual como que o governo Lula vai combater eh esse racismo que machuca tanto o jovem nesse país? Primeiro o racismo machuca

00:58:04

Todo mundo o racismo é uma doença uma doença grave, que às vezes eu penso que não tem cura Você viu o que aconteceu? Sexta-feira da semana passada com o seu Jorge no Rio Grande do Sul.

00:58:20

Ele foi contratado e por que ele fez um L? Ele foi achincalhado lá chamado de macaco o tempo inteiro. Você viu o que aconteceu aqui em São Paulo com um humorista que estava com o cachorro dele eu fui entrar no apartamento do serviço uma senhora passou a ofendê-lo.

00:58:37

Sabe então é uma doença que que muito grave. Veja, o o problema da juventude é o seguinte, aqui é o seguinte, embora eu seja velha eu já fui jovem, eu já tive a tua idade, cê nunca teve a minha. Mas a flor já teve, tá?

00:58:54

Então, sabe o que acontece? É que o tempo vai passando e parece que as coisas vão ficando mais fácil e vão ficando mais difíceis, né? Hoje o jovem tem mais facilidade de estudar, ele tem acesso a coisa.

00:59:07

Sabe que que a gente num tinha no nosso tempo e eu jogava videogame no nosso tempo, só tinha um negocinho de jogar pingue, jogar tênis, que é toc, toc, toc, era só isso. Sabe? Agora vocês tem uma opção de um monte de coisa. O que que eu acho?

00:59:24

A a a nossa senadora Simone Tebet que que que veio ajudar minha campanha ela fez uma proposta que nós vamos incluir no programa que é no ensino médio a gente ensinar uma profissão.

00:59:38

Por que qualé o problema? Você faz o ensino fundamental, cê vai pro ensino médio, às vezes você quer trabalhar pra ajudar tua família ou mesmo trabalhar pra você comprar suas coisas. Aí você vai procurar emprego, as pessoas perguntam, o que que cê faz? por que que você sabe fazer? Nada.

00:59:54

Sabe se você falar que é nada não tem emprego, se falar um pouco de tudo também não sabe nada. Se falar eu faço tudo também não sabe. Então nós queremos dar uma certa procissão pra que as pessoas tenham a certeza de que poderão trabalhar.

01:00:08

Ou mesmo trabalhar em casa, produzir software, produzir jogos, produzir game. Hoje tem uma uma mega, sabe? das pessoas sobreviverem. Mas nós precisamos enfrentar essa questão cultural na periferia desse país.

01:00:25

Sabe que o jovem é violentado, ele é morto pela polícia, ele não tem espaço pra num tem espaço. Nós criamos um ponto de cultura que foi uma revolução, tá? Mesmo assim acabaram. vai votar e vai votar com força total.

01:00:41

Eu sonhava fazer uma casa de cultura, sabe? Cada bairro tivesse uma casa de cultura, que tivesse um lugar, que tivesse lugar pra dança, lugar pra pintura, lugar pa arte, lugar pa música, lugar pa baile, lugar, até lugar pa tomar cervejinha, se as pessoas quisessem tinha que ter.

01:00:57

Estava aí pra sair a ideia do papel precisava financiamento e aí a gente terminou fazendo o ponto de cultura. Mas o que eu penso de cultura, eu penso inclusive na juventude.

01:01:11

se a gente não der uma atividade, alguma coisa, uma oportunidade pra você serem criativo, pra você fazer, ser até empreendedor. vejo na rede essa meninada ficando rico ganhando dinheiro, pacas aí, fazendo, tem vários meninos, vários eu fui agora mesmo fazer uma

01:01:31

tem gente que tá ganhando muito dinheiro a gente tem que ver se é possível abrir oportunidade pra todo mundo fazer e eu acho que nós temos que evitar a violência, evitar droga, porque uma vez caiu na droga, é mais difícil sair. Então, nós temos que dar atividade. Eu acho que a cultura

01:01:51

É uma das coisas que mexe com a juventude. Se a gente der oportunidade, se a gente garantir que tem espaço, eu acho que a gente pode diminuir muito o sofrimento das pessoas na periferia. E também fazer com que na escola você sinta prazer de ir pra escola. Porque às vezes a escola é chata.

01:02:10

A escola precisa ensinar que Cabral descobriu o Brasil, tudo bem, mas tem que ensinar alguma coisa na vida real das pessoas. que a pessoa sinta vontade de ir pra escola o professor tem que ser agradável e a professora tem que ser agradável, tá? A aula tem que ser dinâmica.

01:02:28

Pras pessoas poderem ir na escola e pras pessoas poderem ter chance. Eu acho que através da cultura e através do mercado de trabalho a gente tem chance de fazer com que a juventude brasileira tenha mais esperança.

01:02:42

Porque se vocês perderem a esperança gente, o Brasil que vai vim depois é muito pior, é muito pior. Bolsonaro muito a juventude, enganou muito com aquele desconto que vou acabar com a corrupção e tudo aqui, só aqui, só que, sabe?

01:02:59

Ainda enganou muita gente e agora a gente tá pagando o preço disso. Então eu quero que você seja um cidadão culto, o cidadão do bem que pensa em construir sua família.

01:03:15

Sabe casar, tem filho se não quiser casar, não case. Mas se quiser ter oportunidade de construir uma família, uma vida, ajudar seu pai, sua mãe, todo mundo quer ajudar pai e mãe. Né? Todo mundo quer ajudar pai e mães. Agora se não tiver possibilidade de trabalhar não ajuda. essa é uma inquietação

01:03:33

O que a gente tem, por isso que nós fizemos tanto escolas técnica no Brasil. Quando eu falei de escola técnica, eu não expliquei, a primeira escola técnica foi feita em mil novecentos e nove cidade de Campo do Rio de Janeiro.

01:03:47

De mil novecentos e nove até eu chegar na presidência tinha sido feito cento e quarenta Nós em oito anos fizemos quatrocentas e quarenta e duas. exatamente pra gente ocupar

01:04:02

Sabe? O espaço pra juventude ter o que aprender na vida e ser um profissional. Inclusive os institutos federais que tem o mesmo significado de uma universidade. Cê veja uma coisa, quando eu cheguei na presidência

01:04:16

O Vasco não tinha Universidade Federal, Sorocaba não tinha, São Bernardo não tinha, Santander não tinha, Diadema não tinha, Santos não tinha. não tinha Universidade Federal, já fomos obrigado a criar em toda essa cidade

01:04:32

Sabe? Pra que a gente num dê oportunidade das pessoas de estudarem. um ministro agora da educação que disse, ah, Universidade não é pra todos, não, tem, tem, tem que ter critérios, ou seja, pra eles o critério.

01:04:47

A USP, que é uma grande universidade, quando ela foi criada, é que muitas vezes a gente num, não se preocupa com a história. Mas como São Paulo perdeu a revolução de trinta e dois, pro Governo Federal, pro Getúlio Vargas.

01:05:01

A UTI foi feita porque o que que a elite paulista dizia? A gente perdeu a guerra, mas a gente vai mandar nesse país que a gente vai construir a inteligência e efetivamente a UFF é um centro de excelência extraordinário e é da URTA que saiu grandes e grandes intelectuais

01:05:19

sabe que durante muito tempo dominaram esse país mesmo sabe? E é por isso que nós colocamos bastante universidade federal aqui que é pra gente chanta as pessoas, a Universidade Federal do ABC já tá com quase vinte mil alunos E a gente quer que ela seja um centro de excelência

01:05:39

Pra gente exportar sobre o que? Inteligência, exportar conhecimento e pra isso nós precisamos ter boas universidades. E aí entra a questão da juventude. Você tem que ter um sonho. A única coisa que um jovem não pode é desistir cara. sabe?

01:05:56

Quando você levantar de manhã cedo chutando o pé da cama, sabe? Escovando o dedo com a escova ao contrário, xingando todo mundo, ninguém presta, o Corinthians não presta, o Palmeiras não presta, o Lula não presta, o Bolsonaro não presta, não sei quem não presta, quando você tiver nesse dia azedo cara.

01:06:15

Você fala, porra, quem empresta sou eu. Eu vou entrar nesse jogo porque eu vou melhorar esse país. E participe. Participe. Eu não gostava de sindicato. Eu ao sindicato. Um dia eu fui

01:06:31

Quiseram bater no meu irmão, eu passei a gostar do sindicato virei presidente do sindicato. Em setenta e oito eu dizia, eu não gosto de política e não gosto de quem gosta de política. achava que era o máximo da radicalidade.

01:06:46

Orra, não gosto de política e não gosto de quem gosta de política. Dois meses depois eu tava na rua fazendo campanha pro Fernando Henrique Cardoso, candidato ao Senado. Então, a gente tem que participar a gente tem que participar que a pessoa que a gente espera que os outros seja está dentro de nós

01:07:05

Então vamos nós assumir a nossa responsabilidade, a nossa tarefa. É muito fácil ficar no bar tomando Coca-Cola e dizendo, fulano não presta, você não presta, não sei o que, não presta não. Entre você pra ver se você presta. Esse é o desafio. Não desanime nunca, cara. eu te confesso uma coisa ó

01:07:25

Eu eu tenho setenta e seis anos de idade Quando eu deixei a presidência Esse país era a sexta economia do mundo. tava numa boa, povo tava alegre

01:07:41

o povo tava comendo, fazendo churrasco, comprando carro, trocando geladeira, trocando fogão, trocando máquina de lavar, trocando máquina de lavar louça, trocando, sabe tudo. esse país andou pra trás Então, ao invés de eu desistir Eu falei não eu vou votar cara eu vou brigar

01:08:01

não é possível já provamos que esse país pode ser melhor. já provamos que esse país pode ser respeitado Então, você que é jovem, sabe? Pensa assim, que cê pode fazer pra ajudar a melhorar. fica só cobrando não, vai de frente, vá à luta, cara

01:08:20

Eu tô nessa brincadeira anos e toda vez em setenta e oito eu prometi pra minha família que eu ia sair da política, não ia nada. Setenta e oito, sabe quantos anos faz? Quarenta e quatro anos eu tô aqui atolada até os dente na política.

01:08:36

e vou obrigar, eu agora casei em maio, poderia tá desistindo da vida, tá desistindo da política, agora eu vou cuidar da minha mulher, porra, casei de novo, mas não dá, não dá ver o país afundar do jeito que tá afundando, quando eu vejo embaixo da ponta as pessoas dormindo, mulher com criança dormindo embaixo duma ponte.

01:08:56

sabe? As pessoas foi criança no colo pedindo comida esse país que é o terceiro produtor de alimento do mundo, se você não se indignar com isso, cê vai se indignar com o quê? Então enquanto eu tiver força cara eu vou brigar. assim, brigue

01:09:15

Porque somente a ciência vai melhorar. Quando eu saí da política eu fui no Papa, eu fui procurar o Papa e fui no Conselho Mundial de Igreja. Que eu queria fazer uma campanha de indignação. é possível o mundo produz alimento e tem novecentos milhões de pessoas que passam fome.

01:09:32

Novecentos milhões de pessoas que toda noite vão dormir sem ter o que comer num mundo que produz comida pra todo mundo. e detergente não se indignar com isso a gente vai se indignar com quê? Sabe? Então eu fui, mas aí veio a pandemia

01:09:49

eu ainda estava lá em Roma quando veio a pandemia aí eu fiquei em casa há dois anos tá? Mas eu eu eu eu sinceramente eu sou um homem indignado. quando eu vejo uma pessoa ir no açougue comprar um pé de frango comprar só o pescoço é duro, é du

01:10:09

Então ajuda a mudar esse país do teu papel, cê é jovem, forte, sabe? Tá começando nascer o bigode, o cavanhaque. Esse cabelão vermelho seu, cê pode fazer tudo na vida, cara. Cê tem o mundo pela frente. lute.

01:10:27

Pra construir o mundo que você quer. É disso que o país está precisando. tá bem? É isso gente, cês tão ouvindo, né? Todo mundo meio emocionado aqui, né? Então,

01:10:45

Né? Eu também comecei. Enfim, um presidente muito emocionado. Nossa próxima é do professor Arthur Oi Presidente, boa noite. Boa noite. Sou professor de relações internacionais da PUC São Paulo e lá eu trabalho com a disciplina de saúde global.

01:11:02

E uma coisa que é muito visível é ver a diferença da ação internacional do Brasil em matéria de saúde no seu governo, no governo Dilma e hoje. Na verdade é muito destoante mesmo. No seu governo a gente passou pela primeira grande emergência sanitária internacional, a pandemia de gripe H1N1.

01:11:19

A época o Brasil conseguiu vacinar quase noventa milhões de brasileiros em três meses, foi considerado referência pela OMS. Já no governo Dilma, houve a epidemia de Zika, que o Brasil também teve uma resposta muito rápida.

01:11:30

Graças ao SUS, diga-se de passagem. E agora, durante a pandemia de covid-dezenove, a gente deixou de reconhecer a ação do Brasil em matéria de saúde, inclusive gerando um cheque, gerando um choque, perdão internacional. O mundo não entendia o que tava acontecendo com o Brasil, por quê? Porque o Brasil é referência em saúde global. Minha pergunta pro senhor é,

01:11:49

Nesse cenário atual, o que é que o senhor vai fazer pra fortalecer o SUS e dar de novo esse destaque internacional do Brasil em matéria de saúde? Olha, graças a Deus a pandemia ajudou as pessoas reconhecer a importância do SUS.

01:12:07

Não tem nenhum país no planeta Terra com mais de cem milhões de habitantes que tem um programa como o SUS. Acontece que muitas vezes o SUS foi maltratada pela imprensa

01:12:26

É porque o SUS é um programa universal, atende todo mundo você atende todo mundo, nem sempre você tem cem por cento de qualidade que o SUS só ia pra televisão aquela pessoa que não era atendida, aquelas que era atendida não ia.

01:12:45

Então a imagem era de que o SUS emprestava, de que o SUS não sei da conta, eu posso dizer pra vocês que eu viajo muito, não tem nada no mundo que chegue perto do SUS. Agora o SUS precisa de dinheiro, porque saúde precisa de dinheiro. sabe? Isso é de dinheiro, se a gente não investir dinheiro o povo

01:13:05

mais pobre não tem direito aquela na da saúde, aquelas máquina. vou fazer meu checape, eu tenho um plano médico, aí eu entro numa máquina, entro no outro, entro no outro, entro no outro, entro no outro, ou seja, ninguém nem conversa comigo, é só de máquina em máquina, sabe? O povo pobre não tem aquilo

01:13:25

Deve qual é o problema que nós temos? O Brasil era era era era invejável. o Brasil era motivo de orgulho no planeta terra do país que mais tinha capacidade de vacinação.

01:13:38

Agora as crianças tão voltando a ter catapora, tão voltando dentro dessa sarampo porque você tem um presidente negacionista que diz que vacina não presta. Sabe como é que uma mãe meu Deus do céu? Como é que uma mãe tem uma criança e ela sabe que se não vacinar

01:13:56

Ele pode pegar uma doença grave e ela não vai vacinar porque alguém disse que vacina não presta. eh eh as vezes é duro acreditar, mas é assim.

01:14:07

Então veja, a saúde é uma coisa que nós vamos ter que ter conceito. Nós precisamos fazer com que todo povo, qualquer que seja a sua renda, ele tem o direito a participar da medicina de alta complexidade. Ele vai ter direito a telemedicina que é muito falada, mas ela não chega pro povo.

01:14:26

Ela não chega, precisa fazer ela chegar pro povo. De vez em quando você na televisão o cara dando pro castelo invertido ou pro castelo medicina ou pro castelo medicina. O seu Bolsonaro se engasgou com camarão, buscar uma um médico em Bahamas.

01:14:42

Pa vim cuidar dele aqui. Por que que eu nunca não contei ela em medicina? Porque ainda não funciona cem por cento, ainda não tem muita confiança. o que nós precisamos é o seguinte, qualé o grande problema da saúde hoje, companheiro? É o seguinte, é o chamado especialista.

01:14:57

Nós não temos especialista, ou seja, então, o SUS faz o atendimento, o SUS paga, paga razoável, mas paga algumas categorias paga pouquinho, era preciso aumentar, era preciso aumentar, sabe o que a gente paga pras especialidade? Então, por exemplo, você

01:15:16

Tá doente, você vai numa UPA Unidade de Pronto Atendimento. Chega lá o médico fala, olha, você tá com problema no coração, cê tem que ir num cardiologista, não tem cardiologista.

01:15:29

Aí você fica esperando o cardiologista, dois meses, três meses, vai com uma consulta vez pra um ano, marca pra nove meses e você a doença não espera, se você pudesse tirar a doença e guardar do guarda-roupa e só terá de volta com o teu funcionamento, tudo bem.

01:15:46

Mas as vezes você morre sendo especialista, sabe? Às vezes um problema de ortopedia, às vezes um problema nos olhos, qualquer doença que precisa de especialista. Então, o que que nós estamos propondo agora? O SUS vai ter que fazer convênio com toda a rede de especialidade nesse país.

01:16:04

É preciso melhorar o pagamento. Hoje, nesse mundo digital, você tem como controlar melhor, é mais difícil você controlar, é mais fácil você controlar, cê pode evitar a corrupção, mas se uma pessoa sair do médico e o médico falar, olha, você tem que procurar um ortopedista.

01:16:21

o cara não tem que ficar esperando um ano, ele vai no se na rua dele tiver um ortopedista ele vai naquele ortopedista e o SUS paga que era ortopedista, se for um cardiologista a mesma coisa oftalmologista mesma coisa, sabe? Isso é aquilo que nós precisamos avançar, porque não tem o tal do especialista

01:16:40

Desapareceu, é só pra quem pode pagar, é só pra gente mas mais que sabe? Aquela aquela música da Pagodinho, cê sabe o que é caviar? então é isso. Você sabe o que é especialista? Eu sei, mas eu não posso ter. Então nós temos que brigar pra que você tenha.

01:16:58

É isso que a gente vai fazer. Eu tenho pedido ao Padilha, tenho um pedido ao Temporão, ao pessoal que foi ministro da saúde do meu governo, que a gente vai ter que encontrar um jeito de fazer convênio com toda a rede de especialidade que tem nesse país para que qualquer brasileiro possa ser atendido, não pode ficar esperando seis meses, quatro meses, dois

01:17:18

sabe? Tem que ir na semana seguinte já ir, se puder no mesmo dia sabe? Isso é o que tá faltando. A outra coisa gente, é que o SUS é muito importante é preciso dinheiro pro SUS, dinheiro pro SUS. Eles tiraram dinheiro e tiraram muito dinheiro do SUS agora

01:17:37

Nós vamos repor dinheiro pro SUS, porque eu sou daqueles que acham que saúde também é investimento, num é gasto. Um ser humano saudável trabalha mais, ele produz mais. Um ser humano doente ele dá gasto, ele dá despesa pro Estado.

01:17:55

Então é melhor a gente cuidar e evitar que as pessoas fiquem doente. Fazer a medicina preventiva com médico de família é muito melhor.

01:18:05

ô gente aquele mais médico que foi feito no governo da Dilma que ele era uma uma benção de Deus, nós levamos médico em lugares que o povo nunca tinha tido médico, vivia a base de PCmento, abacabado. colocar no lugar? Nada nada

01:18:24

sabe porque o a maioria dos médicos gostam de trabalhar nos cantos centros urbanos, os médicos não gosta de ir pra pro lugar nem pra uma favela aqui gosta de rir, sabe? Eles preferem trabalhar só no centro e a gente precisa levar médico onde tá as pessoas, pequena que nunca viu um médico, cidade pequena que nunca viu um dentista

01:18:44

Quando eu criei o Brasil sorridente, por que que eu creio? Eu num guentava ver um jovem, eu ia pros comícios, você ficava falando, de repente uma moça bonita ou um menino bonito na tua frente ele dava um sorriso, faltava três, quatro dedo na boca dele.

01:19:01

Eu achava aquilo o fim da picada se eu não cuidar daquilo e aquele dente foi perdido porque a água não tinha qualidade porque ele não tinha nenhuma noção de higiene e nós criamos um Brasil sorridente, eles pararam com tudo isso, nós temos que reconstruir tudo.

01:19:18

E graças a Deus ó, todos nós temos que deitar toda noite e rezar e agradecer a Deus pela existência do SUS, dos médicos do SUS, das enfermeiras do SUS e das pessoas que trabalham no SUS, porque eles nos salvaram da pandemia.

01:19:35

Maravilha. Presidente, agora a gente tem uma pergunta de uma pessoa que é o Pedro Robique, que trabalha no mercado financeiro. presidente Lula.

01:19:53

Qualé a taxa de juro? A gente viu uma queda do investimento estrangeiro no Brasil nos últimos anos. O que você fez, o que você pretende fazer pra atrair de volta esse investimento estrangeiro e trazer, consequentemente, mais estabilidade fiscal e econômica.

01:20:12

Olha, você vai ver eu dizer sempre três palavras que pra mim elas são mágicas. atrai investimento tanto de empresário interno quanto de empresário externo presidente tem que ter três coisas, primeiro ele tem que ter credibilidade

01:20:31

Quando ele falar as pessoas precisam acreditar. Segundo, ele tem que garantir estabilidade, seja política ou seja jurídica. Terceiro, ele tem que ter previsibilidade. A pessoa tem que saber o que vai acontecer. As pessoas não podem ser pega de surpresa.

01:20:49

e eu tenho muito orgulho, sabe por quê? Porque quando eu cheguei na presidência o Brasil tinha uma inflação de doze por cento e tinha doze por cento de desemprego, o Brasil tinha uma dívida de trinta bilhões com o FMI e o Brasil tinha uma dívida interna pública de sessenta ponto sete por cento. o que aconteceu

01:21:09

Nós reduzimos a inflação pra quatro e meio, ficou dentro da meta, que era quatro e meio dois a mais de dois a menos. Nós pagamos os trinta bilhões do FMI e emprestamos quinze bilhões pro FMI. Nós reduzimos a dívida pública de sessenta ponto sete pa pa trinta e sete ponto sete.

01:21:28

ou seja, e nós conseguimos fazer uma coisa que o Brasil nunca tinha feito na vida, que foi fazer reservas internacionais que é o que não permite que o Brasil quebre. Nós temos uma reserva era de trezentos e setenta bilhões de dólares, eles já jogaram cinquenta bilhões fora. quando você tiver

01:21:48

Essa, esse comportamento o dinheiro vem. Eu tava dizendo, eu não sei se você percebeu que eu fiz uma viagem pra França, pa Alemanha e pa Inglaterra e eu sem ser presidente eu fui recebido pelo alemão, pelo Marcon presidente da França e pelo Presidente do da Espanha.

01:22:06

Cara, se a gente ganhar as eleições, vamos viajar o mundo e vamos convencer as pessoas do que investir no Brasil é um alto negócio, não para comprar empresa pública, pra fazer empresas nova, pra gerar empregos, é isso que nós precisamos fazer.

01:22:23

Um país que tem um mercado consumidor de duzentos e quinze milhões país que pode produzir qualquer coisa

01:22:31

A gente atrai no período que eu fui Governo você pode estudar que cê tá no sistema financeiro foi o melhor momento de investimento externo direto no Brasil.

01:22:41

Porque as pessoas queriam fazer as coisas no Brasil, porque o Brasil tava bem, porque o povo tá comendo, até o Obama me agradeceu falando, olha, graças ao povo brasileiro, os Estados Unidos não tá quebrado, porque o povo brasileiro tava comprando lá. uma coisa que eu tenho certeza absoluta que esse país é maravilhoso.

01:22:59

esse povo quando eu quando eu falo eles ficam com raiva, quando eu falo que nós vamos votar a nos reunir no final de semana e comer um churrasquinho e tomar uma cervejinha. É porque é uma coisa que todo mundo gosta de fazer, quem é que não gosta de reunir a família no final de semana, os parentes, os primos, dos amigos, ir comer um churrasquinho?

01:23:19

E se tiver um dinheirinho pra comprar uma picanha e ainda poder comer aquela gordurinha, sabe? Com uma cervejinha gelada, é tudo que a gente quer na vida. É tudo que a gente sonha. Sabe?

01:23:30

Então o que que tem sonhar em fazer as coisas boas? As pessoas pensa que a gente só gosta de pé de frango, pescoço de frango, coisa nenhuma, a gente gosta de coisa boa mesmo. eu acho que a gente vai atrair com seriedade. Eu vou te dar um dado, quando eu cheguei na presidência em dois mil e três, o fluxo

01:23:48

Da balança ao comercial, Brasil, Argentina, entre aquilo que a gente comprava e aquilo que a gente vendia era sete bilhões de dólares, tá? oito anos depois quando eu deixei o fluxo era trinta e nove bilhões de dólares.

01:24:05

O fluxo com a América do Sul era quinze bilhões deixei a presidência era oitenta e nove bilhões, que quando você é sério

01:24:17

Quando você mostra que você, sabe? Tá levando as coisas a sério, as pessoas vem investir aqui, as pessoas acreditam, agora um presidente que não é convidado pra ir a país nenhum, ninguém quer receber ele lá e que ninguém quer vim aqui ele não vai pra lugar nenhum.

01:24:34

Sabe então o que nós queremos atrair é atrair investimento direto. deve investir nesse país é investir, inclusive pra discutir a questão ambiental, a questão de pesquisar Amazonas, a Amazônia é nossa, é território soberano nosso.

01:24:51

Mas a gente precisa pesquisar pra gente conhecer a riqueza da biodiversidade da Amazônia. Sabe o que que a gente pode produzir do ponto de vista da indústria de fármaco? O que que a gente pode dizer do ponto de vista da indústria de comércio e de cosmético? Isso a gente não sabe porque a gente não tem.

01:25:09

Dinheiro pra fazer toda pesquisa que é preciso. Aquilo é um mundo desconhecido ainda. Então é isso que eu quero fazer cara. Nós vamos primeiro é o seguinte. Não vai ter mais garimpo ilegal na terra indígena. Pode ficar tranquilo. Não terá garipe ilegal na terra indígena.

01:25:25

E a gente quer dizer pras pessoas o seguinte, nós temos trinta milhões de hectares de terra degradadas. Então vocês não precisam cortar nenhuma árvore pra plantar soja pra plantar milho ou criar gado. Vamos recuperar essa terra e deixar a floresta em pé.

01:25:41

Que ela é muito mais lucrativa pro Brasil, a gente pode ter crédito de carbono, a gente pode receber dinheiro se a gente tiver um uma agricultura de baixo carbono, sabe? A gente pode fazer isso, o Brasil tem condições e o Brasil pode ser o país do mundo mais respeitado nessa questão climática.

01:25:59

O que precisa é a gente ser inteligente saber tirar proveito disso. E nós vamos tirar proveito disso. Nós não vamos jogar fora essa oportunidade.

01:26:08

Importante, né? A gente faz uma pergunta, de uma pessoa do mercado financeiro sobre a economia e o presidente termina falando sobre a economia e sustentabilidade compromisso de falar de futuro, isso é muito interessante, isso é muito importante querer pontuar isso aqui.

01:26:28

Presidente, nós abrimos uma caixa de pergunta nas redes sociais e no INSTAGRAM vieram perguntas pro senhor, é curioso, né? Povo da internet é curioso.

01:26:39

e um dos temas mais abordados foi a censura, certamente por causa da onda de e mentiras criadas pela campanha de Bolsonaro em seu desespero pra tentar enganar a população. Presidente, eu mesmo da comunicação fico nervoso quando dizem que o senhor vai censurar os meios de comunicação e os conteúdos na internet

01:26:58

Porque a gente sabe que isso não é verdade. O senhor pode esclarecer esse assunto para as pessoas de uma vez por todas as questões sobre censura? Olha, primeiro eu só dei pra você o seguinte, eu eu nunca imaginei. que a gente pudesse ter no Brasil

01:27:17

Uma fábrica de mentiras como a gente tem na família do Bolsonaro Eu nunca imaginei que a gente pudesse ter a quantidade de mentiras espalhadas na internet como a gente tem.

01:27:33

e a família dele é campeã mundial de conta mentira, só ele conta oito mentiras por dia e tema é o seguinte meu caro, primeiro eu sou um defensor da liberdade dos meios de comunicação porque foi graça a liberdade de comunicação, o que eu virei, o que eu fui

01:27:52

Sabe um pernambucano que nasceu um Caetés que não morreu de fome até completar cinco anos de idade, chegar a Presidência da República é um milagre e esse milagre se deve ah a divulgação da imprensa, mesmo quando falava mal de mim. O que que eu acho preocupante?

01:28:09

é que a internet ela não é só uma rede social era ter um componente muito grande de maldade sabe? Porque a mentira anda e a verdade a mentira voa e a a verdade anda. Eu acho que algum momento os especialista

01:28:29

Eu sou analógico, eu não sou digital. Num tem se você sabe, eu num uso nem celular. sabe? Depois que eu vi o cara matar o cara na fagueistão, um foguete foi lançado porque o cara tava falando no celular e eles onde tava o cara

01:28:48

eu não quero saber de de de correr risco não. Então É o seguinte, eu acho que algum momento vocês Essa meninada toda nasce digital. tenho neto que não vai nunca nem escrever o nome, é só

01:29:07

sabe? Eu nunca pensei que alguém pudesse escrever numa máquina de escrever antes de fazer um curso, a juventude não sabe o que é um curso, não marca de escrever, mas você ficava lá com ideia de dia assim, sabe? Agora a molecada com o dedo só escreve com dois dedo e escreve e a molecada tá desaprendendo a escrever.

01:29:27

A molecada hoje sei lá resolve quase tudo pras pessoas, quase tudo. Num resolve coisa que o ser humano não pode perder que é o sentimento. sabe? Nós seres humanos não somos algoritmos nós somos seres humanos

01:29:46

Nós temos sentimentos, temos solidariedade, nós temos fraternidade, nós temos compaixão. Eu não quero ser usado, nas eleições, nos Estados Unidos eles manipularam os votos da Hillary Clinton.

01:30:01

Eles sabiam qual era o estado que as pessoas mais gostava de arma eles mandavam mensagem pras pessoas Hinode Clinton é contra arma, enfim que estado que ela era favorito ela perdeu as eleições. por conta da mentira.

01:30:17

Num sei se vocês já tem se vocês já perceberam celular, se você tiver conversando com alguém e você falar de um produto qualquer que você pense em comprar, hora depois começa a chegar propaganda daquele produto no teu telefone

01:30:33

Ou seja, os cara consegue controlar, nós viramos algoritmos. Então, o que que eu acho? Em algum momento a gente vai ter que ter uma regulação que vai ser feito pela sociedade brasileira, pelo povo. que é muita maldade também. só coisa boa, mas é muita maldade.

01:30:50

Sabe? É muita mentira, é muita desgraceira, sabe? Todo santo dia, toda santa hora, de noite, de madrugada e e todo mundo, você na verdade eu não sei comé que cê usa celular, todo mundo virou dependente. É quase que um dependente químico.

01:31:08

Fala a verdade, cê não utiliza a mão mais pra nada, é só pra regar o celular, todo mundo com o celular na mão. não sabe pegar mais nada, é só um celular. Aí

01:31:21

Vai engraçado você vê, aí eu convido você pra ir jantar, vamos jantar que eu tô com saudade, senta na mesa você com o celular e eu com outro, a gente não conversa meus neto vão na minha casa, chega lá cada um pega o celular, o que menos interessa é o vô.

01:31:38

Eles tão comigo conversando com o outro, qualquer outra pessoa. Então, nós ficamos dependente. Essa é a verdade. somos uma geração de pessoas dependentes da internet, do celular Como a gente vai mudar isso? Eu não sei.

01:31:57

O ser humano sem amor muito perigoso é muito perigoso. Mas sabe, se você levanta de manhã, você encontra o teu vizinho e o elevador, você não fala bom dia.

01:32:10

Cara, quando eu era presidente do sindicato, eu às vezes ia na porta da Volkswagen às quatro e meia da manhã, sabe pra que? Pra entregar o jornalzinho e falar, bom dia companheiro, boa sorte companheiro, bom dia companheiro, boa sorte companheiro. O ser humano precisa dessa interação.

01:32:27

Você não pode se isolar no seu mundo, eu e o meu celular, eu fico dentro do meu quarto, eu faço tudo o que eu quero, eu converso com tudo que eu quero, eu pago tudo que eu quero e não quero saber de ninguém. Quando você abre a porta que você vê alguém, você já tem raiva. Aquele cara tá atrapalhando você.

01:32:44

Sabe comé que a gente conserta isso? Eu não sei, o mundo tá ficando nervoso, o mundo tá ficando mais desumano, sabe? Eu não sei se é por causa desse presidente que ele é negacionista, sabe? Ele chegou a imitar o pessoal em Manaus morrendo por falta de ar, morrendo afogado.

01:33:03

Sabe? Sem água ele ficou imitando, ele ficava zombando, ele dizia que vacina ia virar jacaré, que vacina ia virar homossexual, que vacina comé que pode um Presidente ser tão maléfico, isso é tão demônio assim, sabe? Que num respeita as pessoas.

01:33:21

Esse cara não chorou uma lágrima, uma lágrima uma criança. Ele falou que não morreu criança de covid. criança de covid e nós temos hoje praticamente cento e noventa mil crianças órfão morreu o pai e a mãe

01:33:38

Esse cidadão não foi visitar nenhuma criança. pra tentar enganar a gente corre lá pra ver o cachorro da rainha na Inglaterra. sabe? quando eu deveria ter no hospital, ver como é que o pessoal buchou, se matava pra trabalhar ganhando pouco.

01:33:56

Então gente, eu eu sinceramente eu acho que a liberdade de comunicação é uma conquista da humanidade sabe? Agora ela tem que ter o limite do razoável. a gente então vai ter que discutir comé que a gente faz

01:34:14

Pra que o celular, pra que seja uma coisa que faça o bem, que ensine, que possa educar e que não tenha tanta maldade. Tem que ter algum instrumento pra rariar de maldade, é muita maldade. é muita maldade eu fico assustado

01:34:32

Como ser humano, eu tinha um amigo chamado Luiz Gushigen, bancário do Banco do Brasil, sindical muito importante, foi meu ministro da comunicação ele falava, ô Lula de cada ser humano tem um demônio. Ele fica quietinho lá.

01:34:50

Sabe de vez em quando aparece uma latinha abre a tampa da do demônio ele sai e o cara fica ruim e é verdade cara eu estou eu estou assustado como as pessoas estão ficando desumanas.

01:35:03

Umas pessoas tão ficando nervosas, as pessoas brigam no semáforo do ônibus, as pessoas brigam porque o cara buzinou atrás, as pessoas briga porque o cara passou na frente, a pessoa deixa por qualquer coisa. isso me assusta, mas como eu também já tenho uma idade mais ou menos avançada

01:35:21

Eu só espero viver mais quarenta anos, sabe? que são os jogos é que vão ter que resolver esse problema, sabe? Mas eu eu sinto a liberdade, liberdade de imprensa pra mim, liberdade de comunicação pra mim é uma coisa sagrada.

01:35:36

tá? E a internet é boa porque a internet faz com que você interaja, cê num fica só sentado na televisão ao meio do cara falar e você num sabe se é verdade ou mentira. Na internet, no celular você interage a notícia, você também produz notícia. é a grande revolução que aconteceu, sabe? No século vinte e um

01:35:56

E a gente pode esperar o senhor mais conectado? Pode esperar o senhor mais conectado? Deixa eu acho que nós vamos ter que conectar o Brasil. Ah. Essa é uma coisa que é o seguinte, ah eu acho.

01:36:09

acho que nós vamos ter que fazer um trabalho muito grande, primeiro pra levar Internet banda larga em todas as cidades desse país, sobretudo nas escolas.

01:36:26

Tá? Sobretudo nas escolas. pelas escolas, tá? Em todas as cidades desse país. Eu fui um cara que criei um programa chamado computador para todos. O meu desejo era que cada criança tivesse um computador.

01:36:43

Porque se tivesse agora nessa pandemia as crianças não tinham desaprendido as crianças, teriam aprendido. Eu tenho um neto que não perdeu um dia de aula tem crianças que eu conheço que não teve aula durante dois anos. Essa criança está atrasada dois anos. Como é que a gente vai recuperar essa criança?

01:37:01

Nós vamos ter que fazer um mutirão o mutirão da bondade, o mutirão da educação, vamos ter que trabalhar mais horas, vamos ter que nos dedicar pra recuperar essas crianças e fazer eles avançarem o tempo que eles perderam.

01:37:16

É isso que que que eu acho que o Brasil tem que fazer e conectar o Brasil do Norte a sul do Oiapoque ao Chuí sabe? E tentar ver se a gente consegue levar a banda larga pra todo mundo, pra todo mundo, de verdade. sabe? É isso que eu sonho e é isso que eu vou tentar trabalhar pra fazer.

01:37:35

É isso gente. maravilha, né? Falar de tecnologia, falar de tantas coisas que estão ligadas com o dia a dia e com o futuro do nosso país. E agora, pra falar um pouquinho, que a gente já deu uma, falar sobre sustentabilidade, sobre a Amazônia, o presidente ele

01:37:50

Vai falando de tantas coisas, a gente vai ficando aqui só sentando e ouvindo tanta coisa tão incrível. Quem vai falar agora é a Vânia dos Povos Funyô. sou eu. seu funil, sou de Águas Belas, Pernambuco.

01:38:07

e aqui eu vou mudar um pouco a pergunta que ele sobre o Amazonas também, né? Eh nós tem duas importante aqui dentro do estado de São Paulo, não só do estado de São Paulo, os a visão da gente, das aldeia e os indígenas do contexto urbano, que sai da sua aldeia

01:38:27

E fica aqui no estado de São Paulo, muitos não tem onde ficar e e fica assim eh vem com aquela intenção de tá aqui, vou vender meus artesanato, vou fazer isso.

01:38:39

e depois não não vai mais embora, né? É um pouco difícil, nós poderia ver essa visão dos indígenas do contexto urbano e das aldeia que é uma separação às vezes. Olha, eu eu acho que a gente tem que ter uma política indigenista ahm mais séria

01:38:58

O ideal era que a gente criasse em cada cada aldeia, em cada estado, em cada pedaço de chão que as pessoas nasceram, pras pessoas produzirem, pras pessoas morarem, pras pessoas estabelecerem a convivência com a sua cultura.

01:39:17

e não precisar sair pra vim morar, sabe? Num mundo desumano que é o mundo urbano das grandes metrópoles brasileira. Agora também a gente não pode proibir as pessoas de querer viajar e de querer mudar de vida. E aí é preciso criar condições e somente vocês é que sabem o que fazer.

01:39:35

Tá? Eu tô dizendo somente vocês é que sabem o que fazer porque eu tô levando muito a sério essa questão indigenista, muito a sério Se passa a ideia pra quem mora na cidade de que ah os índios tem quatorze por cento do território nacional.

01:39:53

Falo assim, né? O vídeo tem catorze por cento do Internacional, o vídeo tem terra mais do que a Europa. Primeiro eles tinham tudo eu só tenho quatorze quatorze milhões de hectares agora, eles tinham tudo, era tudo deles.

01:40:11

O intrometido somos nós que chegamos aqui e e fomos tomar a terra deles. A verdade é que ele não tem nada, porque a terra deles não é dele, é do Estado.

01:40:25

Ele não tem escritura da Terra, quando a gente demarca a área, a gente demarca o espaço que eles vão usar, mas a terra continua sendo do Estado. Então, é mentira dizer que eles têm catorze por cento do território nacional. esses quatorze por cento estão no Estado

01:40:43

Você vai aqui no Mato Grosso do Sul em Dourados os os guaranis, sabe? Ele vive numa situação de de penúria Abre quando o Zé que era governador do PT lá no Mato Grosso eu cansei de falar, Zeca, vamos comprar.

01:40:59

sabe? Depois eu falei com o Puccinello, vamos comprar uma fazenda, a gente ajuda a pagar umas duas fazenda pra essa gente ter um pouco mais de território eles ficam ali morrendo, pegando doença, sendo maltratado, sendo atacado, sabe? Sendo violentado pelas pessoas, porque tem gente ruim nesse mundo

01:41:19

Então eu eu eu tô falando pra todo mundo, você sabe o que eu já falei, a gente vai criar o ministério dos povos originários, os indígenas vão ter o ministério nesse país.

01:41:36

A FUNASA que cuida da saúde indígena, cê tá lembrado que eu tinha criado uma secretaria especial de saúde indígena e o médico não era indígena, agora os indígenas já tem médico, pode ser um deles. A FUNAI não precisa ser dirigida por um branco como eu.

01:41:54

pra ser dirigida por um indígena. Nós já temos muita gente formado, muita gente preparado, muita gente que fez direito, muita gente que fez medicina, muita gente que fez sociologia, sabe? Então, agora é hora da gente começar fazer com que eles efetivamente assumam

01:42:13

Sabe os seus cuidados, a sua responsabilidade, o que que o Estado tem que fazer? O Estado não pode deixar ninguém invadir a terra indígena. E eu tenho orgulho.

01:42:27

De ter sido o prudente que mais marquei em terra indígena, que mais se revela florestal por o nosso período ainda quando a Marina era ministra do meu governo. Então eu eu eu sonho que um dia os indígenas vão votar fazer o que eles quiserem

01:42:45

Ah recuperar a sua cultura, a estabelecer um padrão de vida digna e respeitoso da mesma forma que os quilombolas. sabe? Os quilombolas são outras coisas que a gente vai ter que recuperar o estado que eles tinham. Você tenta o que é fácil?

01:43:02

Quando a antropologia descobre que tal território é num território que os que moravam há cento e poucos ano, sabe? Até aparece um cara aqui e diz que é dono daquela terra, aí cê vai pra justiça.

01:43:13

Eu fui agora visitar um quilombo em pomar e em Contagem, Minas Gerais, em mil em dois mil e seis eu dei autorização, eu eu regulei aquele aquele aquele quilombo. Mas até agora não foi dada a documentação definitiva. porque a burocracia é

01:43:32

Muito complicada. E eu quero te agradecer porque eu acho que eu tive noventa por cento do voto no povo indígena desse país, sabe? No primeiro turno eu acho que os indígenas vão votar porque que os indígenas tem de sobreviverem

01:43:50

e sobreviver a cultura indígena com qualidade de vida eleger alguém democrático, alguém que seja decente, alguém que seja respeitoso, alguém que não veja em vocês é porque é assim que vê. fiquei tanta terra

01:44:09

Não é assim? pra terra. Então é assim que a mediocridade pensa e por isso a gente precisa de forma muito respeitosa porque esse país viveu quase que a extinção dos indígenas que eram

01:44:27

Por volta de cinco milhões quando Cabral aportou aqui Da mesma forma com os negros, o Brasil tem uma dívida com o povo negro e com a África que a gente não pode pagar em dinheiro a gente tem que pagar em solidariedade, em transferência de tecnologia.

01:44:45

Agora vê se a elite brasileira quer pagar, não quer. Porque acha que não deve, nós devemos. Porque a beleza do povo brasileiro o resultado da nossa miscigenação, mistura de índio, negro e europeu, tem essa coisa bonita como eu assim, como vocês

01:45:05

Sabe? eu acho. Acho que o povo brasileiro é o fantástico, sabe? É o único povo que conta piada da sua própria desgraça, sabe? É o único povo. quer contar coisa boa, presidente, a gente quer contar coisa boa.

01:45:24

E agora a gente vai ouvir uma pergunta, a última pergunta da plateia aqui é do Luiz Felipe, que é vendedor. Boa noite presidente, tudo bem? Tô aqui. é

01:45:36

Oi? Você é vendedor de ilusão ou vendedor de A minha pergunta é com relação ao endividamento do brasileiro. Eu, como tantos milhões de brasileiros, tô com o nome sujo no SPC, na Serasa, não me orgulho disso, devido né? As as diversas situações que tem passado

01:45:56

Eh eu gostaria de saber qual que é seu, qual que é o seu plano pra ajudar a gente a limpar o nosso nome e voltar a ter crédito na praça. Você se endividou por quê? Cartão de crédito?

01:46:11

Cartão de crédito, cartão de crédito eh eh coisas básicas do dia a dia, né? Cês sabem que eu deixa eu te contar, eu não tenho cartão de crédito, que isto é porque

01:46:24

é o cartão de crédito é um estímulo pra gente gastar rapaz a gente quando a gente não tem que tirar dinheiro do bolso só tem que tirar um cartãozinho pra falar é fácil gastar só que depois ele tem que pagar e por isso eu nunca quis, porque uma vez

01:46:43

eu tinha vontade de ter e eu tive um cartão de crédito especial do Bradesco e eu fui viajar pra Suécia do sindicato eu tinha vontade de fumar um charuto mito charuto, não sei se era da república, do americana

01:47:02

E eu nunca tive coragem de comprar, porque custava caro. Mas daquele dia eu tinha um cartão, cara. Eu eu tinha o cartão. Eu falei, eu vou comprar. Rapaz, eu comprei. O Brasil tinha um dólar, um por um. Parecia barato quando eu voltei pro Brasil o dólar catava quatro.

01:47:21

Então, minha dívida quadruplicou, eu parei de ter, mas deixa eu te contar, esse é um problema que nós assumimos a responsabilidade fazer duas coisas. Primeiro, negociar com o setor varejista.

01:47:36

Tem muita gente que comprou alguma coisa da prestação, uma geladeira, um um fogão, um móvel, qualquer coisa, uma roupa, sabe? Então essa gente não pode pagar, nós vamos ter que chamar os varejistas e discutir uma negociação pra que a gente diminua esse endividamento

01:47:54

E possa limpar o nome de vocês. inclusive tá pensando uma forma de criar um fundo garantidor para que a gente possa ter recurso pra aplicar nisso. A outra coisa é com o sistema financeiro.

01:48:07

nós vamos ter que chamar a FEBRABAN e discutir com ele comé que a gente vai reduzir a dívida, sabe? De uma pessoa no cartão de crédito, porque tem uma coisa no sistema financeiro, você quer representante do sistema financeiro? O seguinte, o problema é que cê faz uma dívida de dez

01:48:27

e quando você vai ver a bíblia tá quarenta, você pensa que está quarenta já está oitenta. monte de coisa em cima de coisa, em cima de coisa, é um monte de penduricalho você não consegue sair mais Então nós vamos discutir com a FEBRABAN comé que a gente pode diminuir

01:48:46

a quantidade de pinu de calha, a quantidade de juros sobre juro que se coloca na dívida para que as pessoas readquiram, sabe? A limpeza do seu nome no Serasa e possa andar de cabeça erguida e possa comprar outra vez Sabe o que que é? O cara não pode nem receber o pagamento que nem vai atrás, sequestra

01:49:05

Sabe se você tiver quantos cara vão lá e pega teu dinheiro. Nós precisamos limpar isso. São oitenta milhões de pessoas que estão com dívida ou no cartão de crédito ou no varejo e a maioria mulher A maioria é mulher. Então nós precisamos tratar.

01:49:23

e é um compromisso que eu quero dizer pra vocês aqui, tô dizendo, tô falando pra vocês como se eu tivesse falando que a minha mulher, como se eu tivesse falando com meus filhos, é uma coisa que nós vamos assumir muita responsabilidade tentar o nome da sociedade brasileira e deixar vocês poderem fazer

01:49:42

dívida outra vez, tá bom? Nós vamos trabalhar muito para fazer acordo e resolver o problema da dívida de vocês. Não é pouca coisa não, é muita coisa. Sabe? Cê tá lembrado que quando teve a crise de dois mil e oito, eu fui na televisão em dezembro pro povo que tinha que comprar

01:50:02

porque tinha muito desemprego, porque as pessoas não estavam consumindo. fui na televisão dizer ó gente é importante a gente comprar pode comprar a gente fizer dívida que a gente possa pagar. Não faça dívida que você não pode pagar.

01:50:21

E foi uma coisa, uma benção de Deus, porque naquele ano o povo pobre da classe C e D consumiram mais do que o povo da classe A e B. E às vezes as pessoas perdem o controle mesmo.

01:50:34

Sabe as pessoas faz uma dívidazinha, daqui a pouco cê perdeu o rumo, você não consegue mais negociar e você vai sabe aquele negócio da água vim batendo no nariz daqui, a água vai chegando e vai chegando e vai chegando a gente vai ter que tentar salvar, vamos tentar jogar uma boia

01:50:51

Fazer essas pessoas melhora. Esse é um compromisso que cê pode cobrar, cê pode cobrar de mim, que nós vamos fazer essa coisa acontecer. É um compromisso não só meu, é um compromisso de muita gente, é do partido, de vários partidos que estão comigo.

01:51:07

Sabe que a gente vai tentar resolver esse problema que é sério, é muito grave. E a sociedade precisa ter o direito de consumir, porque é o consumo que faz a economia girar. cê compra uma garrafa de água, a empresa é obrigada a contratar outra, aí você

01:51:24

compra gera mais um emprego, gera mais um cara que bebe água e a economia vai girando e assim que a gente tem que fazer as pessoas não poderem perder o poder de compra. Pra economia funcionar, senão ninguém compra a economia vai pra lugar nenhum. Maravilha. Presidente, o senhor gostou? Eu gostei. Poxa, eu queria agradecer então

01:51:43

Queria agradecer de fato que nós já estamos chegando ao fim desta né? Mas como o debate uma coisa pra você. Ahm uma coisa que nós vamos fazer e eu já fiz em dois mil e três, eu fiz setenta e quatro conferências nacionais.

01:52:01

Ou seja, por que que a gente convoca a conferência nacionais? Primeiro as pessoas farão conferências no município.

01:52:08

nós fizemos conferência indígena no no meu governo. Primeiro a gente faz a conferência na cidade, tira delegado e vai pro estado, no estado tira delegado e vem pro Governo Federal. Pra que? Pra gente definir as políticas públicas que a gente vai colocar em prática. Política de saúde

01:52:28

Política de cultura, política sabe, racial, tudo, tudo a gente vai decidir em conferências nacionais. Além do programa que a gente tem, a gente vai chamar a sociedade pra ela aperfeiçoar. A gente vai discutir como a gente garantir emprego pras pessoas com deficiência.

01:52:46

É porque não é só sabe não é só dar um tratamento autismo, ter um problema sério nesse país Cê num tem noção a quantidade de mãe que fala pra mim, ô Presidente, comé que a gente vai cuidar do autismo? Eu tenho um filho autista, nós vamos ter eu num num num

01:53:05

não sou médico, eu não sei comé que trata, mas nós vamos ter que fazer uma discussão muito séria pra gente dar atendimento as pessoas Muitas vezes uma família tem uma pessoa dentro de casa com uma uma uma uma doença, qualquer, alguma coisa e a família tem vergonha

01:53:24

Sabe a família num foi preparada pra viver pra viver com aquela pessoa e começa a esconder aquela pessoa dentro de casa quando a pessoa poderia ter uma vida totalmente normal, uma convivência com muitas outras pessoas, inclusive na escola. sabe? Comé que a gente faz isso?

01:53:42

Essa é uma coisa que a gente vai fazer, porque eu quero que o Brasil se torne um país civilizado, é um país modelo por isso que eu vou tentar tudo que é, tudo que é gente boa pa ajudar a governar esse país. Eu eu sou um síndico

01:54:01

Tá? O Brasil eu sou se eu ganhar as eleições o Brasil não é do Lula, eu sou o síndico do Brasil, eu preciso ouvir os inquilinos. Quem são os inquilinos? Duzentos e quinze milhões de pessoas que moram. Tá? Eu tenho que ouvir os prefeitos, por quê?

01:54:16

Porque a pessoa que quer educação é na cidade, saúde é na cidade, transporte é na cidade, buraco é na cidade, não é isso? Se você não ouve o Prefeito, comé que cê fica sabendo? nós vamos ouvir muita gente nesse país ver se esse país fica civilizado. Eu

01:54:34

Sou um homem crente, sou um homem que tenho muita fé em Deus, eu aprendi Quando vi minha mãe sobreviveu, quando vi minha mãe ter coragem largar o meu pai e sair com oito filho pra morar num barraco. Todo mundo de menor.

01:54:52

E todo mundo sobreviveu meu pai cansou de mandar os irmão dele atrás da minha mãe né? Ele falava não vou. Eu tenho vergonha na cara. Sabe? O homem não vai levantar a mão pra mim. Eu acho que isso foi a minha formação.

01:55:09

Sabe então eu acredito que a gente pode criar um novo mundo, ser humano, sabe? É tão bom a gente ser bom, deita a cabeça no travesseiro, a gente dorme tão bem, sem maldade, só a gente lembrar que a gente num fez o mal pra ninguém.

01:55:27

e é uma coisa boa, sabe? Então, esse mundo é o sonho de construir, eu queria que cês sonhassem. É possível a gente não tem que querer mais do que aquilo que a gente tem eu as vezes o cara fala, ah eu fui numa casa aqui uma vez na República do Líbano, o cara falou, a minha casa tem dezesseis cômodo

01:55:47

Eu fico perguntando, por que que o cara quer uma casa desses cômodo? O que que ele usa na casa? Ele usa a cozinha, o banheiro, o quarto dele, a sala e o que mais? juntar sujeira e barata. sabe? As pessoas não precisa ter muito mais do que precisam.

01:56:05

Por que o cara tem que ter quarenta quatro sapato? Tem quarenta terno, quarenta camisa, quarenta saia, quarenta vestido. Ninguém precisa dessa coisa. Se a gente tivesse só o que a gente precisa, sobrava pros outros que não tem nada. Quanta gente come dez pães por dia e quanta gente passa dez dias sem comer um pão

01:56:24

Eu falo isso sabe por quê? eu fui comer pouco pela primeira vez com sete anos de idade Sete anos de idade foi a primeira vez que eu pus pau na minha boca em Santos eu vim de Pernambuco, eu fui pra Santos.

01:56:41

A gente viajou treze dias de pau de arara farinha de mandoque, rapadura, sabe? E quando tinha comprava um queijo pra comer. ela faria só aqui ó, só faria que e tô vivo, bonitão, porra.

01:56:58

Ó, tô inteirão, presidente. significa que não tem nada impossível pra gente, cara, num tem nada impossível pro ser humano. A única coisa impossível é Deus pecar. O resto tudo a gente consegue. a gente querer, tá? Por isso obrigado.

01:57:16

Obrigado a você.

01:57:19

Nós estamos chegando ao final da no final, no meu texto tava escrito assim, presidente, eu daria três minutos pro senhor falar de forma democrática o senhor falou, de forma lindamente, parece até que leu o nosso TP aqui, muito obrigado, de fato.

01:57:38

Olha, eu tô superanimado com tudo que aconteceu aqui, tanta gente incrível, tanta pergunta interessante, acima de tudo, que nos apresentam países que como a gente quer viver, né? Eu tô com o coração quentinho, cheio de esperança pra votar com força no próximo domingo o pessoal aqui também gostou, né

01:57:58

Whoo. deixa eu te contar uma coisa. Conta sim. Uma coisa importante. eu era presidente dois mil e oito fez uma pesquisa O povo brasileiro

01:58:17

Era o povo mais alegre do mundo e era o povo que tinha mais esperança no futuro do mundo. Porque quando você tem esperança, você acredita, cara, é que você vai à luta, você consegue.

01:58:33

não tem nada que é difícil. Agora eu estou vendo muita gente desanimado, muita gente triste, muita gente mal-humorada, muita gente vendo que brigou com o irmão, sabe? Muita gente dizendo que brigou com o pai, o pai que ofendeu o filho, o filho que ofendeu o pai. Eu sou de uma geração e que jamais

01:58:53

A gente vai descer a mãe da gente jamais. Quando a mãe chamava a Rita a gente não falava o quê? Era senhora. né? A gente tomava bença pra dormir, tomava bença ao acordar. mundo em que a gente era muito mais fraterno, muito mais generoso.

01:59:11

ser humano com ser humano Agora não, agora quando a gente sabe que um cara tá precisando de dois conto, a gente dizia dele né? É duro? Você ficou desempregado? já foi desempregado? Já fiquei desempregado. Mas eu fiquei um ano e meio desempregado cara

01:59:31

Naquele tempo eu fumava, você não sabe o que eu errei, você não tem dinheiro pra comprar cigarro. Cê vê os outro fumar na tua frente, dragado na tua cara aquela fumaça sem ter dinheiro pra comprar. Eu quando comecei a trabalhar na Villares em mil novecentos e sessenta e cinco. Chegou na hora do almoço.

01:59:50

eu não tinha dinheiro pra comer, então eu fui na fiquei na lanchonete onde ficava o pessoal, pessoal pedia misto quente, sabe? Pessoal pedia bauru, pessoal pedia e eu olhando os cara comer porra a lombriga maior, tava comendo a menor vontade de comer e teve um cara que falou, ô, ô ô Luis,

02:00:10

Eu era o primeiro dia de trabalho de meu, cê não quer comer? Não, num tô com fome, num tô com fome, mas num quero, bicho. Cês num tem noção gente passa isso todo dia não tem noção então a gente tem que ter muita solidariedade com as pessoas, muita, muita, muita, muita

02:00:29

Só o fato da gente apertar a mão da pessoa, só abraçar, perguntar comé que cê tá. Cê tá precisando de alguma coisa? Hoje o mundo tá tão desgraçado gente não convida nem a parte pobre da família pro aniversário sabe? A gente vai se separando, a gente vai

02:00:47

O o cara vai ficando muquinha, o cara vai ficando perverso, sabe? Vai ficando a gente poderia ajudar antigamente o povo vivia em comunidade. Se uma pessoa tivesse doente, toda a comunidade ia ajudar, ia visitar, ia ajudar a tratar.

02:01:02

Sabe, se tivesse uma mulher com problema todo mundo ia pra casa dela ajudar, lavar roupa, cozinhar. Hoje não, hoje a gente se afasta e fecha o portão, cada um tem mais grade no portão. Então eu quero confessar pra vocês, eu já vivi no mundo humano.

02:01:19

mais solidário, mais fraterno brincava, não tinha medo de bandido. Naquele tempo não existia. O grande bandido que tinha em São Paulo era o tal do Meneguetti, que era um cara que pulava salto a casa, mas ele não matava ninguém. Ele só roubava as casa. Olha, hoje

02:01:39

Imagina hoje, imagina hoje a mãe não deixa o filho sair no portão, tá tá difícil. Agora são vocês e meninas que pode consertar isso. Por isso que vocês tem que estudar. Por isso é que vocês tem que batalhar.

02:01:56

Sabe todo vocês pode vencer a vida. fico grato, por ter convivido esses poucos minutos com vocês.

02:02:07

encheu o saco de vocês falou. O pessoal tava aqui pra ouvir mesmo. Muito obrigado, presidente, todos os presentes que estão aqui, muito obrigado a você que ficou nos assistindo, que mandou perguntas, coraçãozinho no chat, eu tenho certeza que vai compartilhar tudo que foi falado aqui nas suas redes sociais, pra gente combater menti

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