Botão voltar Entrevista de Lula para a imprensa do Rio de Janeiro
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Eu gostei muito do comício de de de Nova Iguaçu muita gente e uma cidade muito importante pro Rio de Janeiro e hoje o encontro que nós fizemos com o povo evangélico que foi uma coisa

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Importante marcado pela direção do PT do Rio de Janeiro. Ah saio daqui feliz pelas coisas que aconteceram e triste porque acabo de receber a notícia de que um companheiro do PT foi assassinado por um bolsonarista me parece que no Mato Grosso do Sul

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E era um companheiro de trabalho e que numa discussão um matou o outro e ainda tentou degolar a pessoa. Aí isso é uma demonstração do clima ah de ódio que está estabelecido no processo eleitoral.

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Uma coisa totalmente anormal porque vocês tão vendo aqui duas pessoas que foram adversárias nas eleições, que disputamos eleições, estávamos em partidos diferente, falavam os mal um do outro

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E na hora que a gente tem que pensar no país, nós estamos juntos construindo uma proposta pra esse país e zer a política. É por isso que eu dizia que era feliz o Brasil no tempo que a polarização era entre a democracia e a democracia. Entre nós do PT

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E os companheiro do PSDB, a gente disputava eleições, a gente trocava canelada, a gente chutava o peito um do outro, mas a gente nunca foi inimigo. Eu nunca tive o inimigo dentro do PSDB e eu acho que o PSDB nunca me tratou como inimigo, pelo contrário,

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Eu nunca deixei de conversar com o Alckmin, nunca deixei de conversar com Serra, nunca deixei de conversar com Fernando Henrique Cardoso, porque nós tínhamos disputado eleições em partido diferenciados, com posição diferenciada. E agora nós estamos vendo o país tomado

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Por um comportamento um comportamento sabe em que a as pessoas estão sendo induzidas a uma violência ah eu diria exacerbada um país em que se tomou a decisão de fazer decreto facilitando a venda de arma

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Veja, enquanto no meu governo, mas o Thomaz Bass justiça, ministro da justiça, a gente recuperou, recolheu seiscentas e vinte mil armas nesse país, nós temos agora um cidadão que está na presidência que faz decreto liberando armas à vontade.

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Não importa o calibre, não importa a quantidade de bala, a quantidade de cartucho e eu acho que ele não se dá conta que ele está armando o crime organizado. Eu acho que ele deveria mandar fazer uma pesquisa pra saber quem é que está comprando arma nesse país.

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Eu não acredito que as pessoas de bem estão comprando arma, eu não acredito que uma pessoa que não saiba manusear esteja comprando armas porque fica até mais fácil, até mais fácil ah os bandidos tomarem essa arma das pessoas que não sabem utilizar.

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Antigamente as polícia, os bandidos tinham que roubar ah ah eu diria arsenal, sabe? Da Polícia Militar, arsenal do exército foi roubado alguma vez aqui do Rio de Janeiro, agora não, agora ele tem.

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Sabe, salvo conduto pra comprar arma do calibre que eles quiseram, a hora que eles quiserem, sem nenhuma fiscalização, porque o exército não tá mais fiscalizando a compra de armas. Então, esse país tá caminhando para uma selvageria que nós até então não conhecíamos.

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O que se ouvia falar de vez em quando era que em algumas cidades pequenas, em alguns estados brasileiro, um coronel brigava com outro coronel, sabe? E se matava. Mas a gente não tinha essa experiência nos grandes centros urbanos e sobretudo nas eleição presidencial.

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E quem tá falando pra vocês é um cara que é expert em disputar eleição presidencial porque disputei oitenta e nove, noventa e quatro, noventa e oito, dois mil e dois, dois mil e seis

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Fui cabo eleitoral em dois mil e dez, em dois mil e quatorze, em dois mil e dezoito estava preso, mas era cabo eleitoral do Haddad, não me deixaram dar entrevista e tô agora disputando outra vez. Sempre com a ideia de que nós temos que apresentar a proposta para o povo brasileiro. Essa é uma coisa importante. A outra coisa

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É a minha vinda no Rio de Janeiro. Ah quem me conhece há mais tempo e sabe que eu tenho uma preocupação com o Rio de Janeiro porque o Rio de Janeiro ele foi um estado que perdeu muito quando perdeu a capital. E eu acho que o Rio de Janeiro nunca mais se recuperou.

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Sabe da perda que ele teve quando o Juscelino mudou a capital. E eu, quando vim aqui em dois mil e seis, eu lembro que eu fiz um discurso dizendo que eu iria contribuir para que o Rio de Janeiro deixasse de aparecer nas páginas de jornais e Rio de Janeiro começasse a aparecer

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Sabe nas notícias boa do país do crescimento econômico. Foi assim que nós recuperamos a indústria naval do Rio de Janeiro. Foi assim que nós investimos muito em pesquisa para que a Petrobras descobrisse aqui em outros estados a maior jardina de petróleo do século vinte e um.

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Foi aqui que a gente tomou a decisão de que nós iríamos retomar a produção de sondas e de navios ah ah de carga para diminuir o prejuízo ah do o prejuízo na balança comercial de transporte nesse país.

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Ah e o que a gente viu é que o o Rio de Janeiro foi destruído outra vez. O que a gente viu e ouviu o discurso de ontem das pessoas daqui é que o Rio de Janeiro está empobrecido, o Rio de Janeiro está com muito desempregado, o Rio de Janeiro está com muita violência.

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Sabe? E e e e tá com vários problemas inclusive na área da ferrovia que tanto se promete no Rio de Janeiro de que se vai recuperar a ferrovia pra atender o povo que mora nas cidades da Baixada Fluminense e até agora não foi feito nada. Daí eu vim aqui Rio de Janeiro pra assumir um compromisso com o Freixo

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De que se nós ganharmos as eleições e ele ganhar as eleições a gente vai fazer a supervia aqui para que a gente dê dignidade nos transporte ferroviário para as pessoas que moram na baixada, para as pessoas que usam os trem para ir e vir do trabalho.

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Eu acho que a gente vai construir uma parceria muito boa porque eu acho que o Rio de Janeiro é além do terceiro estado economicamente, politicamente é o estado muito importante e Rio de Janeiro tem que ser tratado sempre como uma referência do Brasil.

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Ah ah e e eu acho que o Rio de Janeiro merece efetivamente que o Governo Federal ajude a induzir o desenvolvimento que facilite sabe? E eu tenho certeza ô Alckmin eu digo sempre que se você pegar toda a história do Rio de Janeiro

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Pode pesquisar, quem quiser pesquisar não tem nenhum momento que o Rio de Janeiro recebeu mais dinheiro para investimento do que no tempo que o PT governou esse país. Tanto no meu governo quanto no governo da Dilma. E a mim não interessava saber

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Ahm de que partido era o Governador? Pra mim o que interessava é que tinha problemas e se tivesse problema a gente tinha que resolver. E é com esse objetivo que eu estou pleiteando ao povo brasileiro o direito de reconhecer que eu e o Alckmin sabe?

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Duas pessoas, sabe? Com experiência administrativa, com experiência de gerenciamento, com experiência de políticas públicas, sabe? Conquistamos do povo o direito de governar o país pra gente poder provar pro Brasil que é possível recuperar o Brasil.

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Sabe, veja, eu não sei se vocês tem dimensão quando nós ganhamos as eleições em dois mil e treze, a inflação tava quase doze por cento.

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Nós começamos a governar e levamos a inflação pra dentro da meta e ela ficou quase todo o período a quatro e meio por cento, mas tinha uma banda que podia ser dois por cento a mais ou dois por cento a menos.

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Vocês se lembram que tinha uma dívida pública de sessenta ponto cinco por cento do PIB e nós deixamos com trinta e nove por cento do PIB. A lei da economia crescendo, ou seja, você diminui a dívida a a economia cresce e você faz o que tem que ser feito, fazer distribuição de renda. Vocês se lembram que

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Eh quem sabe muito de vocês escreveram muito sobre a década perdida de que o Brasil não tinha jeito, o Brasil tava devendo pro FMI, nós não só pagamos o FMI como emprestamos quinze bilhões pro FMI e pela primeira vez fizemos uma reserva substancial.

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Nos treze anos que o PT governou o país que é o que evita que esse país quebra cada sobressalto de uma crise internacional. Ah ah saio daqui otimista o o o Freixo é um extraordinário candidato é uma pessoa

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Sabe, altamente preparada, qualificada, compromissada. Eu acho que se o Rio de Janeiro eleger o Freixo, o Rio de Janeiro estará elegendo uma pessoa de exímia qualificação, técnica e política.

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Alguma pessoa preocupada com a segurança pública, uma pessoa preocupada porque viveu na pele a violência da polícia aqui no Rio de Janeiro, a violência do crime organizado no Rio de Janeiro e eu acho que vamos torcer naquilo que a gente puder contribuir pra que ele seja eleito o governador do Rio de Janeiro.

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Dito isso, eu Alckmin tamo indo embora pra São Paulo porque a vida segue e os eleitores estão soltos aí, precisamos tentar convencê-los de que eu e o Alckmin merecemos a chance do povo brasileiro.

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Então, eh boa tarde, eu sou Eugênio da agência brasileira eh eu queria perguntar se o senhor ainda acha que é possível eh vocês ganharem o primeiro

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Território na na pesquisas. Se o fato o fato do Bolsonaro ter ganhado um pouco de de terreno nas pesquisas é uma preocupação. Brigado. Olha, nenhuma preocupação, veja.

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A todo e qualquer candidato, gente, pensa em ganhar no primeiro turno. Ou seja, todo, todo mundo pensa em ganhar. Se não ganha, tem o segundo turno pra você disputar. Eu nunca tive sorte de ganhar no primeiro turno.

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Em dois mil e dois que eu pensei que eu ia ganhar eu não ganhei. Ah mas eu gosto dos dois turno. Eu acho que dois turno é importante porque primeiro tem debate tete a tete entre os dois candidatos. É sempre melhor você debater com o candidato os dois conversando dentro de si.

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Do que você fazer um debate com seiscentos candidatos em que você fala três minutos e fica dezoito minutos em pé esperando, sabe? O tempo passar. Ah ah eu eu então não tenho nenhuma preocupação. Eu toda eleição que eu disputo eu quero ganhar no primeiro turno. Toda. Se não der tem o segundo.

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E nós já ganhamos várias no segundo turno e eu acho que se tiver segundo turno nós vamos ganhar. Mas eu continuo trabalhando até o dia primeiro à meia-noite quando eu tiver pedindo voto pra tentar convencer todos os eleitores

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Sabe? A votar na gente pra resolver esse problema logo porque eu acho que é bom pro Brasil. Acho que seria bom pro Brasil. E depois é o seguinte o o fato ah nós estamos vivendo uma uma uma coisa aqui

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A vocês deveriam compreender a esse país teve a sua proclamação feita em mil oitocentos e oitenta e nove e de lá pra cá se pegar todos os presidentes até até a Dilma vamos pegar a Dilma.

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Se você pegar todos os presidentes que concorreram as eleições teve um período que não teve reeleição, você vai perceber que ninguém utilizou dez por cento da máquina pública que o cidadão de hoje está usando. Ou seja, não é brincadeira

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Sabe? Que vai do orçamento secreto ao teto de gasto e ao auxílio Brasil, sabe? Que ele obviamente a maior desfaçatez do mundo acabou de mandar, sabe? Aprovação, acabou de mandar LDO que não tem a continuidade do assento Brasil.

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Como nós dissemos que ia continuar, porque eu não vejo como tirar se você não criar uma alternativa, o cidadão então agora começou a falar que ele também não vai tirar, que ele não mandou porque esqueceu, não mandou, porque não sabia.

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Como ele nunca sabe de nada porque ele disse que não entende do sindicato, não entende de economia, não entende de negro, não entende de mulher, não entende de Brasil, ou seja, ele não sabia que ele não tinha mandado no LDO, sabe? A questão da continuidade do do do auxílio emergencial.

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Ah então é um uso absurdo, eu fui candidato a reeleição quando eu era presidente, a gente só podia fazer campanha fora do horário de expediente. Durante o dia você tinha que governar o país, ou seja,

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Então é o seguinte, ele deve tá apavorado, veja o fato da gente tá na frente, ele resolveu começar a reduzir um pouco a gasolina, quando eu quero dizer que eu não podia, o óleo diesel, se todo mal que a nossa campanha pode causar é fazer ele reduzir as coisas e dar mais dinheiro pro povo, que seja sim.

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Mas mesmo assim eu posso dizer pra vocês, se eu conheço o povo brasileiro eles vão pegar todo o dinheirinho que for depositado na conta dele, vão comer o que for necessário comprar e depois não vão votar nele e vão votar em nós. Candidato, candidato Pedro Figueiredo da Globo, aqui.

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Eu, Pedro da Globo. Que tá cheio de câmera. Aqui. Pronto. Não, não, o senhor já falou um pouquinho, mas se eu pudesse falar um pouco de novo sobre a situação hoje do do petista morto lá em Mato Grosso por um colega de trabalho.

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Esse já é o segundo caso de violência ao longo dessa campanha.

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Queria saber que tipo de cuidados a campanha do senhor tá tomando em relação a questão da segurança e que tipo de cuidado o senhor recomenda pra militância eh pra que situações como essa não se repitam, se existe alguma forma de tentar evitar algum tipo de situação como essa pelo lado do senhor.

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Olha, eu tenho uma trajetória de vida que tem uma história a ser contada. Quando eu era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, em setenta e oito, setenta e nove e oitenta, ao terminar numa assembleia,

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Para evitar que os trabalhadores ficassem na rua, sabe? Fazendo confronto com a polícia ou na porta de fábrica pra fazer piqueta às vezes desnecessário. Eu dizia pros trabalhadores, vocês voltem pra casa ou vão pescar. Quando eu decretar uma assembleia, uma greve, eu dizia, olha,

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Só levante a mão quem tiver coragem de parar. Se vocês quiserem de levantar a mão pra me enganar, não levante a mão. Na política é a mesma coisa. Ou seja, não é a primeira campanha que a gente participa, nunca teve violência.

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Nunca teve violência, porque qualé a orientação nossa? Terminou os comícios, vamos pra casa. Vamos pra casa abraçar a mulher, abraçar os filhos e esperar pro dia seguinte começar o nosso trabalho. Nós não temos a cultura da violência, a cultura da ignorância política, a cultura da antidemocracia.

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Isso aconteceu agora, isso aconteceu em dois mil e dezoito e aconteceu agora e num é da nossa parte. Eu lembro que quando eu disputei as eleições com o Collor em noventa e dois, teve o único caso de briga que foi em Caxias do Sul.

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Agora não é na briga, agora é o cara indo na casa dum cara que faz aniversário e matando o cara, é um colega de trabalho matando outro, sabe? Então isso é gravíssimo, eu espero que a polícia esteja atenta e a própria Justiça Eleitoral

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Pra ver se isso tem ordem, se isso tem orientação, se isso é uma estratégia de política, porque nós vamos continuar falando o que nós falamos, fazendo o que nós fazemos, fazendo nossos comícios, sabe? Sem nenhuma preocupação. Da nossa parte o que nós queremos é uma campanha.

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De paz, o que nos interessa é que no dia dois às dezenove horas a gente tem o resultado da eleição, é isso que nos interessa e que estejam todos os brasileiros e brasileiras vivos e que não esteja ninguém nem morto, nem ferido.

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Já são dois casos é o problema é que ele não vai reconhecer que é da parte dele. Então comé que se pode fazer trégua?

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Se tiver treco eu peço pro Alckmin negociar. Negociar uma eu acho que a civilidade, ou seja, o o uma sociedade se vê errada ela não não não precisa ter isso. Cê pode ter um ou outro caso que é ahm ahm fato eu diria muito solitário.

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Mas isso tá virando rotina. Eu tenho muitas notícias de provocações, eu tenho muito eu tenho provocações, sabe? Em ponto de ônibus, tenho muita provocações. Esses dias eu fiquei sabendo de um pastor, sabe? De um pastor que pediu

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Pro cara não não não votar no PT se votar seria expulso da igreja. Outro dia eu vi no jornal que uma fazendeira não sei da onde ela doou orientação pra que quem votasse no PT fosse mandado embora. Isso não não não existia.

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Em oitenta e nove o Maramato declarou que se eu ganhar essas eleições novecentos mil trabalhadores embora, mas ele não falou que ia mandar novecentos trabalhador, novecentas empresas deveriam ir embora pra Miami, mas ele não mandou mandar embora trabalhador.

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Ou seja, o que que o que o que que telefona? Ontem eu disse no comício, eu vou dizer aqui, pensei que cês ia perguntar, não perguntaram, vou dizer, o palanque, o palanque aqui da Copacabana, pela fotografia que eu vi e eu só vi na televisão, era

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Eh supremacia branca no palanque, tá? Eu até comparei que parecia um pouco a cuscuz clã, só faltou o o Capucho, só faltou a a máscara. Porque não é isso o palanque, sabe? É um palanque de uma elite

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Sabe que tinha um cidadão vestido de louro José, sabe? Que era o artista principal da festa, mas ele pulava, ele gritava, ele animava, ele aplaudia. Ou seja, numa festa

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Da sociedade brasileira que foi violentamente roubada por um Presidente da República. Eu fui Presidente da República em duas eleições, em dois mil e seis e em dois mil e dez e nenhum momento se pensou utilizar o sete de setembro pra alguma coisa política.

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Sete de setembro é um dia do povo brasileiro. E lamentavelmente esse cidadão resolveu mudar a regra do jogo, utilizar a máquina pública, utilizar o poder de organização dos próprios militares pra fazer sua campanha. Não é possível.

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Não é normal e não é democrático. Nós não estávamos habituados a ver isso no Brasil. Nós não estávamos habituados. Ei eu não sei eu apenas comparei.

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Eu vejo todo o filme americano, eu vejo isso, eu vejo muita coisa, sabe? O que aconteceu na guerra racial? E eu vi aquele palanque que eu fiquei assustado, num tinha povo. Tinha, sabe?

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Uma elite muito violenta nos seus discursos inclusive, muito violenta. A começar pelo Presidente da República. Candidato. Então, meu caro é o seguinte, eu vou dizer mais pra você coisa que eu não gosto de colocar a família em debate. Esse cidadão

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Toda vez que ele pensar em falar nos meus filhos, ele tem que lavar a boca, porque ele sabe os filhos que tem. Eles abusem do que tem. E eu era presidente, eu não dei três sigilo de cem ano pra ninguém que era acusado. Nem sigilo de dez. Nem sigilo de um.

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Quem fosse acusado tinha que responder diante, sabe? Do mecanismo legais que tem que responder. Os meus filhos sofreram duas busca e apreensão, todos. E até hoje não acharam um alfinete pra culpar os meus filhos. O dele tá escancarado

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Pelas matéria feita pelo UOL tá escancarado, sabe? Qualquer coisa que acontece exige luteano, qualquer coisa uma bobagem porque eu vou ganhar e vou quebrar esse sigilo, eu quero saber o que ele tem de tão importante, sabe? Que tem que decretar sigilo de cem ano.

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Será que é pra esconder o que o Queiroz fez? Será que é pra esconder a rachadinha? Será que é pra esconder uma compra de imóveis a vinte e seis milhões em dinheiro vivo? Isso tem que ser investigada, só isso. E se ele for honesto como ele disse que é, quem não deve não teme.

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É, tem que ficar nu dianti da justiça, dianti du povu brasileiru pra provar quem é quem. Candidatu Ramona Samuel i Tobias Coiffer du jornal alemão

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Eh seria uma pergunta a respeito da Amazônia, né? E as taxas de desmatamento. Como o senhor avaliaria as taxas de matamento dos seus governos anteriormente, né? Como o senhor faria essa avaliação hoje e quais seriam as propostas eh prum futuro governo do senhor pra redução dessas taxas de desmatamento

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E como a União Europeia poderia ser uma aliada eh pra conter os o desmatamento na Amazônia? Olha os números estão divulgados fartamente quando nós chegamos na presidência a gente não tinha nenhum controle de desmatamento na Amazônia.

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Nós criamos todos os mecanismos de controle, fortalecemos o IBAMA, fortalece criamos o Instituto Chico Mendes, ou seja, nós fomos criando um mecanismo e chegamos a ter o menor desmatamento de toda de de todo tempo que se mede a queimada, que eles já destruíram tudo que nós fizemos.

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Ah então o o que que eu tenho dito? Eu fui na Amazônia agora, eu fui ao estado do Pará, fui ao estado do Amazonas e tenho assumido o compromisso junto com o Alckmin, com o povo brasileiro. Primeiro, não é

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necessário derrubar uma árvore pra plantar mais nada, nem pra plantar soja, nem pra plantar milho, nem pra plantar cana, nem pra criar gado. Porque o Brasil tem terras extraordinariamente de sobra, sabe? Terras agricultáveis, terras que podem ser recuperadas para a agricultura sem precisar atacar

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A nossa Floresta Amazônica, isto é a primeira coisa, a segunda coisa que nós temos é que o Brasil tem que assumir diante do mundo responsabilidade pela não emissão de gás de efeito estufa. Nós tínhamos feito isso na COP quinze em Copenhag

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Nós tínhamos feito isso, nós tínhamos assumido o compromisso de desmatar, de diminuir o desmatamento em oitenta por cento se cumprimos e nós tínhamos o compromisso de evitar a emissão de gás efetivo em trinta e seis ponto nove e nós fizemos. Nós temos que fazer mais.

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Por quê? Porque a humanidade está se dando conta de que essa questão do clima não é mais brincadeira, não é mais uma coisa de cientista, não é mais uma coisa de bicho grilo, de jovem da universidade, não. A questão do clima está causando problema no mundo inteiro.

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Onde não chovia tá chovendo muito, onde onde chovia muito não tá chovendo nada, sabe? E isso nós temos que saber que nós temos responsabilidade, nós não poderemos registrar na história do mundo, sabe? Que nós somos o único animal capaz de destruir o lugar que nós moramos.

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Destruiu o ar que não respiramos, destruir a água que nós bebemos. Quer dizer, não é possível. Então, o que que acontece? Nós somos donos soberanos da Amazônia. Mas humildemente a gente tem interesse de construir parcerias científica.

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Com a Europa e com o resto do mundo para que a gente possa tirar da riqueza da nossa biodiversidade, quem sabe, sabe? Pra indústria fármaco, pra indústria de cosmético, coisa que possam gerar riqueza para

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Financiar a vida de quase vinte e oito milhões de pessoas que moram no nosso território amazônico. Mas nós temos que levar em conta que tem a a a Amazônia da Venezuela, tem a Amazônia do Peru, tem a Amazônia do Equador, tem Amazonas da Colômbia e tem um pedaço da Bolívia.

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Então significa que nós vamos ter que conversar com esses países para que a gente consiga convencer todos da importância de fazermos um consórcio para tratar de forma única.

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Com a proteção da nossa floresta, com o cuidado com a nossa floresta e para discutir o teto de carbono que o mundo tanto fala pra saber se é possível a gente.

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Sabe assumir a responsabilidade de cuidar da floresta e elas assumiram a responsabilidade de colocar dinheiro para que a gente possa cuidar do nosso povo. Nós poderemos discutir com o Congo que ainda tem muita floresta, nós podemos discutir, sabe? Com outros países que tem para que a gente crie

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Uma frente internacional dos países que tem Floresta, que tem água para que a gente possa discutir. E a última coisa, não é só uma relação com a União Europeia, o acordo entre Brasil, Noruega e Espanha foi assinado quando eu era Presidente da República. Nós precisamos mais.

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Nós precisamos dar mais governança para as Nações Unidas.

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Em se tratando da questão climática, a gente não pode decidir uma coisa num fórum internacional e depois cada país votar para dentro do seu estado nacional, dependendo do seu congresso que não há prova que ele foi aprovado na instância internacional.

00:27:55

Em se tratando da questão climática, nós vamos ter que em alguma situação ter um poder de governança na ONU em que a decisão do Fórum Internacional seja obrigatoriamente cumprida por todos os países, se não não adianta fazer fórum.

00:28:11

O protocolo de Kyoto até hoje não foi assinado pelos Estados Unidos, né? Você pega o acordo de Paris, muitas coisas não tão sendo cumprida, por quê? Porque quando volta pra dentro do estado nacional, é o deputado que não quer, é o deputado que é proprietário de terra e que não quer, sabe? É o governo que não quer.

00:28:31

E se tratando da questão climática a gente vai ter que tomar decisões mais duras. Por isso que eu estou defendendo uma nova governança global. É preciso entender que a geopolítica da segunda guerra mundial não existe mais.

00:28:49

Tá? Não é só Inglaterra, França, Estados Unidos, China e Rússia, sabe? Que participam.

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Sabe do conselho de segurança, é preciso colocar mais países, é preciso quantos países africanos tem no Conselho de Segurança? Nenhum. Quanto país da América Latina? Nenhum. Quantos países como a Alemanha não tá a Índia não tá a Nigéria não tá, ou seja, não podemos colocar mais gente, pode entrar o Brasil, pode entrar o México.

00:29:15

Pra que a Onu seja mais representativa e a ONU em mil novecentos e quarenta e oito ela teve força pra criar o estado de Israel. Hoje ela não tem força pra criar o estado falecido. Presidente, é isso. Sabe?

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Se a ONU tivesse força de verdade a gente não tava vendo uma guerra na Ucrânia, se a orça, se a ONU tivesse força de verdade a gente num tinha visto a guerra do Iraque. Porque a guerra do Iraque foi uma decisão unilateral dos Estados Unidos, não foi discutida no conselho de segurança.

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Então, é por isso que eu estou defendendo e as pessoas sabem, sabe que se a gente voltar a governar o país, a gente não quer o Brasil no isolamento que ele tá hoje.

00:30:02

A gente quer o Brasil como protagonista internacional, nós vamos restabelecer a nossa relação com a União Europeia, nós vamos restabelecer com os Estados Unidos, com a China aquela relação respeitosa. Nós não precisamos falar fino com os Estados Unidos e nem falar grosso com a Bolívia.

00:30:21

Nós temos que falar de igual pra todo mundo. A gente num tem que ser prepotente com os países africanos, ou seja, todos terão que ser tratados em igualdade de condições, porque política internacional é bom que a gente não tenha contencioso.

00:30:37

E o Brasil vai voltar a ser protagonista internacional, pode ficar certo. Eu tô pedindo a Deus que essa guerra da Ucrânia acabe antes da gente ganhar as eleições, porque se a gente ganhar a gente vai meter o dedo pra discutir isso. Presidente, boa tarde, Bernardo Melo Franco.

00:30:54

A última pergunta, né? Tá bom. Presidente, boa tarde. Bernardo Melo Franco, Jornal O Globo. Queria perguntar ao senhor eh sobre a participação das Forças Armadas nos atos de sete de setembro, especialmente aqui em Copacabana, com a presença do presidente. Comé que o senhor avalia essa participação e se o senhor teme

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Algum tipo de interferência ou participação engajada dos militares até o dia dois de outubro? Olha, eu eu não não conheço por menores da participação das Forças Armadas, eu fui informado de que o ato

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Tinha que acontecer sem a participação do Presidente da República que ele ia vim aqui pra fazer outras coisas, mas o Alto Tietê porque já tinha acordos com outros países, queriam participar. Tá? Eu eu não sei qual foi o papel das Forças Armadas, eu não vi comandante do lado dele nem em Brasília.

00:31:44

Eu não vi comandante do lado dele nem em Brasília, porque eu fiz oito, sete de setembro.

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E todo oito de setembro estava do meu lado, o comandante da Marinha, o comandante da aeronáutica, o comandante do Exército, o ministro da defesa, o presidente da Suprema Corte e o procurador geral da república, além de outros. Porque era um mato oficial da república, eu não vi.

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No ato de Brasília, sabe? Eu vi o velho da van, o véio da van tava lá, sabe? Então, eu eu sinceramente não sei, eu vou tentar me inteirar pra saber. Eu eu acho triste, acho triste, sabe? Que um Presidente da República

00:32:31

Tenha a pachorra de avacalhar um ato nacional, uma data, sabe? Que é um patrimônio do nosso povo. A independência não é qualquer coisa. E os duzentos anos

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Era pro Presidente ter feito um discurso, sabe? Prometendo futuro pro povo brasileiro, o que que vai acontecer nesse país? Ninguém quer saber se ele é brochável ou não, isso é problema dele.

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O que nós queremos saber é o que que vai acontecer com a ciência e tecnologia nesse país, o que que vai acontecer com o nosso marido sabe nuclear, o que que vai acontecer com o armamento das nossas forças armadas, o que que vai acontecer com o emprego, com a economia, era isso que o povo esperava.

00:33:16

Lamentavelmente não foi isso que o povo ouviu. Brigado pessoal. Lamento a gente tem um horário de voo. Pergunta. Internacional. Internacional com internacional. Então

00:33:30

Bom, o que a gente queria saber porque todo mundo tem comparado eh o o o presidente Bolsonaro com o Trump, dos trópicos, toda a imprensa internacional e que tem usado táticas parecidas com o medo e com o susto de uma possível invasão do Capitólio que se repita. Eu quero

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Saber do do senhor se se você vê que as táticas são parecidas porque você tá se enfrentando com o trampo tropical? Olha eh eu acho que o Bolsonaro é um pouco pior do que o Trump.

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Ele é mais grosseiro, ele é menos civilizado e ele é uma cópia mal feita. Ele tenta copiar as coisas que o Trump faz. Ele tenta copiar.

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Nós num num num precisamos de gente assim, governando nem o país, nem os Estados Unidos. Não precisamos de GTC. O mundo já tá muito sofrido para que a gente tenha na política o aumento do sofrimento.

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Por isso eu queria que ele se espelhasse no Obama, no Clinton, no próprio Biden do que se espelhar no disse que algum gesto que ele faz é o o assessor do Trump que manda. Bannon. Bannon.

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Difícil que é coisa que o Belo orienta pra ele, faça assim, faça assim, faça coisas que não tem explicação porque não precisa de explicação. Quanto menos explicação, mais a imprensa dá destaque. E quanto mais destaque tá mais é o que ele quer. Tá? Ele não faz nenhuma opção pelo razoável.

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Num faz. Então, eu acho muito parecido, tá? Gente, brigado, nós temos que ir porque temos avião, boa sorte, bom final de semana e

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Se vocês no dia dois de outubro se lembrarem de nós, não precisa contar pra nós, só vota em nós.

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Oi.

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