Botão voltar Entrevista de Lula para a TV Mexicana
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Ele e sucessora presidência desse país trinta e seis milhões de personas de la pobreza uma asanha nobista antes de despôs em la história.

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Ao mesmo tempo se o país passou de ser mundo a ser la número seis. Potência mundial. Sobre como o logrou essa sainha e sobre outros temas de calibre conex presidente.

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Iaura candidato outra vez Inácio Lula da Silva simplesmente como Lula. Empesemos esta conversacion de largo alento.

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Bom dia presidente Luda da bom dia Sabina. Muito obrigada por esta conversa no meu programa Largo Aliento.

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Nós queremos falar com o senhor sobre a pertinência da esquerda hoje em dia na América Latina, mas antes para

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criarmos um contexto, nós queremos lhe perguntar o que que o senhor conseguiu durante o seu governo de esquerda no Brasil? Durante seus dois mandatos e o mandato da sua sucessora também do Partido dos Trabalhadores, a senhora Di

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assim vocês tiraram trinta e seis milhões de pessoas da pobreza, é um número histórico, nem antes, nem depois isso foi conseguidos por ninguém. Como você conseguiu isso? Você pode nós oferecer a fórmula, nós dá de presente

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A fórmula. O o Sabina, eu penso que a fórmula não é difícil, se todo e qualquer governante tiver esse compromisso. O problema é que a maioria dos governantes no mundo tem poucos compromissos com as pessoas mais pobres.

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Normalmente os governantes pertencem a setores da sociedade que são da classe mais alta e normalmente os pobres não está na programação que essas pessoas fazem para administrar. É por isso que tem país que as pessoas governam, a economia vai bem e o povo continua pobre

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Eu, inclusive, queria ao ao começar a responder a minha pergunta, eu quero dar os parabéns ao presidente Lopes Lobrador por todas as dificuldades que ele tem enfrentado no México e as tem vencido.

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O jeito com que tem tratado da pandemia e eu sei que a pandemia é um problema pra todos os presidentes do mundo e sobre tudo no Brasil é um problema mais grave porque o nosso presidente no Brasil é totalmente irresponsável ele não cuidou da vacina.

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E eu queria desejar o Lopes Lobrador toda sorte do mundo, que ele consiga, sabe? Até dois mil e quatro implementar tudo que ele se propôs a fazer para o povo trabalhador do México. Ora, quando eu disputei as eleições em dois mil e dois, Sabrina,

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Eu tinha em mente e eu fiz questão de dizer no discurso que se eu terminasse o meu primeiro mandato eu tivesse conseguido fazer com que cada pessoa no Brasil tivesse tomando café almoçado e jantado todo dia

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Eu já tinha conseguido fazer, sabe? A realização da minha vida. E por que que eu disse isso? Porque eu nasci numa região muito pobre do meu país, numa região muito pobre, meu pai era analfabeto, minha mãe era analfabeta.

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Sabe? E a gente passou muitos dias sem ter o que comer, muitas vezes não tinha o que colocar no fogão para cozinhar, no almoço, na janta.

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Então eu sabia o que significava a fome, sabe? Na barriga das pessoas mais pobres. E obviamente que as pessoas mais ricas as vezes não dão nem importância para uma pessoa que tá com fome dormindo na calçada, dormindo numa prata, dormindo no banco numa praça.

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E eu me propus e eu acho que esse foi o grande milagre do nosso governo que foi colocar a população pobre no pressuposto do país, ou seja, quando a gente começou a discutir

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O pressuposto é a gente colocava efetivamente o povo pobre, sabe? Com uma participação efetiva. Era preciso que nós tomasse uma iniciativa porque na hora de fazer o pressuposto de um país

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Todo mundo, todo mundo coloca o dedo no pressuposto, todo mundo, os militares tem a sua parte, os diplomatas tem sua parte, os empresários têm sua parte, as universidade tem sua parte, quem não tem a sua parte são os pobres.

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Por que não tem representante no governo? Porque as vezes não participa e tem dificuldade de fazer manifestação e nós então colocamos os pobres no pressuposto.

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quero incluir incluir os pobres no orçamento, é isso que faz a diferença com um governo de esquerda. Fale nós da porção que foi incluída no orçamento e os programas importantes, por exemplo,

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O programa que era dar casa a eles, educação pra eles e comida. Se o senhor poderia nos fazer favor? Ô, sabia, quando nós criamos o programa Fome Zero, que depois se transformou no programa Bolsa Família,

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A gente dava uma pequena ajuda a família, sabe? Para a mãe e também para cada filho e a gente tinha condicionantes para que a pessoa pudesse receber essa ajuda, as pessoas além de estar

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Fábio, no patamar de pobreza que nós queríamos atingir, as pessoas tinham que assumir o compromisso de colocar as crianças na escola, todos os filhos deveriam estar na escola, a gente colocava a obrigação da mãe

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Vacinar todos os filhos em todas as épocas que tivesse que dar vacina e a gente obrigava também a mãe a fazer o exame pré-natal quando ela tivesse grávida ela tinha que passar pelos médicos fazer todos exames que uma mulher grávida tem que fazer.

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Essas condicionantes é que obrigaram efetivamente a responsabilidade das pessoas manter o filho na escola e ao mesmo tempo as pessoas terem percebido a diminuição da mortalidade infantil com o cuidado que as mães passaram a ter com os seus filhos.

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Além disso, nós tínhamos um programa muito grande porque não foi só o programa Bolsa Família, Sabina? Nós tínhamos um conjunto de políticas públicas que ajudou a gente combater. Primeiro, o aumento do salário mínimo, nós aumentamos o salário mínimo em setenta e quatro por cento

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Aumento acima da inflação, nós geramos vinte e dois milhões de empregos com carteira, ou seja, empregos formais. Através de sabemos estamos de um período de desenhos. Sim. Nós refletimos. Estamos falando de um período de dez anos. Anos? Meu Deus.

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Então aumentaram o salário mínimo em setenta por cento. Nós, nós fizemos um programa chamado Luz pra Todos, que foi um programa que permitiu levar energia elétrica para casa de praticamente quinze milhões de pessoas.

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Totalmente gratuito, financiado pelo Governo.

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Nós fizemos um programa de cisterna para levar água as pessoas que moravam em lugares mais distantes e regiões que não chovia fizemos um milhão e quatrocentas mil cisternas para que as pessoas tivessem água para beber e para dar a pequenos animais.

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Nós tivemos uma programa de financiamento para agricultura familiar, nós tivemos uma lei que obrigava as prefeituras de cada cidade comprar para a merenda escolar, trinta por cento do alimento tinha que ser produzido na cidade para que a gente ajudasse o pequeno produtor local.

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E nós financiávamos e fornecíamos quarenta e três milhões de refeições diário para as crianças nas escolas do Brasil. E ao mesmo tempo, nós tínhamos um cartão, nós tínhamos um cartão e esse cartão era entregue na mão da mulher. Porque nós achávamos que a mulher

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tinha mais responsabilidade pa cuidar do filho do que o homem.

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A gente tinha preocupação de dar o cartão na mão do homem e às vezes o homem passar o México para visitar o Penhanheto para lançar a campanha Fome Zero que se chamava

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Parecido mas não era igual e esse dinheiro da fome zero foi para as campanhas eleitorais foi parte do fluxo da corrupção no nosso país o que que o senhor pensa disso? Aliás ó Sabina antes de entrar

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Antes de entrar nessa ida minha ao México eu só queria te dizer que nós tivemos um conjunto de políticas públicas que eu acho muito interessante que que você possa conhecer.

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eu posso depois pedir pra minha assessoria mandar pra você ir no México um conjunto de todas, foram muitas políticas públicas que nós fizemos porque não foi apenas trinta e seis milhões de pessoas que nós tiramos da miséria, nós elevamos também quarenta milhões de pessoas

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A ter um padrão de consumo de classe média baixa. Nós fizemos o maior programa habitacional que o Brasil já conheceu. Nós eu fui o presidente que mais fiz universidade na história do Brasil. Mas fizemos o Instituto Federais.

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Mas tivemos escolas técnicas, ou seja, nós tivemos um conjunto de obras, um conjunto de de de inclusão, de política de inclusão social sem precedente na história do Brasil. Eu posso afirmar pra você, Sabina, posso afirmar pra você?

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E você pode verificar com amigos intelectuais que você possa ter no Brasil foi o período em quinhentos anos de história de maior inclusão social que o Brasil conheceu. É exatamente por esta forte política de inclusão social que eu acho.

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que deram um golpe na presidenta Dilma, tá? Bom, eu eu quando fui, eu quando fui

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A visitar o presidente Bayern Temer. Peço por favor eh eh presidente que eu quero ficar ainda neste momento de bonança do Brasil. Não vamos ir além.

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Porque segundo o Banco Mundial o Produto Interno Bruto do Brasil triplicou e a economia do Brasil

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passou o número treze ao número seis, ou seja, o senhor conseguiu diminuir a pobreza e ao mesmo tempo fazer com que os números da macroeconomia crescessem. Isso é um enigma para o México. Como é possível conseguir isso? Qual é a

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Para com isso. Ô Sabina, eu não sei se a fórmula brasileira poderia servir para uma fórmula mexicana, porque nós temos que levar em conta a compreensão dos empresários, a compreensão da classe política, o processo de organização da sociedade. Aqui no Brasil

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Tudo que aconteceu aconteceu por um compromisso que nós tínhamos com a sociedade brasileira e sobretudo com os trabalhadores brasileiros. Eu dizia todos os dias que eu governava para todos os duzentos e treze milhões de brasileiros. Mas que todo mundo tinha que saber

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que governava o país como se fosse um coração de mãe.

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Aquele que estivesse mais necessitado é que iria receber um segundo copo de leite, um segundo bife, um segundo prato de feijão, ou seja, porque era preciso cuidar das pessoas mais necessitadas.

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Quando eu comecei fazer um programa habitacional, os empresários achava que era impossível fazer um programa tão ambicioso e nós fizemos quatro milhões e meio de visitas e para os pobres a gente praticamente subdiava quase cem por cento porque o pobre não conseguia pagar uma prestação.

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Nós tínhamos que assumir a responsabilidade de fazer alguma coisa para as pessoas que tinham sido esquecidos ao longo de toda a nossa história.

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Sabe? A economia brasileira crescia e não se distribuía para o povo, os ricos ficavam mais ricos e os pobres continuavam pobres. Então, veja, nós fizemos uma coisa. Pode falar, Sabina. Pelo presidente. Mais presidentes.

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O senhor se levava muito bem, se dava muito bem com os empresários. Então, como isso aconteceu? Olha, eu eu me dava muito bem com o empresário, veja, eu posso te dizer uma coisa aqui, Sabina, olhando para os seus olhos dizendo o seguinte, nunca na história do Brasil.

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Os empresários ganharam tanto dinheiro, os terra tenentes ganharam tanto dinheiro, os banqueiros ganharam dinheiro, mas os trabalhadores também ganharam dinheiro.

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A economia brasileira cresceu, nós geramos emprego, o Brasil virou protagonista internacional, uma coisa importante, Sabina, que você tem que saber, é que foi o melhor período de inclusão social de toda a América do Sul.

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é importante levar, eu não tô falando do Brasil só, eu tô falando do Chile com Lagos e com a Michele Bachelet, eu tô falando da Argentina com o Kirchle, depois com a Cristina, eu tô falando da Bolívia com o Evo Morales, eu tô falando do Equador com Rafael Corrêa, eu estou falando do Brasil, eu estou falando do Uruguai com Tabaré com

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O Pepi Mujica, eu estou falando do Paraguai, eu estou falando da Colômbia, eu estou falando do Peru, eu estou falando que houve um processo de ascensão extraordinária na América do Sul, sabe? Inclusive na Venezuela, uma voz extraordinário com o presidente Chaves. Então, foi o momento de ouro.

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E eu acho, ô Sabina, que esse momento de ouro de inclusão social quando nós fortalecemos o MERCOSUL e não deixamos a ALCA entrar na América do Sul. Quando nós criamos o Banco do Sul, quando nós criamos a UNASUL

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quando nós criamos a Selac foi o momento de ouro importante, nós fizemos reuniões da América do Sul com o continente árabe, com com os países árabes, nós fizemos reunião da América do Sul com o continente africano, sabe? Nós quase fizemos acordo da América Latina com a União Europeia por

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Pouco nós terminamos o acordo e eu trabalhei muito, Sabina, só procê entender, eu trabalhei muito com o companheiro, sabe? Fux, com com o Fox e com o companheiro o encaldeiro. O PCO ou interrompe

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Mas nós queremos falar desse momento de ouro, mas antes de falarmos desse momento eu peço eh vamos cortar um segundo e já voltamos, OK?

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O México nos últimos trinta anos não para de olhar para o norte. Agora com o governo de esquerda é um pouco diferente. Porque naquele momento não foi possível do México se integrar num plano

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do mercado americano e o senhor vê essa possibilidade agora com o presidente Lopes, o do Unidos Inimigo, eu não quero romper relações com os Estados Unidos e acho que o médico também não quer romper, o que nós queremos é criar alternativas para que a gente não termine

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Vinte e um igual terminamos o século vinte

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é preciso mudar alguma coisa no nosso no nosso comportamento, na nossa relação interna, na nossa relação externa e a gente construir conjuntamente instituições na América Latina que possa nos fortalecer economicamente. Olha, eu fico perguntando, por que que nós não temos

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Um banco, um banco na América Latina que possa permitir que a gente possa negociar em nossas moedas sem precisar do dólar. Por que que o Brasil precisa de dólar pra negociar com o México se a gente pode negociar na nossa própria moeda?

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Presidente Lula, dos seus dois governos.

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Quais são os acertos e que o senhor repetiria num terceiro período presidencial? E do que que o senhor se arrepende não repetiria num próximo mandato? O o o Sabino eu só queria concluir a resposta anterior pra não ficar

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Uma coisa que o telespectador não consiga entender. O que eu tô querendo te dizer é que não foi apenas um avanço importante que aconteceu no Brasil. No Brasil aconteceu muito e eu tenho orgulho, eu tenho orgulho.

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de ser lembrado e todas as encostas todas as encostas que se achem no Brasil me coloco sempre em primeiro lugar nas pesquisas e toda vez que se faz uma pesquisa eu sou lembrado como o presidente mais popular do Brasil, não é isso, eu tô falando que toda América do Sul e quase toda América

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Teve um momento de ouro naquele período de dois mil e dois a dois mil e doze, dois mil e treze, foi um momento excepcional na América do Sul.

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Eu tava te dizendo que nós organizamos muita coisa, o fluxo na balança comercial cresceu muito entre todos os países, a gente tinha pouco mais de quinze mil milhões de dólares no fluxo de comércio exterior na América do Sul, passamos a ter oitenta.

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Bilhões de dólares, ou seja, era uma coisa muito rica, nós chegamos ao México entre exportação e exportação a dez bilhões em dois mil e dez e hoje passado dez anos culturamos com dez bilhões, significa que não houve um avanço de lá pra cá.

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Eu só queria te dizer que durante muito tempo eu tentei conversar com o presidente Fox, tentei conversar com o presidente Lopes do sobrador, não Lopes dobrador não, com o caldeirão.

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sabe? A a a necessidade do Brasil se aproximar mais do México e a necessidade do México se aproximar mais do Brasil para que a gente pudesse fazer uma integração total da América Latina criar um bloco de desenvolvimento, um bloco político e um bloco que pensasse também

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Questão da unificação do nosso conhecimento científico e tecnológico das nossas universidades, das nossas histórias, isso não foi possível, as vezes brincava, eu as vezes brincava com empresário. Eu sempre me portei no

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porque o presidente Lula, presidente Lula, por que que não foi possível? O México nos últimos trinta anos não para de olhar para o Norte, agora com o Governo de esquerda é um pouco diferente, porque naquele momento não foi possível do México

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Integrar num plano do mercado latino eh americano e o senhor vê essa possibilidade agora com o presidente Lopes o o eu eu acho difícil

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Porque enquanto nós temos um bom presidente no México, que é o novo dobrador, nós não temos um bom presidente no Brasil. Na verdade, nós temos no Brasil o governador do Brasil um genocida.

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Um cidadão que não gosta, sabe? De trabalhador, que não gosta de negro, que não gosta de mulher, que não gosta de índio, que não gosta de pobre, sabe? E que não acredita na vacina, que não acredita na na na na na na na na na no coronavírus, ou seja, é um cidadão que despreza aquilo que todos seres humanos

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E eu queria te dizer que eu tentei com o México, mas tem uma questão que nós temos que levar em conta, Sabina. Olha. Nós temos que levar em conta Presidente, mas num terceiro mandato, o senhor

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Voltaria a propor entrada no Mercosul, mas que me parece que deveríamos mudar esse nome, né? Foi. Não é só o vovô, sabia? Nesse caso. Sabina, deixa eu lhe falar uma coisa. Nós tentamos, eu só tava te dizendo que nós temos que respeitar a questão cultural, a história de cada país.

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Ou seja, toda a América Latina ela está muito subordinada a questão do poder econômico dos americanos. Ou seja, nós fomos primeiro colonizado pelos espanhóis, depois os ingleses mandaram pouco e depois os americanos tomaram conta. Sabe? É necessário

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Que mexe o que Brasil, Argentina, Chile, Venezuela, Colômbia, ahm Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Honduras, Costa Rica, é necessário que a gente tenha um bloco pra fazer frente aos outros blocos, o bloco europeu.

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Nós temos que fazer frente aos Estados Unidos e ao Canadá, nós temos que fazer frente à China, nós temos que fazer frente ao mundo asiático, a russa, ou seja, nós precisamos tomar consciência

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Que agindo fé parado e negociando fé parado nós seremos mais fraco.

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se a gente agir enquanto bloco, se a gente estabelecer uma regra de parceria, sabe? Sem que haja hegemonia de nenhum país sobre o outro, mas que haja a construção de uma parceria, a gente pode criar um bloco extraordinário de mais de quatrocentos milhões de seres humanos, um bloco economi

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forte, o que nós não queremos, veja, eu não quero transformar os Estados Unidos em inimigo, eu não quero romper relações com os Estados Unidos e acho que o médico também não quer romper, o que nós queremos é criar alternativas para que a gente não termine o século vinte e um, igual terminamos o século vinte.

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preciso mudar alguma coisa no nosso no nosso comportamento, na nossa relação interna, na nossa relação externa e a gente construir conjuntamente instituições na América Latina que possa nos fortalecer economicamente. Olha, eu fico perguntando por que que nós não temos um

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Banco um banco na América Latina que possa permitir que a gente possa negociar em nossas moedas sem precisar do dólar.

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Por que que o Brasil precisa de dólar pra negociar comércio se a gente pode negociar na nossa própria moeda? Eu fico me perguntando por que que a gente não tem uma mais facilidade na relação comercial entre nós? Por que que a gente num tem mais parceria nas nossas universidades, sabe? Essa coisa que vai permitir que a gente.

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Faça a diferença na América Latina. E o México é um país muito importante.

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O médico, o médico é importante politicamente, é importante economicamente, é importante culturamente. O México tem tradição, o México tem tradição revolucionária, sabe? Então, é muito importante que o México pense um pouco, sabe?

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Para o lado da América do Sul e América do Sul pensa um pouco para o lado do México, ou seja, nós precisamos. Tá certo. Olhar o mundo, não apenas para os Estados Unidos, olhar o mundo para a Europa. Nós temos que olhar o mundo para nós mesmos.

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O que que nós poderemos fazer entre nós? O que que falta construir de parceria entre nós? O que que os nossos empresários pode entre si colaborarem a nível de

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Fazer crescer a nossa relação comercial, o que que a gente pode trocar de experiência nas universidades, sabe? Tem coisas fantástica pra gente fazer.

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Acontece que quando a gente chega na presidência a gente fica um pouco preocupado com nossos problemas interno e às vezes a gente não consegue fazer as coisas que a gente sonha fazer. Eu tenho eu tenho noção Sabina. Eu tenho eu tenho noção. Eu tenho noção que em janeiro de dois mil e três eu tinha um mês na

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Presidência da República e eu fui a Davos, indo pra Davos eu disse ao meu ministro da relações da da relações exteriores, ao meu chancelar que eu ia tentar trabalhar pra tentar mudar a geopolética, a geopolítica do mundo.

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Ou seja, por que que tudo tinha que passar pelos Estados Unidos, agora tudo tem que passar pela China ou porque tudo tem que passar pela União Europeia.

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Porque nós. Nós, nós nos não. Não, não vamos. O que nós temos, o imperialismo. Sabina, não vamos, Sabina, não vamos culpar os outro pela nossa fragilidade.

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Não vamos culpar os outros pela nossa figilidade, é muito fácil, é muito fácil. Eu custa dizer. Sabina. É. Só não dá. É muito fácil a gente dizer que é o imperialismo americano, que é o imperialismo chinês, não. O que nós temos que dizer é que a nossa elite

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a nossa elite é subalterna. Tem. A nossa elite empresarial, a nossa elite política ela costuma ser subalterna, é preciso que a gente sonhe e que a gente construa o país igual nós tenhamos. É preciso que a gente tenha soberania, é preciso que a gente defenda a nossa fronteira

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que a gente defenda os nossos interesses comerciais, os nossos interesses empresariais, que a gente defenda a necessidade do México, do Brasil, da Argentina ser forte do ponto de vista do conhecimento científico e tecnológico, é preciso investir em educação, é isso que vai nos dar condições de disputar com qualquer outro

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Do país do mundo é igualdade de condições. Me parece que eh eh uma um empreendimento enorme o que o senhor propõe para o mercado um latino americano. Me dê um segundo antes de eh responder e vamos agora passar a nossa pausa.

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O a outra esquerda que arrasa a democracia, essa invenção

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Aqui se chama burguesia, que arrasa o livre mercado, ignora a globalização, arrasa os direito aos humanos, tranca os opositares. Beleza, porque ela permita alternância de poder.

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Ela permite que inclusive do ponto de vista das classes sociais possa haver um revezamento no poder. Cê veja, nos Estados Unidos nunca um torneio mecânico que chegou na presidência. Nunca o trabalhador chegou.

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Aqui no Brasil chegou, na Bolívia chegou o índio, sabe? A Michele Bachelet chegou na no Chile, a Cristina chegou, a Dilma chegou, mulheres, a Laura te tira da Costa Rica, teve um monte de mulher que governou. Então, essa coisa democracia garante. Eu dizia, eu vou te dizer uma coisa que eu

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Chaves uma coisa que eu dizia sempre como Ortega. Eu vou eu vou falar de Ortega que eu não gosto de nominar os problemas. Porque os problemas são mais do que a Nicarágua.

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Mas vamos falar da esquerda americana. Há duas esquerdas.

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No nosso suco continente uma esquerda que respeita a democracia, o livre mercado e a globalização e da qual o senhor é um dos ícones. O a outra esquerda que arrasa a democracia.

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Essa invenção

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que se chama burguesia, que arrasa o livre mercado, ignora a globalização, arrasa os direito aos humanos, tranca os opositares, tranca também, cala a imprensa, eu tenho que perguntar para o senhor o que o senhor pensa

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da Nicarágua que me parece ser um um modelo de esquerda que arrasa a democracia ou por exemplo eh ah as questões do do

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O que que o ditador Ortega faz, que ele fez com os oponentes, o que que os outros países fariam? O que que o senhor faria? E a intervir, ia pedir ajuda pra OEA

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Para poder intervir o que que se faz num caso desses quando essa esquerda faz esse tipo de coisa? Ô ô Sabina, não existe possibilidade de você construir uma forma de governança justa, se não for democrática.

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Eu, por que que eu amo a democracia? Porque um torneiro mecânico como eu, metalúrgico, sem diploma universitário, chegar a presidência de um país

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Que era no meu tempo a oitava economia mundial, depois foi pra décima segunda, depois foi pra sexta, agora voltou outra vez para a décima segunda ou décima terceira. Para um torneiro mecânico chegar à presidência, como eu cheguei para um índio chegar como chegou o Evo Moraes na Bolívia.

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Só pode ser através do regime democrático. Permitir que o povo avance no ponto de vista do nível de consciência e eleja a gente que é o resultado da eleição do companheiro Lopes cobrador que brigou muito pa chegar à presidência. Brigou muito pra chegar.

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Teimou, brigou, disputou e chegou, tá? Então, a democracia é isso, ela é uma beleza porque ela permita alternância de poder, ela permite que inclusive, do ponto de vista das classes sociais, possa haver um revendamento no poder.

00:31:51

Nos Estados Unidos nunca um torneiro mecânico chegou na presidência, nunca o trabalhador chegou.

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Aqui no Brasil chegou, na Bolívia chegou o índio, sabe? A Michelle Bachelet chegou na no Chile, a Cristina chegou, a Dilma chegou, mulheres, a Laura te tira na Costa Rica, teve um monte de mulher que governou. Então, essa coisa a democracia garante. Eu dizia, eu vou te dizer uma coisa que eu diz

00:32:18

Via o Chaves uma coisa que eu dizia que ia ser sempre como Ortega. Eu vou eu vou falar de Ortega que eu não gosto de dominar os problemas. Porque os problemas são mais do que a Nicarágua. Eu eu dizia pro Chávez, eu dizia pro Puribe. Eu dizia o seguinte, toda vez

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Que um governante começa a se achar insubstituível e toda vez que um governante começa a se achar imprescindível está surgindo um pouco de ditadura naquele país.

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Eu quando era presidente do sindicato eu convoquei uma assembleia de trabalhadores e decidi que um presidente do sindicato só poderia ser reeleito duas vezes, ponto.

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Quando eu era Presidente da República, em dois mil e dez, Sabina, eu tinha oitenta e sete por cento de bom e ótimo, nas linquestas.

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E muita gente queria que eu tivesse um terceiro mandato, eu não aceitei um terceiro mandato porque eu sou amplamente favorável a alternância de poder.

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Eu acho que tem que ter, sabe? Revezamento na governança do país pra sociedade ir aprimorando a sua participação democrática, às vezes ela erra, às vezes ela acerta, às vezes ela erra, ou seja, dane amortega foi um grande presidente no começo logo depois da Revolução Santinista, depois

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chamou, ganhou as eleições, depois o Blanco ganhou as eleições, depois votou Daniel Ortega, faz dez anos que eu não tenho contato com a Nicarágua, não sei o que tá acontecendo na Nicarágua, mas eu tenho informações de que as coisas não anda bem por lá.

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Mas se eu puder dar um conselho a Delnei Ortega eu dou um conselho a ele e a qualquer outro presidente. Não abram mão da democracia.

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Não abra mão de defender a liberdade de imprensa, a liberdade de comunicação, a liberdade de de de expressão, porque é isso que fortalece a democracia.

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Sabe, eu eu lembro que uma vez eu tava dando uma entrevista com o presidente Uribe e ele tava querendo mudar a constituição pra ter o terceiro mandato. E aí o jornalista me perguntou se eu era favorável ao terceiro mandato? Eu disse não. Não sou favorável ao terceiro mandato.

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Porque eu acho que quando a gente pensa que não tem ninguém pra nos substituir, nós estamos virando ditadores.

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E eu não gosto disso.

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Então o o o o eu tenho eu tenho um histórico de defesa, acho que pra Nicarágua pa Nicarágua alternância de Governo seria bom, não é importante alguém ficar muito tempo, não é importante, é importante que haja revezamento pra sociedade se sentir tranquila.

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As vezes a sociedade elege uma pessoa melhor, às vezes elege uma pior, não tem problema, é erros que a sociedade pode cometer, mas somente é na sociedade. É que pode garantir o exercício livre e pleno da democracia.

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Passando a Cuba. Que triste o que está acontecendo em Cuba. Eu tenho um amor especial por Cuba. Eu morei lá um ano. Eles têm

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eu ia dizer a melhor música, mas o senhor e a brigar comigo porque os brasileiros dizem que tem a melhor música do mundo, mas eh os cubanos tem uma alegria de viver e eu fico muito triste, não sei se o senhor também fica triste com o que está

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acontecendo agora em Cuba, os cubanos que saem para pedir as suas liberdades que foram negadas durante décadas e pedem o fim da da ditadura e outros cubanos que saem para enfrentar esses outros que reclamam. Qual é a mensagem

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Que o senhor tem para dar a Cuba? Olha eu eu tive a oportunidade de dar uma entrevista falando em Cuba, primeiro eu como você tenho um respeito profundo sobre Cuba. Eu amo o povo cubano, sou fã.

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Ardoroso da Revolução Cubana, acho que foi um marco extraordinário no nosso continente e lamentavelmente a gente ao fazer crítica ao regime cubano, a gente tem que lembrar uma coisa Sabrina, os Estados Unidos ele não teve sequer.

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Sabe? A delicadeza de tentar conversar com os cubanos para evitar que os cubanos se alinhassem a União Soviética logo depois da revolução. Então ah o o que é importante é que nós temos o tema que que entender sessenta anos de bloqueio.

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Sessenta anos de bloqueio é muito órgão acumulado dos cubanos de Miami contra os cubanos de Cuba.

00:37:16

Porque Cuba com a formação acadêmica que tem com a quantidade de jovens das universidades que tem com a qualidade da educação de Cuba, se Cuba não tivesse obleio, eu disse ontem numa entrevista, Cuba poderia ser uma Noruega, uma Holanda.

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Sabe, poderia ser uma Suíça porque o povo tá altamente qualificado, altamente qualificado. Agora, o que eu não entendo, veja o que eu não entendo. Bandidos. Veja, ô Sabina, Sabina. Brigado. Eu acho que o povo cubano tem direito de ir pra rua.

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O povo cubano tem direito de pedir liberdade, o povo cubano tem direito de pedir mais comida na mesa, de pedir mais energia. Tudo aquilo, sabe? Que o povo brasileiro fez comigo. Porque quando eu era presidente, teve greve contra mim, teve passeata, sabe? Eu cheguei até passeata e passeata. Cheguei até

00:38:10

Participar das passeata, o que eu não consigo compreender, Sabina, é porque o presidente Biden, depois da decisão das Nações Unidas.

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Que pediu para tirar os embargos com relação a Cuba. Por que que o presidente Biden não foi ontem na televisão e anunciou tranquilamente que ele ia, ele ia revogar todos os atos, sabe? Do presidente Trump contra Cuba.

00:38:39

Por que que ele não foi? Os cubanos tem o direito de decidir o seu destino, quando o Trump arrumou aquelas pessoas pra invadir o Capitólio, eu fiz críticas ao Trump muito grande. Porque não é possível.

00:38:56

Eu acho que os cubanos tem o direito de fazer passeata, tem direito de cobrar do governo, o governo tem obrigação de conversar com o povo, a gente não pode achar que quem critica a gente é inimigo.

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Porque muitas vezes as pessoas que nos criticam hoje foram as pessoas que aí estavam nas calhas batendo palma para nos outros. Então nós precisamos conversar com essas pessoas. Cuba tem um governo novo.

00:39:22

O presidente, o presidente Dias Canel é um presidente que tá a pouco tempo, ele fez uma mudança na política econômica, ele tá tentando encontrar uma solução para a economia cubana. Eu acho que o presidente Biden deveria ao invés de na televisão incentivar o povo a se manifestar, deveria ter

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Do presidente Dias Canel com a mesa de negociação. Joga fora o ódio que está acumulada há sessenta anos e chama o governo cubano pra uma conversa.

00:39:55

E vamos tentar encontrar uma solução negociada pra saber o seguinte, o que que pode ser feito pra tirar o comé que pode ser aprimorada a democracia cubana? O que a gente não pode é permitir, ô Sabina, a ingerência de um país sobre o outro.

00:40:11

Eu não aceito a ingerência dos Estados Unidos contra o o Maduro, eu não aceito embaixador americano se metendo nas eleições a Nicarágua, eu não aceito palpite de americano nas eleições do México ou nas eleições do Brasil. Cada povo tem o direito de decidir o seu destino.

00:40:28

E arcar com as consequências dos erros dos acertos. Cê acabou de tempo e agora teremos que cortar la transmissão de presidente Lula. Ele logo seguiremos com a conversa de ontem como Berangosa de um larguíssimo aliento. E essa segunda amizade

00:40:48

Lá transmitiremos

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Qual foi o erro de vocês? No que que vocês erraram o senhor e a Dilma? Confiaram cegamente nessa democracia que o senhor eh na qual o senhor crê e que continua acreditando no olharam o poder da imprensa e da direita

00:41:14

Esse golpe foi dado porque era preciso evitar que o Lula votasse a governar esse país. Ou seja, era preciso, era preciso, sabe? Interromper o mandato do PT aproveitando que tinha uma crise econômica.

00:41:31

Se o senhor for para a presidência vai prender mandar prender o Bolsonaro?

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