Botão voltar Entrevista de Simone Tebet no Programa do Ratinho
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Boa noite, hoje vamos fazer o terceiro encontro da série Candidatos com o Ratinho e estamos recebendo a senadora e candidata a presidência do Brasil, a Simone Tebet. Vamos conversar durante trinta minutos, ao final a senhora vai ter um minuto pra

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As suas considerações finais, tá bom? Trinta minutos cravado. Brigado. Cuidado? Por que que a senhora quer ser presidente? Eu vou chamar, eu não sei. Por favor, me chame de você e de São Boni. Tá bom. Por que que você, Simone, quer ser candidata a presidente?

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Ratinho, primeiro boa noite, boa noite a você, boa noite todos que estão nos acompanhando, agradeço o SBT por esta por esse bate-papo, a democracia agradece. Eu quero ser presidente da república porque eu sou mãe, porque eu sou mulher, porque eu amo o meu Brasil

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E eu não posso ver um Brasil tão rico, ter trinta e três milhões de pessoas de alguma forma passando necessidade. Hoje, quando a gente sai daqui, Ratinho, cinco milhões de crianças vão dormir com fome todas as noites. O que a gente vê hoje são crianças que vão pra escola pra comer e sai com carimbo marcado

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Pra não repetir a merenda escolar. Então, diante de tudo isso, nós temos um país hoje polarizado, um país dividido que não resolve os reais problemas do Brasil. E só uma candidatura de centro, como a nossa, com moderação, com equilíbrio, com diálogo, tem a capacidade de unir o Brasil.

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Pra que o Brasil volte a crescer, gerar emprego e renda. Então, a nossa obsessão, a minha obsessão como candidata a presidência da república é dar dignidade pra cada trabalhador e trabalhador brasileira e só vamos fazer isso através do pleno emprego. Agora, Simone, alguns caciques do teu partido não acompanharam a sua candidatura.

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Cê sabe por quê? Com certeza, eles nunca tiveram conosco, eles sempre tiveram do lado de lá da história.

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são meia dúzia, talvez não mais que isso de pessoas que sempre vieram envolvidos lá no esquema do mensalão, do petrolão, do ex-presidente da república. Eu os enfrentei inclusive dentro do Senado como senadora da república, eu fui candidata a presidência do Senado contra um orçamento secreto que comprou consciências, dinheiro de vocês, dinheiro do

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que está faltando pro remédio, que está faltando pra pagar médico pra zerar fila de cirurgia, de exames e consultas que está falando faltando pra merenda escolar. Então eu sempre fui aquela dentro do MDB que quis e quero resgatar a história grandiosa do partido, que é a história de luta pela democracia, que é a história de luta pelos

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Redes sociais por justiça social. Olha, a senhora fala aí num programa permanente pra distribuição de renda. Eu queria falar pro meu público, comé que isso vai ser feito? A prioridade número um da nossa gestão será agenda social. Nada é mais importante do que isso.

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Um Brasil tão rico que alimenta. Explica pro povo, pro povo que tá me assistindo o que que é uma agenda social.

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Agente social é aquela agenda que cuida das pessoas, que coloca as pessoas em primeiro lugar e no meu caso como mãe e professora, eu vou fazer diferente. Pela primeira vez na história do Brasil, criança e adolescente será prioridade. Através da educação. Então, nós temos duas grandes agendas pro social. Primeiro,

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Dá pão a quem tem fome, os seiscentos reais permanece, mas com algumas situações. Nós vamos tá olhando se a se a criança tá sendo vacinada, se ela tá indo pra escola e nós vamos buscar essas famílias pra dar autonomia. Eu quero ver se esse jovem pode ser qualificado pra entrar no mercado de trabalho, se o nosso trabalhador precisa ser

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Reciclado pra ganhar melhores salários, se a dona de casa tem condições de ir prum empreendedorismo e ganhar o seu dinheirinho. Então, transferência de renda permanente. E o segundo, educação. Radinho, eu sou professora, eu dei aula doze anos, só uma coisa vai salvar o Brasil.

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Que uma próxima guerra, de uma próxima pandemia se Deus o livre se vier. Educação de qualidade, eu não vou sossegar. Enquanto o filho do pobre não tiver a mesma qualidade de ensino do filho do rico.

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Essa é a prioridade absoluta, porque eu hoje vim de Indaiatuba, sabe o que que o Prefeito me falou lá? Simone eu tenho mais ou menos mil e quatrocentos, mil e quinhentos vagas de emprego e eu não tenho

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Como daí dá emprego. Porque o trabalhador não tá qualificado. É, isso tá acontecendo no Brasil inteiro. Porque precisamos qualificar, como é que a gente qualifica essas crianças, esses jovens. A união pela primeira vez vai deixar de dizer

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educação, a responsabilidade da união é apenas com o ensino universitário. Não, nós vamos ajudar os municípios, eu fui prefeita lá na ponta na educação infantil. Começou muito tempo essa coisa de de o jovem não se interessar muito por por nenhuma profissão, começou a muito tempo. E o seu partido tava dentro do governo. Mas Ratinho, na realidade o que que isso foi

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aconteceu todos os governos que passaram, inclusive o atual e o que passou, acha que a o problema da da educação é de responsabilidade do Prefeito, eu fui prefeito ou do Governo do Estado. Nós vamos fazer diferente. Além do ensino universitário, valorizar os nossos professores, preparar os nossos professores pra darem aula, nós vamos ajudar os municípios, nós vamos

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zerar a fila de crianças que estão aguardando pra estudar nas creches.

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e vamos pular um pouquinho lá pro ensino médio. Qual é o grande problema da mãe e da avó que tá aí, do avô que tá assistindo aí? É com adolescente de catorze, quinze anos de idade. Ele vai pra rua, ele só quer saber de namorar quem não quer, isso é muito bom, mas ele precisa estudar, ele precisa ter futuro e hoje ele é o quê? Nem nem, ele nem estuda, nem trabalha. Nós tamos criando um programa chamado

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Poupança jovem é o tal do cincão. Como é que é? E que nós vamos fazer?

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nós vamos dizer pras escolas estaduais, todas escolas estaduais que garantirem escola em período integral pra esse jovem ao a reforma do ensino médio já tá aí, é uma realidade. Hm-huh. Vai ser pago por aluno dessa escola e mais ainda essa escola além do computador da internet nós vamos pagar no

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Do terceiro ano pra esse aluno, cinco mil reais, é um prêmio. Um prêmio. Da onde vai sair esse dinheiro?

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Nós temos o dinheiro do FUNDEB, nós temos mais ou menos hoje um milhão e meio de jovens que se formam todo ano, multiplicado por cinco, dá menos de sete bilhões de reais. Não é nada perto do orçamento da União, mas é pro aluno estudar. Não sei se você se lembra, né? Os que são mais antigos como eu se lembram, o primeiro Bolsa Família surgiu lá na

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Cardoso e Fernando Henrique, quando a gente não tinha crianças dentro da sala de aula, inventaram infração, é isso? Bolsa Escola. Bolsa Escola. Vou pagar pra mãe, acordar cedo e colocar o filho na escola, o que que aconteceu? Nós temos quase cem por cento das nossas crianças hoje dentro das salas de aula. Então, nós vamos fazer isso pelos nossos jovens. E o curso é

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Técnico é uma escola onde ele vai ter o curso técnico, ele vai ter dois caminhos depois, ou ele em um ano ele faz um curso profissionalizante, começa a trabalhar. Hm-huh. Ou ele vai pra universidade? O Brasil na minha opinião, né? Acho que precisa muito curso técnico

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Porque eu saí perguntando, olha tem alguém um padeiro aí, cê não acha padeiro mais, você num acha essas um esses menino que trabalham em metalurgia, é difícil achar. Tem emprego, mas não tem o profissional.

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E normalmente ganha mais, muitas vezes ganha mais do que aquele que fica cinco anos no banco de uma universidade.

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A gente também tem que desmistificar, o jovem tem que fazer o que ele quer, mas ele tem que saber também que se ele não quiser por uma universidade, ele vai ser bem preparado, ele vai ter um bom salário tão bom quanto um médico, um médico eu não diria, mas quanto um advogado, quanto um dentista, quanto um profissional liberal. O professor, você é professora?

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O professor no Brasil tá muito desvalorizado ou não? Ou é só uma uma coisa que a gente fala em época de eleição? Não é só o o professor que tá desvalorizado, aí vem algo que me incomoda Ratinho.

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Eh triste Brasil em que as suas autoridades não se dão ao respeito e acabam fazendo com que fique banalizado essa coisa de você não respeitar autoridade. Nós não respeitamos mais nossos avós, nós brigamos por política no final de semana dentro de casa. A mulher hoje está pedindo por favor não falem de política porque vai dar briga dentro

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Nossa casa

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Então não é só em relação ao professor, nós temos que reconstruir esse Brasil de de de outras formas, a começar pela presidência, presidência é coisa séria, nós temos que dar exemplo, o exemplo vem de cima, filho tem que respeitar pai, tem que respeitar avô, tem que respeitar professor, a a profissão do professor é a mais nobre,

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Se não fosse o meu professor, não seria advogada. Verdade.

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Não, professor é e e realmente dos últimos anos a gente vê aluno enfrentando o professor. No meu tempo quando eu enfrentava a professora Cida, ela me deu uma reguada na orelha e está doendo até hoje. Então o o hoje o aluno, principalmente o adolescente, ele enfrenta o professor se junta uma turminha, enfrenta o professor, a professora

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É complicado. Você quer reduzir a contribuição previdenciária? Pra quem ganha até um salário, é isso? É isso. E não vai faltar dinheiro pra pros aposentados depois? Não. Que que acontece, Ratinho? Além do desemprego, nós temos a informalidade.

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Olha a situação hoje de um chefe de família que vive de bico.

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que trabalha um dia sim outro não, não sabe se no final do mês vai ter o suficiente pra colocar comida que tá tão cara na mesa da sua família. De que forma a gente pode diminuir a informalidade? A gente tem que fazer com que as indústrias, o comércio, os serviços tenham condições de contratar, sabe quanto custa recolher INSS pra alguém

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tem carteira de trabalho, né? No total são vinte e sete por cento, vinte por cento da pessoa jurídica, da empresa. Então, nós temos que dizer o seguinte, pra empresa que contratar com carteira de trabalho assinada, aquele que ganha pelo menos até um salário mínimo, nós vamos reduzir de vinte por cento pra sete sete e meio por cento às dezesseis. Nós tamos fazendo a conta. Aí cê fala, de onde

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O tiro de volta. Isso. A partir do momento em que ele traz pra formalidade, ele vai ter que recolher esse senso, porque hoje ele não tá recolhendo nem vício. Ele não recolhe nada, ele vai. Entre recolher nada e recolher vim e recolher seis ou sete.

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e dar emprego com carteira de trabalho e esse cidadão ter direito ao décimo terceiro, esse direito esse cidadão ter direito ao seguro desemprego e esse trabalhador ter a dignidade de dizer, eu vou conseguir honrar os meus compromissos, pagar a conta no final do mês, nós temos que investir nesse profissional, são mais ou menos quarenta milhões de trabalha

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É muita gente na informalidade. Agora, qual projeto pra proteção do meio ambiente? Que você é do Mato Grosso do Sul, você deve gostar muito do meio ambiente, né? Todos nós gostamos muito do Mato Grosso do Sul. Já pensou em alguma coisa diferenciada? Sim. Ratinho, eu sou do agro também.

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E as pessoas falam, ah você é do agro, então você não defende o meio ambiente? Muito pelo contrário, nós temos que parar com essa coisa de que é plantar

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Ou cuidar do meio ambiente são as duas coisas ao mesmo tempo. Ao mesmo tempo, dá pra fazer. Dá pra fazer. Pode comer. Com a mesma área, você consegue produzir hoje a semente mais moderna, a Embrapa tá aí. Então, é tolerância zero em relação ao desmatamento ilegal.

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Nós vamos colocar os órgãos de fiscalização e controle cuidando da Amazônia e vão fazer dinheiro com a floresta em pé. Cê sabe que você entende do assunto, sabe. É lavoura, pecuária e floresta. E floresta. Vem dinheiro estrangeiro, bilhões que estão faltando só pra gente manter a floresta em pé. Com isso a gente gera emprego

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Renda pra população. É mais justo que outros países que destruíram suas florestas acabaram com eu acho que é justo que eles nos paguem pra ter o oxigênio.

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Vamos proteger proteger a Amazônia custa caro. E mais proteger, mas não é muito e eles querem, nós vamos criar um mercado de carbono em todos os biomas. Até porque Ratinho, eu venho do Mato Grosso do Sul, você vem do Paraná.

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Qual foi o prejuízo que a agricultura pecuária elas tiveram nos últimos dois anos? O Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul. Sessenta bilhões por falta de chuva que vem da Amazônia. Exatamente. Então cuidar da Amazônia Legal, cuidar

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da do meio ambiente, não é só proteger a vida, mas é colocar comida mais barata na mesa do trabalhador brasileiro e nós vamos com muita coragem, com muita determinação provar por A mais B que não é uma coisa ou outra, são as duas coisas juntas que vão fazer o Brasil crescer, se desenvolver e voltar a ter uma boa imagem perante

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O mundo. Você acha que o Brasil tá com uma imagem ruim lá fora? Péssima Ratinho. É? Péssima, muito por falta de comunicação, eu lamento dizer, mas o presidente acirra esse processo, né? Eh toda vez que o presidente fala alguma coisa, falam besteira, a gente vê o dólar subindo e aí hoje tudo é dolarizado.

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Lá você compra um fertilizante em dólar, o preço do combustível tá em dólar, o trigo que vai pra fazer o nosso macarrão e nosso pãozinho é em dólar e o arroz que a gente come em dólar. Como é que a gente explica então Simone, como é que a gente explica

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Que eh falta de de de de funcionários né? Tá sobrando no por exemplo no estado do Paraná, eu tô falando pelo Estado do Paraná porque eu conheço, tá praticamente sobrando emprego em quase todos os municípios.

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O Brasil tá tendo um crescimento muito forte, pelo menos nós não não tamo tendo uma superinflação, a nossa inflação tá a menor da América Latina e mesmo assim tamo mal lá fora, tamo mal lá fora, tamo mal aqui dentro, mas por duas razões, o Brasil é tão desigual, tão desigual

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Que o Brasil não é o mesmo de norte a sul, de leste a oeste, nós temos bolsões de misérias e temos regiões mais ricas como é o Paraná e o meu Mato Grosso do Sul. Por que que ali nós não temos

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o trabalhador, porque ele não tá qualificado, porque ele não tá preparado pro mercado de trabalho. Por isso que eu disse que a prioridade nacional, pela primeira vez na história do Brasil, se eu for eleita a presidente vai ser educação. Pra gente preparar o nosso trabalhador. E porque em outras regiões nós temos bolsões de miséria. Nós tivemos sim uma uma guerra, é verdade, nós tive

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Uma pandemia é verdade mas lamentavelmente nós temos um governo que não planeja nada, que não conhece as a realidade do Brasil e eu tô lá no Senado, eu sei disso e não apresento uma proposta de desenvolvimento pro Brasil. O Brasil é muito rico, ele tem condições de garantir essa riqueza pra cada cidadão brasileiro.

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Olha, eu tava vendo, a senhora quer fazer reforma tributária a você, né? Você é muito nova pra chamar de senhora, chama você. É uma reforma tributária.

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nos seis primeiros meses de governo. Cê consegue fazer essa reforma tributária? E como vai ser essa reforma? Nós conseguimos, há trinta anos a gente discute isso pela primeira vez os vinte e sete estados do Brasil, todos secretário de fazenda concordam com ela. É uma reforma que vai unificar impostos, uma reforma que vai tirar imposto da cesta básica dos pobres

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ampliar a base, vai desburocratizar e por conta disso a arrecadação vem de outra forma. Hoje a indústria, os o setor de bens e de comércio, hoje a indústria não consegue gerar mais emprego porque a carga tributária ela é muito alta em cima da pessoa jurídica. Então quando você simplifica desburo

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Você diminui o custo da indústria. Ao diminuir o custo, ela faz o que? Ela abre novos postos de trabalho, ela gera emprego, faz o Brasil crescer. E nós vamos tributar menos no consumo. Por quê? Quem é que mais paga, quem é que mais consome no Brasil?

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É o pobre, ele consome na cesta básica, ele consome nos bens que ele compra. Então você tem que tributar menos o consumo.

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pra que e tributar um pouco mais o serviço que é o rico que paga pra que a gente possa garantir justiça tributária no Brasil. Não dá pra fazer como nos Estados Unidos, em algum outro países que você paga na hora do consumo, você paga o imposto. Cê comprou a caneca, pra quem não sabe, Estados Unidos, cê compra na maioria dos estados, pelo menos os estados que eu fui.

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Cê compra uma caneca, caneca custava dez reais, é dez reais mais dez por cento.

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É, a proposta estabelece isso, você unifica impostos federais, você unifica impostos estaduais e municipais, só que você vai tributar no destino e não na origem. Sim. Quando você tributa no destino a reforma fala sobre isso, você cria e não cria aquele efeito cascata. Isso. E ficar criando crédito. Isso é muito receita federal. É. Por isso que a

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Aí você me perguntou, dá pra provar nos seis primeiros meses? Todo mundo tomou vacina, acredito que a maioria da população tomou vacina. A vacina salvou as nossas vidas. A reforma tributária, nossa vacina econômica. É ela que vai fazer o Brasil gerar emprego, o Brasil voltar a crescer. Por que que eu falo que são nos seis primeiros meses? Eu vou até

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Ser mais ousada, ela tá pronta, pronta, o relatório tá pronto pra votar esse ano no Senado Federal e tem voto, porque eu já fiz a conta, os senadores querem aprovar essa reforma. Então, votamos esse ano no Senado e nos seis primeiros meses do ano que vem na Câmara dos Deputados. O seu governo não vai ter

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Mais mulheres nos cargos, cê vai priorizar pra mulher? Sabe qual foi o primeiro compromisso que eu assumi assim que eu tive o privilégio de ser a primeira mulher candidata a presidência do Senado do maior partido do Brasil? Foi dizer que nosso governo, o ministério vai ser

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Metade de homens, metade de mulheres e vai ter negros, porque essa é a cara do Brasil. É. Ah, alguém chegou a dizer o seguinte, mas vai ter mulher suficiente pra isso? Por favor. Nós somos a maioria da faculdade. Nós somos e nós temos um compromisso, Ratinho. Esse compromisso eu tenho lutado muito.

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Eu tive muitas primeiras vezes na minha vida, eu faço essa brincadeira, porque eu fui a primeira mulher prefeita, fui a primeira mulher vice-governadora no Senado Federal fui a primeira mulher presidente do da comissão que combate a violência contra a mulher e a gente tem uma luta que a gente conseguiu aprovar no Senado, tá parado na câmara, é muito injusto isso que eu vou dizer.

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Ah o projeto que a gente vai tirar do papel, no primeiro mês é pedir pra Câmara dos Deputados pautar o projeto que iguala o salário de homens e mulheres no mesmo na no mesmo ambiente de trabalho, com a mesma capacidade, com a mesma função. Sabe quanto?

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Que nós mulheres recebemos a menos que o homem na mesma profissão com o mesmo currículo? Não tem ainda. Vinte por cento. Se for uma mulher preta

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Chega a recer até quarenta por cento. E se não é um Brasil igual, esse não é o Brasil que nós queremos. Além de tudo, é dinheiro que é injetado na economia, porque o que que uma mãe faz? O que quem tá nos assistindo faz quando ganha vinte por cento a mais?

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Ela joga em comida. Joga em comida. Ela compra o sapato pro filho. Ela joga na economia. Ela compra um um presentinho pro companheiro. Mas essa consciência de a função da mulher já melhorou muito, né? Melhorou eu por exemplo a minha a minha empresa é quem manda lá é a mulherada.

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Por isso que a sua empresa é eficiente. É, vai, a mulherada manda, manda em mim, manda e a minha mulher manda em mim em casa. É uma beleza. A senhora quer quando endurecer o combate ao crime organizado? Como é que nós vamos fazer isso? Eu eu estava vendo esses dias numa outra televisão.

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Falar que se não sei se é verdade, mas deve-se ter sido verdade, ela mostrou os dados lá, cinquenta e sete por cento do Rio de Janeiro, da cidade do Rio de Janeiro está dominado ou por milícia ou por traficante, não é mais o governo que manda. Ratinho, eu venho como você de um estado de fronteira.

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Eh e nós fazemos divisa com a Bolívia e com o Paraguai. Os maiores produtores, um dos maiores produtores de cocaína e de maconha do mundo.

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eh é pela fronteira que passam as armas que chegam aqui em São Paulo, que chegam no Rio de Janeiro e as drogas que vão lamentavelmente pingando, né? E deixando o rastro de destruição nas famílias brasileiras. Essa é uma coisa que me dói demais como mãe. Eu sinto a dor da mãe que tem o filho dependente químico. Então nós temos que fechar

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isso é fácil, nós vamos criar o Ministério Nacional da Segurança Pública, porque segurança pública não é um quando a gente fala de violência, né? Eh e de crime organizado, ele não é um crime já não é do Ministério da Justiça. Sim, mas quando você tem um ministro específico pra fazer isso a coisa vai dar certo, porque você tem que unir

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Forças Armadas, Polícia Federal, Serviço de Inteligência, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, tem que fazer uma estrutura.

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Com inteligência, satélite, serviço de inteligência num sistema que começou lá atrás com o Fernando Henrique, tá parado há vinte anos porque falta dinheiro no orçamento, todo ano pinga só o dinheirinho e não conclui. Então você fecha a barreira do que cê fere a prevenção.

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Tolerância zero, lugar de bandido é na cadeia, a gente tem que ser duro com o crime organizado, inclusive que tá chegando na Amazônia. Agora tem uma outra situação, Tarratinho. Nós temos no Brasil, depois de muito suor, o trabalhador vai e parcela em dez, doze vezes o celular, a dona de casa

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Compra, né? Sou os bens de consumo, inclusive eletrodomésticos a duras penas. Muita gente classe média dá entrada numa moto no carro pra depois de dois, três meses ser furtado, roubado. É mais ou menos um milhão.

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um milhão a quantidade de celulares e de carros que são furtados e roubados no Brasil, com inteligência, monitoramento, cidades inteligentes que fiscalizam, que controlam a chapa da placa do do carro. Indaiatuba que você foi lá hoje é assim. Maravilhoso. Você entra na cidade, já sabe quem entrou na cidade. Impressionante.

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Aí o pessoal de de eh Indaiatuba, né? É, essa. Cê sabe qual qual é a quantidade de de feminicídio nos últimos quatro meses, ou seja, matar uma mulher pelo fato de ser uma mulher nos últimos quatro meses em Indaiatuba?

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Não. Zero. Quatro anos, desculpa. Zero. Zero. Zero, porque o que tá todo mundo fiscalizado, todo mundo vendo, é isso mesmo. Tendo vontade faz. A senhora diz que vai recriar o Ministério da Cultura. Tem necessidade de nós termos o Ministério da Cultura? Tem. Sabe por quê?

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Por duas coisas, primeiro que cultura tem que ser pro rico, tem que ser pro pobre. Nós temos uma quantidade de gente

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de de mentes brilhantes nas comunidades, nas favelas, nas periferias, que não tem acesso a cultura e que são extremamente talentosos, nós temos que buscar essas pessoas e patrocinar, quer dizer, incentivar essas pessoas a colocar o que tem de melhor pra fora. Durante muito tempo o dinheiro do dinheiro público, dinheiro da Ancini, dinheiro

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Dinheiro da da Secretaria de do Ministério da Cultura foi praquele que que o que a direita chama de de esquerda caviar. Artista da esquerda caviar. Né? No seu governo

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é tem como evitar a esquerda caviar pegar todo dinheiro pra ela. Sim. Que eu vejo muito muito artista participando da vida política, mas eu sei porque que ele tá participando. A lei a Lei Rouanet ela é muito importante. É muito importante. Muito importante, mas ela tem que ter regras. Tem que distribuir. Tem que ser democrática. Claro. E o que aí você não pode, eu não posso

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da sua empresa, falar assim, ah, Ratinho, o patrocínio e tal coisa. Você vai patrocinar quem você. Aham. Dentro das regras que nós estabelecemos. E aquelas pessoas mais simples, pra isso existe o fundo nacional da cultura. Esse fundo é lá pra ponta, é pro pequenininho. É pro rap, é pro artista de rua, é pro teatro amador, eh é pro pintor, é

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O escritor é pro poeta, então é preciso levar arte, porque arte é vida, arte é cultura, arte é história ou inverso, a cultura é arte. Dá pra fazer com muito pouco dinheiro. Bom, o presidente, o ex-presidente Lula dizem que ele é esquerda. O Bolsonaro ele diz que é direita.

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O Ciro me disse ontem que centro esquerda, você é candidato de que? Eu sou candidato do Brasil. Eu não tenho esquerda, direita, meio. Até porque eu sou radicalmente contra essas ideologias, elas estão matando o Brasil.

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Enquanto o Brasil passa fome, enquanto falta dinheiro pra comprar fralda geriátrica pras nossos idosos que estão acamados, enquanto a gente não tem dinheiro pra zerar fila de cirurgias, quantas mulheres morreram e tão morrendo nas filas dos hospitais porque não conseguem fazer uma mamografia ou um homem, um exame de próstata.

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Então, quanto enquanto falta esse dinheiro, fica nessa guerra entre direita e esquerda. População não come, nem as ideologia. Então o o meu partido é o Brasil. O o eu tenho um amor incondicional pelas pessoas. Eu vou colocar as pessoas em primeiro lugar.

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e é um Brasil pra todos, é um Brasil inclusivo. Você me permite com isso fazer uma justa homenagem a uma mulher. Pode falar. Nós somos uma chapa cem por cento feminina. Não temos nada contra os homens, nós queremos homens do nosso lado junto conosco administrando o Brasil. Mas nós temos Mara Gabrilli que é uma senadora tetraplégica que representa a inclusão que nós queremos pro Brasil. O Brasil tem

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duzentos e quinze milhões de brasileiros. Nós temos milhões de invisíveis no Brasil, cadeirantes, pessoas com deficiência, pessoas com problemas visuais, alguns falam que são dezessete milhões, se soma aos treze milhões de pessoas com doença rara, já são trinta milhões de brasileiros que não tem acesso à saúde, que não tem mobilidade urbana, que estão

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Então assim, isso você me permite dizer que quem é o meu partido, o meu partido é o Brasil. Perfeito. É isso que tem que ser, o que é bom da esquerda se tiver alguma coisa boa de política pública, o que tiver da direita, nós vamos assimilar o que nós não podemos é

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Fazer um Brasil que exclua uma parte da população porque pensa diferente de nós. Você é a favor de de de tributar grandes fortunas?

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imposto pra grandes fortunas? Isso nunca deu certo no mundo, mas eu sou a favor de que os ricos paguem mais impostos e nós sabemos que hoje nós temos condições de tributar mais as pessoas ricas com a taxação de lucros e dividendos. É uma diferença muito grande. É. A taxação de lucros e dividendos vai permitir inclusive com que a gente possa mexer na tabela de imposto de renda pra classe

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Média. Eu vi eu tô vendo por exemplo que os fazendeiros tão ganhando muito dinheiro com soja, em milho, subindo todo mundo ganhou dinheiro com soja e milho aí e eu vi que quem trabalha na fazenda não ganha.

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e que podem contribuir e que podem é e os mais ricos podem ser a favor daquela famosa participação nos lucros, né? Eu acho sempre fui a favor disso eh quando fui deputado federal briguei a favor disso tudo que

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Que eu tentei fazer foi trabalhar em cima disso. E a gente não conseguiu sair do lugar. Na verdade é isso porque existe uma cultura, né? Do patrão ganhar muito, funcionário ganhar pouco. E essa cultura teria que diminuir.

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e tem uma questão também Ratinho que a gente tem que parar que é a esquerda lamentavelmente fala que é parceira e não é. Eu acompanho isso há muito tempo que eu dei aula há doze anos exatamente como se administra um país e um estado. Eles sempre falaram o seguinte ah o Brasil vai crescer com participação da iniciativa privada. Eles inventaram umas regras tão rigorosas que quando a gente foi tenta

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Fazer ferrovias e no Paraná você sabe a importância pro poço de Paranaguá

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estradas duplicadas, portos, aeroportos, cabotagem que rasgariam esse país de norte a sul, né? Com construção civil, que é indústria, vamos dizer assim, o setor que mais gera emprego. Gera emprego na hora. Na hora, né? E depois arrecada de forma justa, não saiu do papel, foi necessário o Temer vir, remodelar. Mega som, como é que a senhora vai fazer

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Com esses camarada que ficam lá dentro dos do Ministério do Meio Ambiente e atrapalha o desenvolvimento e não fala porque que tá atrapalhando. Comé que vai fazer isso? Nós vamos trocar. Tem um monte. A máquina pública tem que ser eficiente.

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A máquina pública tem que ser pra todos e voltando e que tem a ver com a questão ambiental é flexibilizar o licenciamento ambiental naquelas áreas e naquelas questões que não são poluentes pro Brasil voltar a crescer e sendo rigoroso no licenciamento ambiental na área do cerrado, do Pantanal, da Amazônia é preservar os biomas

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Mas desburocratizando pra que o Brasil cresça através de investimentos privados. Ratinho, não, não temos dinheiro pra fazer asfalto, nós não temos dinheiro pra fazer ferrovia. Quem tem que fazer isso em parceria é iniciativa privada. Também penso sim. Agora eh

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A senhora é contra a favor a reeleição pra presidente? Sou contra. Contra? Aliás, eu disse isso, eu pedi pra que todos os candidatos assumissem esse compromisso. Eu já fui a favor da reeleição no passado.

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Hoje eu não sou mais porque entra governo, sai governo, ele só pensam no dia seguinte que vão fazer, quebram o Brasil com políticas populistas pra poder se pensar em reeleição. Se eu for eleita Presidente da República eu faço um compromisso com vocês e olhando aqui direto nessa câmara de que no dia seguinte eu vou no cartório registro

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Assino, vou registrar

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E vou entregar no Tribunal Superior Eleitoral e no Congresso Nacional de que eu não sou candidata à reeleição, por quê? Assim a gente aprova as reformas que precisam aprovar, o Brasil volta a crescer, gera emprego e a gente consegue avançar nessa pauta que é absolutamente prioritária, que é a pauta também da educação.

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Olha, e muitos muitos projetos a senhora apoiou o governo no começo, pelo menos a senhora já deixou de apoiar o governo? Não é que apoiou ou deixei de apoiar, isso é uma coisa que é interessante, a maioria dos projetos inclusive que chegaram no do governo, chegaram cheio de excessos. O papel do deputado e do senador é ajudar o Brasil.

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Então não me interessa se é de esquerda ou se é direita. O projeto às vezes chegou até complexo.

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até é rigoroso como foi a reforma da previdência. Estava lá acabar com o BPC. Quer dizer, Benefício de Prestação de Continuada continuada de quem não tem não ganha nenhum salário mínimo. Nós somos e tiramos e aprovamos a reforma da previdência tirando esses excessos. Acho que a gente tem o o papel de melhorar. É sempre melhorar aquilo que não está bom. Vamos

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pra isso e é isso que nós fizemos. Cê fala duma parceria forte com a iniciativa privada, mas acho que não vai dar nem tempo, porque nós temos só um minuto e quinze segundos. Então, vou vou deixar você nesse um minuto.

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Ah então tem mais um minuto aqui. Mas eu acho que essa pergunta ela vai deu ela. Acho que ela já respondeu essa pergunta. Eu vou perguntar mais fácil aqui pro meu público que está em casa. Como é que a gente vai fazer pra baixar o o o rango a comida? Como é que faz pra baixar isso? Povo está reclamando muito.

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Só uma candidatura e uma eleição de uma pessoa de centro que dá previsibilidade, que dá segurança jurídica. Falando que vai dar picanha. Vai fazer que vai fazer com que o dólar caia. A moeda brasileira precisa se valorizar. Como tudo é dolarizado. A hora que o câmbio brasileiro se valorizar e o dólar cair,

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a gasolina cai, o fertilizante que a gente produz os alimentos cai, o preço do trigo cai, o preço dos alimentos cai no Brasil, mas pra isso nós precisamos de um Presidente da República que tenha moderação, equilíbrio, diálogo, saiba fazer, eu tenho experiência, já fui prefeita reeleita prefeita, já fui vice-Governadora, senadora, secretária de estado,

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Aula doze anos de como se administra um país e mais do que importante do que isso, tenho vontade, eh vontade política de servir, amo meu Brasil e lamentavelmente não aceito isso que está acontecendo hoje no nosso Brasil. Simone, um minuto pra você falar as pra gente terminar igual os outros candidatos. Essa eleição mais importante da história do Brasil.

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É uma eleição que além da crise econômica, nós temos uma crise política, não pode ser uma eleição do medo. Cê tem que votar. Você tem que você tem que votar pela esperança. Nós representamos essa esperança, nós temos condições de dar o que o Brasil precisa. Paz, unir as famílias, unir o Brasil em torno de um único ideal.

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Quer fazer com que esse Brasil seja de todos, um Brasil que tenha comida barata na mesa, que tenha educação e saúde de qualidade e que possa, é este o nosso compromisso com amor e coragem, juntos unir o Brasil.

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Portanto, muito obrigado. Se me permitir, eu gostaria de pedir o seu apoio, o seu voto e a sua confiança e no dia dois de outubro votarem no quinze. Simone Tebet, muito obrigado pela sua presença aqui, viu? Boa noite. Eu que agradeço. Boa noite, Brasil.

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