Botão voltar Entrevista de Simone Tebet para o Jornal da Itatiaia
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A nossa entrevistada de hoje é a senadora Simone Tebet, candidata do MDB à presidência da república. Seja bem-vinda, obrigada pela entrevista, candidata. Eu que agradeço, Edilene, seu nome com todos os que estão nos acompanhando pela Rádio Itatiaia.

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Candidata, o assunto quente do momento ainda é o último debate presidencial do qual a senhora participou, qual que é a avaliação que a senhora faz da repercussão e a senhora acha que pode ter tido um impacto positivo na campanha da senhora?

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Sem dúvida nenhuma. O primeiro que vence a democracia se fortalece a democracia quando tô primeiro todos os candidatos se propõe e aceitam participar do debate, lamentavelmente o último que nós tivemos antes de toda a Globo, nós tivemos a ausência daquele que hoje se desconta em primeiro lugar

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nas pesquisas e isso fragiliza obviamente o processo eleitoral, porque o que o eleitor precisa é saber de propostas, não dá pra votar em alguém com base num passado, né? Na lembrança de vinte anos atrás,

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Tendo o Brasil hoje uma realidade muito do passado. Então, pelo menos nesse aspecto o debate de ontem foi muito importante, mas eu acho que foi mais do que isso, ele foi decisivo.

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ou porque a nós tivemos ali dois posicionamentos muito claros, daqueles que foram ali apenas pra

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Polarizar e continuar esse discurso de ódio, de briga que não leva a lugar nenhum, que não fala do Brasil real, do Brasil profundo, dos nossos problemas e que não são poucos e são muito graves e com isso ficam alimentando essa polarização apenas com o objetivo.

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né? De levar essa eleição aí prum prum embate de segundo turno e aqueles como eu que se propôs a apresentar e falar do verdadeiro Brasil, Brasil que passa fome, o Brasil em que nós tivemos o aumento da miséria, da informalidade de quarenta milhões de trabalhadores que não sabem, não tem segurança de saber se no dia seguinte ou no

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seguinte ainda estarão empregados e e conseguirão aí alimentar suas famílias, né? De falar de daquilo que é prioridade nacional, que é a educação, cuidar das nossas crianças, entre outras coisas. Então, nesse aspecto acho que o eleitor ahm passa a ter a partir de agora nesses quarenta e oito horas decisivas

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Condições de efetivamente fazer o seu juízo de valor e acredito que nesse aspecto, essa será uma eleição sim de segundo turno. Minas.

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tem experiência e aí é sempre um caso lembrado por um caso que você aponta viradas de última hora, então com base na experiência aí de Minas eu tenho expectativa que o debate tenha servido pra que o eleitor repense esse voto chamado voto útil e possa depositar

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Não só a sua esperança, mas a certeza de melhores dias. Então, a senhora acredita que haverá um segundo turno e acredita que a senhora estará nele.

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Tô trabalhando muito pra isso, né? Com a minha verdade, com as nossas propostas, sempre olhando no olho do do eleitor, falando efetivamente como mãe, como mulher e como professora que sou que o que me move é a alma de uma mulher, o coração de uma mãe.

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Aí vê hoje lamentavelmente um Brasil tão rico que não tem se quer a capacidade de alimentar as suas famílias.

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A professora sabe que se nós quisermos verdadeiramente um Brasil que seja dos duzentos e quinze milhões de brasileiros, nós temos que colocar pela primeira história do Brasil e é isso que eu me proponho a fazer, a criança e o adolescente do estudo. Isso se faz através de uma parceria da união com os

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Municípios de Minas, municípios do Brasil, com os estados, com o estado de Minas, que nós possamos com diversas mãos dar educação de qualidade pra os filhos do Brasil. Pela conjuntura atual, a senhora acredita que se for pro segundo turno vai com qual dos candidatos? Lula ou Bolsonaro

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E indo pro segundo turno as é uma questão de pesquisas, uma questão de preferência por estar mais consolidado ahm e bem a frente numericamente nas pesquisas sem dúvida nenhuma com esse presidente Lula.

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Candidata a senhora citou o senário em Minas Gerais aqui em Minas o MDB optou por não ter candidatura própria e apoiar o candidato ao governo de Minas Romeu Zema que já tem seu candidato à presidência da república que é Luiz Felipe dAvila a senhora avalia que isso possa ter prejudicado a campanha da senhora aqui no estado que é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil e é um estado considerado decisivo

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As eleições presidenciais?

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Edilene, essa é uma eleição tão atípica, né? Uma eleição onde o eleitor até agora alguns estão votando não com o coração, mas com a razão, querendo escolher o menos pior, votando em A porque não quer B, votando em B, porque não quer A. Isso também de alguma forma me me entusiasma no sentido de trazer agora

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quarenta e oito horas muita gente vai parar pra pra pra pensar realmente se é esse o caminho, né? Até porque ontem ficou muito claro naquele bate-boca lamentável, eu peço desculpa quem está nos ouvindo por ontem, né? Enquanto nós temos problemas reais no Brasil, o um alimentando, estimulando o ódio, discutindo quem é o menos pior, o menos

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menos incompetente, né? Olhando e falando, olhando sempre pelo retrovisor, pelo passado, quando a gente tem que ver o que pode fazer pro futuro do Brasil. Então, diante desse cenário, eu tenho a expectativa de que essa é uma eleição tão diferente, repito, onde o eleito tá votando no coração, não com entusiasmo, que

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E a nossa de chegar no segundo turno e que os palanques regionais, que a pergunta que você me fez, os apoios regionais, eles não são tão decisivos, até porque a gente tem visto os candidatos a governadores

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É que tem expectativa duma possibilidade de ganhar precisam manter-se de alguma feltros e distantes dessa posição pra não perder voto. Então a senhora acha que um palanque regional vai fazer a diferença num segundo turno eleitoral mais do que fez no primeiro, é isso?

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Não sei Ednei, isso nós vamos ter que aguardar, né? Nós vamos aguardar pra verificar e quais são os palanques estaduais, quais são os governadores que vão se eleger no primeiro turno e quais não vão.

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Ah, normalmente, quando você não tem um palanque regional no segundo turno, a eleição se esfria e volta se olhar pra questão nacional. Candidata, qual que é a principal proposta do plano de governo do senhor, da senhora? Quais são as principais diretrizes desse plano de governo?

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Obviamente que nós temos aqui absoluta erradicar a miséria no Brasil.

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não é possível que um país que alimenta o mundo não dê conta de alimentar suas famílias. Então erradicar a miséria diminui a a pobreza tem que ser obviamente a prioridade absoluta de qualquer candidato e é a minha prioridade absoluta. Isso se faz de duas formas. Óbvio que quem tem fome tem pressa o auxílio Brasil de seiscentos reais como piso.

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como como piso e não como teto, ele permanece, a transferência de renda permanente. Diferente do que se é colocado aí, nós vamos colocar novamente o município pra agir e lar através dos assistentes sociais nas casas dessas famílias, buscar esse jovem que tá fora da sala de aula, ver se essa mãe tem condições

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qualificada pra entrar no mercado de trabalho, se o trabalhador desempregado tem condições de passar por um curso de atualização pra poder também conseguir um emprego e paralelo a isso fazer a verdadeira revolução, que é garantir essa cidadania, essa autonomia, que ele possa ganhar o pão com suor do seu trabalho, isso se

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Mas através da educação. Como eu disse, né? Eu quero ser como professora que sou parceira dos municípios e os estados. Terminar a construção de obras paradas e de creches pra que todas essas nessa primeira infância tenham a oportunidade de estar

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Né? Começando a alfabetização na hora certa

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e depois olhando pros nossos jovens neném que nem estudam nem trabalham. Esse é o principal projeto na área da educação nosso, nós pra garantir inclusive que esse jovem seja estimulado a voltar pra sala de aula, nós tamos criando poupança jovem, que é um prêmio que nós queremos dar pra todo jovem que se forme no ensino

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Médio, o ensino médio técnico, como hoje é a lei, só que ela ainda não está valendo porque esse governo não tem um olhar especial pras crianças

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com os nossos adolescentes e não tirou o do papel a reforma do ensino médio, é um ensino médio técnico com período integral que a União ajuda os estados a a pagar esses professores, esse jovem tem a conectividade, tem o tablet na sua mesa pra estudar e nós estamos com cinco mil reais

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uma média de dois milhões de jovens formando-se no ensino médio todos os anos, iria ser, hoje é um milhão e quatrocentos, mas haveria um estímulo e isso dá dez bilhões por por ano, isso só pra contermos comparativos é a metade que o Governo Federal gasta pra apoio de deputados e senadores no

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Congresso Nacional com chamado orçamentos secreto, que só pelo nome já mostra que é imoral, é ilegal, porque isso é secreto, não pode ser boa coisa, se é secreto.

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Tem muita coisa errada. Se é secreto o público do povo que paga imposto que está indo pra pra determinadas leis do Brasil. Superfaturadas isso ser não tem não se

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tiveram uma nota totalmente fria pra se desvento desse dinheiro público, tá? No bolso, lamentavelmente, de alguns poucos corruptos parlamentares no Brasil. A senhora defende então o fim do orçamento secreto das emendas do relator do RP nove?

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Esse é o primeiro ato que eu que eu farei se for eleito a presidente da república, transparência absoluta, determinar a todos os ministros de estado do meu governo que coloquem no portal da transparência, quem é que indica o dinheiro do orçamento brasileiro, pra onde vai

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E pra que que se vai? Ou seja, quem apresenta

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a indicação pra obra ou pro serviço, pra ver se esse desserviço com essa obra, esse dinheiro tá chegando no município ou no estado, se ele tá sendo executado. Com essa transparência, nós matamos o orçamento secreto, porque nós vamos ver que a maioria desse dinheiro não tá chegando na ponta, que tá havendo uma concentração desse dinheiro na mão de meia dúzia que indica

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os demais quinhentos congressistas estarão todos pedindo pelo fim do orçamento porque eles eles estão recebendo muito menos do que meia dúzia do Congresso Nacional. Então, o fim do orçamento secreto, votei contra esse orçamento secreto, eu fui vítima do orçamento secreto, quando eu fui candidato a presidência do Senado, primeira mulher em cento e noventa e oito anos

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História do Senado Federal ser candidato a presidência do Senado eh esse orçamento secreto prejudicou muito a nossa candidatura porque ele foi usado inclusive pra oferecido inclusive pra parlamentares pra apoiar o candidato que era o meu adversário.

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Candidato a senhora acha que tem condições de fazer os investimentos que o Brasil precisa sem extrapolar o teto de gastos? Sim Edilene. Bom, primeiro duas coisas, gato de gasto é uma camisa de forças. Entre o fiscalismo sem alma

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E o interesse da sociedade brasileira, nós vamos colocar as pessoas em primeiro lugar. Hoje muita coisa está fora do teto de gasto corretamente, por exemplo, o dinheiro da educação do FUNDEB não está dentro do do gasto. Então é possível ser parceira de estados e municípios e garantir educação de

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Do ensino infantil até o ensino médio sem furar gasto. Outra coisa que nós temos que tirar do teto do gasto que também é conhecimento. É o pouco dinheiro que a gente gasta com ciência que é vacina no braço. Tecnologia que significa fazer com que as nossas indústrias possam

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de excelência em competir com o mundo e com isso gerar mais emprego aqui no Brasil, a gente importar menos produtos e inovação, que sem inovação nós não teremos no futuro sequer emprego, porque as indústrias que não não se aperfeiçoaram e se atualizarem nessa área, inclusive o setor de bem, setor eh de

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Comércio, né? Estão fadadas ao insucesso. Então, essa parceria da União, ela nós precisamos ter dinheiro suficiente pra isso, pra que nós possamos garantir os empregos e empregos de qualidade. Quando eu digo empregos de qualidade e emprego com carteira de trabalho assinada e é emprego com melhores salários. Então, isso tem que ficar fora do teto de gasto.

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Nós nós combatemos a corrupção, não roubar, não deixar roubar e por na cadeia. Quem roube, como já dizia, Ulysses Guimarães, nós vamos ver que tem dinheiro suficiente pra fazer

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Com os amigos secreto eu cumpri a promessa que fiz de construir um milhão de casas populares nos quatro anos no meu governo. Duzentos e cinquenta mil por ano é bem mais do que todos os que passaram.

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E custa mais ou menos algo em torno de vinte bi, exatamente o dinheiro do orçamento secreto que tá sendo desviado.

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O presidente Jair Bolsonaro afirma que deve manter o auxílio Brasil no valor de seiscentos reais e que pra isso precisa da aprovação da reforma fiscal tributária que está no Congresso Nacional. A senhora acha que essa proposta vai passar no Senado Federal? A senhora que é senadora e a senhora também acredita que essa seja a solução pra manutenção do auxílio de seiscentos?

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Não, não necessariamente essa seja a solução, mas sem dúvida nenhuma, os seiscentos reais eles vieram pra ficar. Nós não podemos esquecer que a inflação oficial ela é uma, a inflação que a dona de casa, o cidadão brasileiro sentem todos os dias, quando vão no supermercados comprar comida, vai comprar

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O feijão, o óleo de cozinha, cebola, né? O leite é infinitamente maior. Na realidade, seiscentos reais hoje é mais ou menos o que significava os trezentos, trezentos e cinquenta reais no passado. Então, o auxílio emergencial, que agora virou o auxílio Brasil de seiscentos reais.

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Ele veio pra ficar, mas você tem condições de você tem fonte de financiamento outra sem precisar avançar. Agora, é sim, importante, a grande mãe passa a ser a mãe de todas as reformas

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a nossa chamada vacina econômica, aquilo que vai tirar o Brasil da crise, que vai devolver os o resto de de empregos que nós precisamos é a Reforma Tributária e ela é muito simples. Tirar imposto do consumo, que quem mais consome no Brasil é o pobre. Então, tirar o imposto da cesta básica, por exemplo

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pro mais pobre vai ser automaticamente devolvido pra ele pra que a gente possa ter uma justiça.

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Na hora de cobrar imposto. Ah, não é possível que eu, como senadora da república, pague pelo preço da cesta básica, do arroz, do feijão, do leite, do ovo, o mesmo que o cidadão desempregado, um cidadão que ganha um salário mínimo e meio. Então, a reforma tributária ela se propõe

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De olhar por esse por esse aspecto e de outro lado simplificar as regras, unificar impostos pra que o setor que produz e que gera emprego no Brasil, especialmente o setor da indústria que sem ela o Brasil não vai crescer, o que não cresce

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Praticamente há quarenta anos, nós tamos crescendo a um por cento ao ano, isso não é, não é nada comparado ao mundo, nós tamos ficando pra trás, né? Nós tamos perdendo posições e sem crescimento não há geração de emprego, sem emprego, não há renda, sem renda a economia não gira e não gera mais empregos. Então, a reforma tributária é importante por isso. Ela

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Diminui a carga tributária das indústrias e faz com que a indústria possa

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O país a gerar emprego e renda que é fundamental pra gente garantir cidadania pros nossos brasileiros. Essa reforma tributária é simples segundo a senhora, mas até agora ninguém conseguiu fazer. Ser eleito a presidente, o que a senhora faria pra conseguir levar essa reforma mais complexa adiante?

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Com o fim da tributação sobre os assuntos mais pobres. É muito boa a sua pergunta. Eu eu sou professora de direito público. Eu dei aula há doze anos e, portanto, eu falava muito da reforma tributária, era a minha área.

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Gerenciativo e o acompanho no Congresso Nacional, portanto, isso há muito tempo. Pela eu sempre fui cética, eu sempre fui pessimista em relação a reforma tributária por uma razão, eu conheço as regras e sei que

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Eh uma reforma tributária sempre faz com que um Estado ganhe e outro Estado perca e se não houver unanimidade de todos os secretários de fazenda não passa.

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Esta reforma tributária ela foi trabalhada ao longo desses quase três anos pela privez na história nos trinta anos tem apoio dos vinte e sete secretários de fazenda dos governos. Por quê? Porque ela teve a capacidade de se readequar de unir duas reformas pela primeira vez e agora nós tivemos um

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que se não é o excelente, é um texto muito bom. Tá pronta, o governo tinha voto pra aprovar já na comissão, em seguida ir pro plenário do Senado, mas ele não teve interesse nenhum, sabe por quê? Porque o posto Ipiranga do atual Presidente da República, ele é obcecado por um único, uma única reforma tributária, é

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Aquela que mexe com as chamadas só pra as pessoas entenderem pra simplificar. É a CPMF a repaginada. Colocou um vestido na CPMF

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falou, é isso que eu quero, na realidade é o imposto eh digital, imposto pela que a gente fala que é circulação financeira, ou seja, cada vez que nós mexermos com o dinheiro no PIX que a gente tem, no cartão de crédito, pagando uma conta, você vai pagando esse imposto. Então ele não queria reforma tributária e por isso que não aprovou. Quando nós

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um outro Presidente da República ou uma outra Presidente da República, ela essa reforma tem condições de sair do papel e vou dar até uma notícia boa pra Minas Gerais. Não sendo eleito presidente Bolsonaro, qualquer num e eu e eu no caso específico, é possível votar a reforma tributária que está no Congresso Nacional, no Senado ainda este ano, nesses dois meses que

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Faltam e aí na Câmara dos Deputados, no semestre

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Então, só pra todo mundo entender, essa reforma que propõe eh esse a tributação dos mais ricos, que seria a fonte de financiamento que segundo Bolsonaro pagaria mais duzentos reais pro auxílio de quatrocentos, mantendo o de seiscentos no ano que vem. Não é o mesmo texto que tira a tributação do consumo pros mais pobres, ou é o mesmo texto.

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Ou se for aprovado esse texto que tá lá ele não vai ter tributação eh vai ter não vai ter tributação sobre o consumo. Comé que vai ser?

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desculpa Edilene, eu não conheço a proposta do presidente, aliás, quando ele abre a boca, tão confuso que ele não sabe nem o que ele tá falando, que ah ele comete a gente, a gente não tem, eu nem levo a sério tudo que ele fala, mas eu acho que o que ele quer explicar é porque nós temos uma outra, uma outra proposta que é complementar essa

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falei e que ela é importante ser discutida, que a reforma do imposto de renda. Nós precisamos fazer com que a classe média pague menos imposto de renda, ou seja, ao atualizar a tabela de imposto de renda, fazer com que famílias inteiras que hoje estão empobrecidas deixem de pagar o imposto de renda, porque ela tá muito desatualizada. Isso é uma outra coisa

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Isso nós vamos fazer. Então não é pra pagar os seiscentos reais. Pra gente poder garantir minimamente que a classe média comece a ter um pouquinho mais de recurso pra fazer os seus gastos e não ficar lá todo ano tendo satisfação pro leão que abocanha uma grande parte da renda dessa família da da classe média

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Empobrecida, o que nós propondo é uma lei simples, é fácil de ser aprovada, é a lei que taxa lucros e dividendos. Não sabemos o percentual, mas a depender do percentual tira-ciclos

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Para poder desonerar, ou seja, aliviar o bolso da classe média brasileira. É uma outra questão. O presidente pelo que você está me falando que é pegar esse essa pros super ricos e que eu sou a favor que é do lucros e dividendos para

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Jogando auxílio necessário. Nós vamos resolver o problema do auxílio-brasil e já está resolvido. Porque nós temos que fazer alto imposto aliviar a carga tributária pra classe média que é quem se faz o dinheiro quando gasta circular na economia. E é mais do que justo. A classe média sempre é

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Quando se fala de políticas públicas no Brasil. Candidata as candidatas mulheres ainda são minoria nessas eleições presidenciais. A senhora tem alguma proposta específica para as mulheres que a senhora pretende implementar caso seja eleita presidente da república?

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Eh foi o primeiro compromisso que eu fiz, eleita a presidente da república o meu ministério será de metade de homens, metade de mulheres e terá negros, porque essa do Brasil. Somos a maioria da população brasileira, nós somos a maioria no banco das universidades, que significa que nós estamos preparadas.

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e lamentavelmente não é justo que acontece no Brasil. Hoje a mulher no ambiente de trabalho, na mesma profissão, com o mesmo currículo, com a mesma capacidade, chega branca até vinte por cento menos. Se for negra, até quarenta por cento menos. Então, nós vamos tirar da gaveta da Câmara dos Deputados um projeto que eu

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como senadora, líder da bancada feminina, consegui tirar da gaveta no Senado Federal. Já tá aprovado no Senado Federal. Falta aprovar na Câmara. Então, eleita presidente da república, eu vou sancionar e com isso garantir não só justiça pras mulheres, mas cê imagina a quantidade de dinheiro que vai circular na economia, no com

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No setor de serviços de bens e esse comerciante, esse micro pequeno comerciante vai conseguir contratar mais gentes, ou seja, vai conseguir gerar mais emprego simplesmente porque a gente vai colocar mais circular na economia brasileira.

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Com a maioria do congresso composta por homens, a senhora acredita que vai ter apoio pra aprovar essa proposta?

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Como nós aprovamos no Senado, Presidente da República é uma mulher com poder, caneta na mão, cabando de urnas, eu acredito que a gente consiga aprovar já nos dois primeiros meses do ano que vem.

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candidata com o MDB um pouco antes da do lançamento da candidatura rachado eh alguns defendiam outros nomes que não o nome da senhora, o lançamento da candidatura acabou sendo on-line a senhora acredita que tenha sofrido algum tipo de preconceito dentro do próprio partido ou nessa jornada política da senhora pras mulheres é mais difícil encampar um projeto tão grande como uma candida

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Para presidência da república.

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Bom, a preconceito, discriminação, violência política, isso faz parte do dia a dia da mulher. Aliás, da mulher brasileira, eu não sou muito diferente das mulheres na iniciativa privada, né? A violência é uma constante na nossa vida. Tive diversas vezes ah experiências como esta. Eu sempre falo que

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vez lá atrás, logo no primeiro dia que saí candidato como candidato a deputado estadual há vinte anos atrás e fui chorar no banheiro, mas nada que depois não me fortaleceu, hoje eu tenho a capacidade e coragem de enfrentar e não aceitar isso, mas dentro do meu partido eu acho que a questão foi outra, não teve nenhuma discriminação pelo fato de ser mulher, é que um partido hoje rachado

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que lamentavelmente uma parte, ainda que muito pequena do partido fisiológica, do toma lá dá cá, da corrupção, preferiu esteve ao lado do ex-presidente da república eh Lula que envolvidos que estavam a época

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do escândalo do mensalão e comprava votos no Congresso Nacional pagando mesadas, isso tá provado na justiça e depois quando foi descoberto através do petrolão que quase quebrou a Petrobras. Então é isso, quer dizer, eles tão onde sempre estiveram, né? Eles lá achando que a corrupção é algo

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e eu do lado de cá.

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as pessoas em primeiro lugar, pronta pra servir, sabendo que o Brasil só vai ser grandioso quando for um Brasil de todos, um Brasil que inclua e que não exclua. Que garanta a igualdade de oportunidade a todos os seus filhos, que sabe que o dinheiro público é do povo brasileiro. Do suor do trabalho dele

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depois deixa uma parte muito grande desse desse desse salário em forma de impostos na mão do Governo Federal pra que o Governo Federal faça o dever de casa, garantir remédio no posto eh médico nos pra inclusionais, garantir a parceria com os governos estaduais pra dar

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Segurança pública pra que as nossas famílias, investimentos em casas populares, em obras públicas, aí mesmo em Belo Horizonte, Minas Gerais, nós temos um problema sério e falta parceria do Governo Federal e falta parceria da iniciativa privada que é em relação a obras de infraestrutura no entorno, não só.

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De Belo, mas em todo o estado, eu tô falando de ferrovias, eu tô falando de de duplicação de de de colando mesmo do metrô aí urbano, que há anos se promete a ampliação e agora tá nessa questão se privatiza-se ou não, ou seja, se os o leilão vai pra frente ou não. Então, é isso.

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Eh colocar o dinheiro no lugar certo. Sendo honesto porque não falta dinheiro público no Brasil. Basta ser honesto, ter vontade política e elencar prioridades. Em relação ao metrô de Belo Horizonte a senhora defende ou não a privatização? Não sou eu que tenho que defender Dilene. É o povo de Minas

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Gerais, a gente tem que ouvir a ouvir o chão através do Prefeito, através do Governador de anos é ver o que importa é o seguinte, o metrô de Minas Gerais ele não tem linha suficiente, ele precisa ser ampliado, ele precisa garantir a qualidade da mobilidade urbana. Ficar uma hora

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uma meia, dependendo das pessoas de onde elas estão tendo que pegar mais de uma condição pra chegar no ambiente de trabalho cansados, não conseguindo produzir, depois fazer o processo de se for mulher, ela vai chegar em casa e ainda ter uma tripla jornada de trabalho porque ela ainda vai ter que fazer comida, colocar seu filho pra dormir. Então, não sou eu, não pode ser de cima pra baixo, é uma construção

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Nós vamos ver junto com o Governador, junto com o Prefeito, é melhor privatizar ou não? É parceria, vai ter a princípio aí, uma injeção de dinheiro público do Governo Federal e pra ir com com recurso eh do povo mineiro eh se for esse o caminho vai continuar sim.

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Candidata, a senhora tem um minuto pras considerações finais?

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Agradecer a Rádio Itatiaia a oportunidade de falar com o povo mineiro nessa que é a eleição mais difícil dos últimos trinta anos e a mais importante. E pedir a você que faça uma reflexão pelo que vir na campanha, essa polarização ideológica da esquerda com a direita é uma briga sem fim onde nenhum dos dois é um

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Dois mil e vinte e seis, que é isso que aconteceria se qualquer um dos dois ganhasse a eleição um, que perder não vai deixar o outro ganhar. Então, nós nos apresentamos de forma diferente. Tenho coragem e amor, com amor

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O vazio com coragem, vamos derrotar a fome e a miséria, mas pra isso eu preciso do seu voto de confiança pra cuidar da educação de qualidade, da saúde dos nossos idosos e fazer um Brasil inclusivo, um Brasil que seja verdadeiramente duzentos e quinze milhões de brasileiros. Sou ficha limpa, tenho experiência, sei como fazer. Por isso peço seu voto.

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Eu sou Simone e meu número é quinze. Senadora Simone Tebet candidata a presidência da república pelo MDB, muito obrigada pela entrevista. Eu é que agradeço.

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